Capítulo 41: Elementos.

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Boa leitura, xoxo

A R I A

Na outra tarde, eu estou bem atenta a tudo o que Louis faz e com certeza absoluta não iria fechas os meus olhos novamente, mesmo que isso significasse a minha vida.

- Vamos, Aria, eu não quero fazer nada com você hoje, então vamos apenas tentar. – Eu não acredito nele e ele sabe que eu não acredito nele, porém o sorriso continua em seu rosto, amigável.

- Tentar o que? – Eu pergunto, olhando as coisas estranhas que ele tinha colocado na minha frente com uma certa desconfiança.

Era uma vela, um pedaço de terra e uma bacia com água.

- Antes de explorarmos o seu poder de criar, vamos explorar a sua parte ligada aos elementos. Já vimos que com o fogo dá certo, então por quê não com os outros? – Assinto com a cabeça e me aproximo, mas ele me interrompe. – Sem roubar, não vale usar magia normal. Como... – Ele estala os dedos e um fogo amarelo vivo aparece na vela, queimando seu pavio e começando a derreter a cera. – Eu não estou falando disso. Estou falando daquele fogo azul. Estou falando do Caldeirão.

Eu concordo novamente, mesmo sem ter a mínima ideia de como iria conseguir realmente fazer isso.

- Leve o tempo que quiser. – Louis murmura, compreensível e senta mais a frente, tirando um livro de dentro da blusa e passando a me ignorar. Ou no caso, me dar tempo e "privacidade" para tentar e falhar, coisa que eu consegui fazer muito e muito bem.

Tinha ficado mais de duas horas apenas encarando a vela e desejando que algo acontecesse, mas nada acontecia. Estava já em outro mundo, encarando o objeto e imaginando outras mil coisas, quando Louis me grita, me dando um susto.

- Você não está tentando! – Suspiro, sabendo que ele estava certo e tento novamente.

Voltando a procurar a parte de mim que eu tanto temi, lhe encaro de frente, no sentindo figurado da coisa. Era meu para ser usado, então eu lhe usaria. Mentalizando o que eu queria, mas lhe dando mais forma, cor e detalhes, o fogo azul aparece na minha mente e cada vez mais eu vou lhe acrescentando coisas. Seja a vontade de queimar, seja como nada poderia lhe apagar e até mesmo o tom certo.

Com a imagem e sentimento perfeitamente formado na minha mente, eu abro os olhos e encontro a vela queimando num tom azul ainda mais vibrante que o que vimos na floresta. Esse era mais prateado, mais... vivo, enquanto o da floresta era morto, sem vida e mal. Realmente mal. Não sentia essa energia vindo da pequena chama que ali queimava. Não, sentia apenas... calor. E vida. Só isso. Era como se o meu fosse o oposto dele.

- Mais duas horas para os próximos? – Eu ignoro o tom de Louis e vejo a bacia de água.

Novamente, mentalizo o que eu queria, uma perfeita bolota de água flutuante, mas como o fogo, eu acrescento coisas que achava sobre ela. Para mim, a água tinha um espirito livre. Cheio de energia e força, que nada poderia lhe conter, mas ao mesmo tempo algo essencial, extremamente preciso e até um pouco... doce. Sim, a água era com certeza meiga, apesar de agitada.

Observo com fascínio uma parte da água da tigela se juntar e começar a flutuar e de novo, como o fogo, não sentia que era uma água comum e sim algo mais puro, como se fosse a sua natureza e não uma réplica.

- Próximo... – Louis sussurra, provavelmente não querendo me distrair ou me tirar do estado que eu estava, então passo para a terra.

Eu não sabia muito bem o que atribuir a ela, mas terra para mim era algo... confortável. Seguro. Preciso. Diferente do fogo, eu nunca tinha conhecido ou interagido com qualquer outro elemento na sua forma pura, então estava tentando chutar o que poderia ser o mais perto. Terra para mim, era proteção também, então tento formar um pequeno "muro", por assim dizer, e aos poucos vejo tudo se amontoando e formando perfeitamente o que eu tinha na cabeça.

Night Court - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora