Night Court - Zayn Malik.

Capítulo 66: O Deus do Sonho.

Boa leitura, xoxo

 A R I A

 Não sei quanto tempo passei fora de mim, mas tenho certeza que mais de quatro horas foram de certeza. Assim que abro os olhos, noto que estou no meu quarto, mas não estou sozinha. Não penso duas vezes em imobilizar a pessoa, quando noto que ela estava segurando um montinho de cobertas que eu sabia o que era, mas não deveria estar no seu colo. 

 Zayn não tem tempo de piscar quando eu já peguei meu bebê com uma mão e com a outra desfiro um soco no seu rosto, com a minha força que eu podia. O ambiente estava escuro e eu não conseguia reconhecer a cor dos seus olhos, mas se isso fosse uma emboscada ou um jogo sujo de chantagem, eu o mataria. O mataria ali e agora. 

 Se ele estava aqui com o bebê, significava que ele se soltou. E se estava sozinho, já deve ter aniquilado a Corte inteira e esperado eu acordar para fazer uma das suas cenas sádicas e se satisfazer, já que, aparentemente, apenas me matar não era o suficiente. 

 - Eu acho que mereci, mas sério? - Não solto o poder que o estava segurando e apesar da voz me causar certo reconhecimento, não me deixo ser enganada por isso. 

 O ignoro e dou as costas para ele, garantindo que o meu bebê estava bem. Desde que a mulher o levou para longe, essa era a primeira vez que eu pude lhe olhar de perto. Perfeito. A coisa mais bonita que eu já tinha posto os olhos na minha vida. Ele não estava mais inchado e roxo, estava corado e dormia com a boquinha aberta, fechando de vez em quando como um peixe. Sorrio, tocando a pele do seu rosto com todo o cuidado do mundo com o polegar. Ele precisava de um nome. 

 Estava esperando que Zayn voltasse para poder escolher junto, mas vendo a situação em que nos encontravam... Eu não conseguia nem pensar em como iria lidar com enterros, se esse bastardo realmente matou todo mundo. 

 - Eu juro pelo Caldeirão que se você matou alguém dessa Corte, você vai morrer. - Aviso, ainda de costas. 

 Sim, eu estava com todo o arrependimento e tristeza pela sua perda, mas nos últimos meses eu já passei pelo luto de o perder. Preferia ele morto do que do jeito que estava. 

 - Eu não duvido disso, mas você poderia me soltar? - Como alguém poderia estar de tão bom humor? Como ele podia ser tão frio? Parecia quase se divertir com a situação. 

 A porta abre e me viro rapidamente no susto, não sei se ficando aliviada ou surpresa de Louis estar ali. 

 - Mas o que diabos? Aria? - Confusa era a palavra. 

 - O que? - Ao menos, fico feliz dele estar vivo. 

 Louis também aparenta estar divertido, principalmente depois de olhar na direção de Zayn. Enquanto ele anda para a janela e abre, eu arrumo o pacotinho direito no meu colo, escutando o bebê soltar um resmungo, quase como o início de um choro, mas voltar a dormir logo em seguida. 

 - Aria? - "Zayn" me chama, mas eu não tenho certeza se quero olhar na sua direção. 

 A última vez que soube algo dele, sabia que estava sofrendo e forçando a memória, Niall falou que ele estava morrendo. Tinha algo errado ali então. Como ele estava vivo? Não deixo a ideia de que ele poderia estar bem e normal se fixar na minha mente, porque doeria se fosse mentira. 

 Z A Y N

 Depois de horas lutando para voltar a vida, a última coisa que você esperava quando está segurando o seu filho e esperando a sua mulher acordar é receber um soco na cara. Mas foi exatamente isso que eu recebi, além de uma imobilização. Não conseguia mexer um dedo e fico surpreso de estar conseguindo mexer a boca.