Capítulo 57: Violeta.

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Internet caindo toda hora, então postei aqui correndo sem revisar, desculpe qualquer erro e espero que gostem, boa leitura, xoxo

A R I A

 Dizer que eu estava cansada era um eufemismo. Eu estava sentindo que mais um segundo contra atacando e defendendo da Criatura eu desmaiaria ali mesmo. 

 O báculo, sempre tão leve na minha mão, estava começando a doer meu pulso, mas não hesito na hora de roda-lo e lançar outra rajada de chamas, junto com um ar tão forte que chegava a ser cortante. 

 A Criatura também não parecia estar em ótimas condições. Eu conseguia controlar a minha respiração, ela não. Seus sons eram horríveis. Parecia alguém implorando por ar, seus pulmões eram quase visíveis sobre as camadas finas de carne e osso, deixando sua caixa torácica de um formato sinistro e irregular. 

 - Você sabe o que eu sou, certo, ladra? - Mesmo escutando sua voz a mais de uma hora agora, não conseguia impedir o calafrio que possuía meu corpo todo vez que ele abria a boca. Mas, sobre a sua pergunta... Como eu poderia saber? 

 - É relevante para você que eu saiba antes de te matar? - Ele desvia com uma certa dificuldade quando uma parte do solo se eleva, quase lhe acertando no meio das pernas e o jogando para longe.

 - Eu só acho que somos muito semelhantes, em certo ponto... - Por tudo que esse diabo falava parece incompleto? Nenhuma frase dele chega ao "x" da questão, nenhuma das suas frases pareciam ter um ponto final, estavam sempre todos abertas.

 - Estou curiosa agora. - Confesso, vendo que ele estava falando para me distrair e ganhar mais tempo. Eu não estava reclamando ou negando uma trégua no momento. - Se eu te matar e então? - O sorriso desdentado aparece em seu rosto e um pouco da gosma preta vaza nas beiradas da sua boca, como se ele estivesse faminto por dias. 

 - Eu gostaria de ver vocês tentarem. Quando me destruírem, se me destruírem, vocês terão que lidar com o caos a sua volta, afinal tudo, inclusive você, vieram de mim. - Imaginei algo assim. Esse mundo, todo ele, era do Caldeirão. Vinha da sua essência. Tinha a sua origem. Não pensei que destruir ele fosse deixar tudo calmo e estável. 

 - Não acho que nada veio de você além da destruição... - Então, eu entendo. O porquê meu poder nunca destruiu nada. O porquê, quando tocava a terra, parecia lhe deixar mais viva. O porquê dos meus elementos terem a sua cor original e não um azul estranho. - Está em mim, não está? - Eu sorrio e uma sombra de medo aparece nos seus olhos. 

 - Não sei do que você está falando, ladra, poderia ser mais específica? - Eu sorrio. 

 - Claro. A criação. As origens. Essa parte do poder, a maior e mais importante dele, está em mim, não está? Você ficou com o que sobrou. - A careta que seu rosto esquelético forma é a confirmação que eu preciso. 

 - Você ainda vai ter que lidar com a destruição solta e conseguir controla-la, caso eu me desintegre. Você acha que consegue aguentar isso, ladra? Acha? Você é fraca. Uma criança brincando de ser líder, de ser herói. - O observando melhor, só conseguia ver como ele era patético. Fraco e patético. 

 - Vamos acabar com isso. - Como se eu tivesse renovado as minhas energias em questões de segundos, o báculo frio como a noite na minha mão parece novamente uma extensão do meu corpo. Dos meus braços e do meu poder. 

 Novamente, a sombra do medo aparece nos olhos da Criatura que nunca parecia ter vida. 

 - Sua criança não vai resistir a isso. - Paro o báculo com o movimento no ar, prestes a lhe exterminar. 

Night Court - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora