Capítulo 9: Palavra.

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Boa Leitura, xoxo

A R I A

 Lhe encaro, esperando achar alguma coisa no seu rosto que indique que não está falando sério ou que vai recuar. Não é possível que ele esteja se prontificando para ser o meu saco de pancada. 

 - Você realmente quer dizer isso? - Eu tento manter o sorriso fora do meu rosto, mas quem eu queria enganar mentindo e falando que eu não era louca para meter a porrada nesse cara? 

 - Cada palavra. - Zayn diz pausadamente, reforçando o desafio e eu tenho certeza que meus olhos brilham quando eu pisco. 

 - Muito bem. - Concordo, porque de novo, eu seria a última pessoa no mundo que recusaria dar um soco um Zayn. - Não aqui, se vamos fazer isso, vamos fazer isso direito. 

 Levanto e espero que ele me siga e assim ele faz. Passo reto de forma proposital pelo campo que sempre treinávamos, porque eu tinha certeza que logo iria aparecer gente e eu não queria os meninos apostando ou fazendo sei lá o que que eles sempre fazem. 

 Entramos na sala que tem mais equipamentos e assim que passamos os dois eu fecho a porta, indicando uma espécie de ring que tinha no meio da sala. 

 - Caralho, você pretende me matar? - Era uma das intenções, mas não. 

 - Você pode bater também. - Aviso, entrando ali. 

 - 10 segundos imobilizado ganha? 

 - 15. - Decido e ele sorri.

 - É isso então. - Ficamos um de frente pro outro, esperando alguém ter o primeiro movimento, atentos a tudo a nossa volta. Até a sua respiração parecia mais alta para os meus ouvidos. 

 - Vamos, anjo, é você que quer me bater, não e... - Acerto um soco certeiro no seu maxilar e a minha mão dói. Aparenta doer nele também, mas sangue nenhum é espirrado. - Jesus Cristo, vamos com espada, mas um desse e eu morro. - Eu rio, pelo seu drama, mas fico desapontada. Queria lhe bater mais. Foi revigorante lhe meter o murro. 

  - Eu vou te bater com isso também. - Aviso, segurando a espada e lhe entregando a outra. Se tinha uma coisa que eu sabia fazer, era deixar marca com isso sem corte. 

 - Eu tenho a sensação que sim. - De novo, voltamos para onde estávamos e eu não espero ele terminar de se arrumar para ir para a frente. 

 Dessa vez, ele defende bem e ficamos numa certa dança por alguns minutos, rodando em torno do local. Nenhum dos dois estava realmente tentando acertar o outro, o que facilitou um pouco. Canso de fazer isso e Zayn percebe a mudança na minha postura, ficando preparado para receber o golpe. 

 Depois desse, lhe acerto de novo e de novo e de novo. Vezes sem conta, a cada uma dessas seu braço tremia mais com o impacto das lâminas se tocando. O barulho de aço preenchia o local, não damos folga nem por um segundo. 

 Percebo Zayn começar a fraquejar pela primeira vez desde que começamos e sorrio. Era a minha hora. 

 Z A Y N

 Continuamos por mais alguns minutos e era só o que eu aguentaria. Estava fora de forma e Aria parecia em perfeito estado, seus golpes ficando cada vez mais confiantes e fortes. Estava vendo a hora que quebraria o braço com essa brincadeira. 

 Eu tinha a leve impressão que se não fizesse nada, Aria definitivamente chegaria perto do ponto de me matar. "Conhecendo" ela, me deixaria vivo o suficiente apenas no ponto entre a vida e a morte que ainda dava para curar, usando magia. 

Night Court - Zayn Malik.Onde histórias criam vida. Descubra agora