A Mafiosa e o Dono do Morro

• Capítulo 29 •

Lua...

Eu fiquei olhando a porra daquela gravação e me subiu um ódio.

Respirei fundo tentando me acalmar.

Eu agradeço a Deus, pela minha mãe ter insistido para mim fazer aquelas malditas aulas de teatro.

Quando eu vi aqueles dois cornos, junto com essa dupla dos infernos, eu fiquei três vezes mais puta.

Isso não vai ficar assim. Ah mais não vai mesmo.

Grego...

Estavamos todos reunidos na casa da Lua esperando notícias da Bianca.

Ela sumiu de manhã e agora já é quase onze da noite e nenhum sinal dela.

Xx: Aí Patrão. Tá na escuta?

Reconheci a voz do 66.

Eu: Solta a voz 66.

66: Aí Patrão, tenho um bagulho chatão pra te falar.

Eu: Qual foi? Solta logo a voz.

66: Deixaram uma caixa aqui no pé do morro com o vulgo da Patroa escrito com sangue.

Senti um calafrio por todo meu corpo.

Eu:  Abriram pra saber o que tem dentro?

66:  Abrimo sim, Patrão. E ó, vou te falar que o bagulho não é bom não.

Na mente só vinha a Lua dentro daquela porra.

Eu:  O que tem dentro, 66?

66: Aí Patrão. Vou soltar a fita de uma vez belê? Sem enrolação.

Eu: Solta.

66: É o corpo da filha da Patroa. A única parte do corpo que ta inteira, é a cabeça.

Puta que pariu.

Eu: Já tô colando aí.

Olhei pro lado e eles tavam apavorados.

Sofia: Mataram a Bianca?

Eu assenti com a cabeça.

Mk: Fizeram merda, porra. Fizeram merda. Vai todo mundo morrer nesse caralho.

Ele tava certo pô.

Quando a minha morena voltar quero só ver o que ela vai fazer.

Ou melhor, quero nem ver esse caralho.

Morte: Quem foi que pegou ela? Eu vou matar esse desgraçado com a minhas próprias mãos.

Peguei a chave da minha moto e sai da casa descendo o morro, em direção a barreira.

Quando cheguei lá, a caixa tava no chão, fechada.

Já tinha um bando de fofoqueiro na volta, querendo saber o que era.

Fui em direção da caixa e fiz sinal pros moleque não deixar o povo se aproximar e o 66 levantou a tampa, me dando a visão do corpo da Bianca cortado em pedaços. Os olhos dela estavam abertos ainda.

Me abaixei e fechei eles.

Ouvi alguns choros e olhei pra trás vendo as meninas chorando, junto com a Tia Sofia.

Eu: Tira daqui. Não dá um sumiço, só tira daqui. E não deixa ninguém abrir isso.

Me juntei com o povo e elas estavam tudo chorando.

Caô esse bagulho de matar gente inocente pô.

Gosto disso não.

Bagulho feião.