Capítulo 39: Emoções.

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Boa Leitura, xoxo

A R I A

 Ficar ali me fez pensar em muitas coisas. 

 A primeira e mais importante de todas com certeza era como eu mataria Louis quando saísse daqui. Poderia ser na facada. Poderia ser no soco. Poderia ser observar ele queimando lentamente. Poderia ser qualquer uma dessas coisas e qualquer outra que causasse ainda mais dor física. Eu não estava sendo exigente sobre isso, não mesmo. Qualquer uma das opções me agradava,

Outras coisas que me fez pensar sobre foi como a vida era diferente vista por esse ângulo, sabe. Era tudo ao contrário e... Sim, eu perdi tempo pensando isso, tudo apenas para poder não se concentrar na tarefa que era sair dali por conta própria. 

  Eu realmente estava esperando que Zayn saísse das árvores e sei lá, me ajudasse, mas não, isso nunca aconteceu. Eu estava pensando em lhe acrescentar na lista de tortura que estava planejando apenas para Louis. 

  Quando se passaram mais de quatro horas e eu já tinha me acostumado com a sensação de ficar daquele jeito, eu comecei a aceitar o fato de que se não tentasse me libertar, realmente iria ficar ali até que sei lá, todo mundo se juntasse para me ajudar ou o próprio Caldeirão fosse invocado ali. As opções não eram muito amplas e as chances também não estavam ao meu favor. 

 Começo a pensar em como diabos iria conseguir fazer isso. Eu estava falando sério quando disse que a minha mãe contribuiu para isso, mas naquele momento, eu tinha que aceitar que aquilo ali também era uma culpa minha. Eu deixei o meu medo me controlar durante anos e estava deixando agora também, me agarrando a ideia de conforto e segurança que tinha sentido ao longo dos anos apenas para não explorar essa minha parte e ficar decepcionada ou fazer uma cagada muito grande. 

 Era tão mais fácil só ignorar que aquela parte destrutiva de mim existia do que lhe encarar. Porque eu sabia que poderia criar muitas coisas, mas sabia que poderia destruir também. Começando com esse caralho de feitiço que Louis tinha me prendido. 

 Respiro fundo, sentindo as mãos começarem a ficarem frias, enquanto eu me concentro para tentar acessar essa parte bloqueada de mim. Não era uma sensação legal, realmente. Era estranho dizer isso, porque não é algo que você pense sentir ao notar que tem poder o suficiente para destruir tudo a sua volta em questão de segundos, mas mesmo assim... 

 Tentando me convencer a apenas me concentrar em sair dali e não fazer nada a mais que isso - mesmo que a tentação de fazer outras coisas fosse bastante... tentadora. - tento realmente canalizar aquilo para o meu objetivo, mas era tão, porra, difícil. 

 Era como se fosse um bicho enjaulado por anos que finalmente conseguiu ver uma brecha de luz do sol da sua cela, indicando que poderia haver uma saída que a muito foi esquecida. Tentar fazer aquilo era literalmente como lhe domar e assim que eu tomo coragem o suficiente para lhe libertar, sinto a onda passando por mim e indo adiante, fechando os olhos para os proteger do brilho da explosão, tanto do meu poder, mas como os dos nove loucos que tinham embarcado naquela loucura com o Louis, sinto meu corpo livre e a próxima coisa que sinto é... O baque que eu levo batendo no chão de forma brusca. 

 Massageio a minha cabeça e ombro, sentindo o sangue voltar para algumas partes do corpo, como as minhas pernas, que estavam tão dormentes que eu tinha esquecido que elas ainda existiam. 

 Quando eu finalmente olho em volta, eu tomo um susto, observando tudo onde a onda de energia tocou estar diferente... Mais viva, eu diria. Não iria acreditar nisso. Parecia apenas um truque para parar de teme-la, usar sem medo e depois me foder. Não iria cair nisso, muito obrigada. 

Night Court - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora