• Capítulo 30 •

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Lua...

As vans pararam na barreira do Jacarézinho.

Todos os meus soldados desceram armados, apontando para todo mundo.

O Thaz, o Mk e o Picasso também.

Agora chegou a hora, Lua.

Não interessa quem é, o papel que teve na tua vida, caralho nenhum.

Virei meu fuzil pra frente e saí de dentro da Van, fazendo todo mundo que estava por ali, olhar para mim.

Alguns apavorados pelo meu estado e outros com curiosidade.

Fui caminhando para a frente do meu mini exército, fazendo com que eles abrissem caminho para mim.

Me virei para o moleque que estava na barreira, aquele que eu tinha dado um tiro aquele dia.

Eu: Eu quero todos as entradas e saídas desse morro, trancadas. Quem tentar sair mete bala, não me interessa quem é.

Ele assentiu com a cabeça.

Eu: Tá esperando o que? Vai logo. E não é pra ninguém abrir a boca, falando que fui eu que mandei.

Comecei a subir o morro, sendo seguida pelos meus soldados. Já era duas e pouca da manhã, mais ainda tinha bastante gente nas ruas.

Por onde eu ia subindo, as pessoas ficavam me olhando com medo.

Quando eu cheguei na praça principal, eu vi ele no meio de um monte de puta e vapor, junto com o Pistola.

Dei dois tiros pro alto fazendo todo mundo se assustar e virar para onde eu estou parada.

Pistola: Caralho, patroa! Tu não tava morta?

Olhei pra ele e neguei com a cabeça.

Thaz: Aí Pistola diz pra mim, vai rolar comemoração amanhã lá no alemão. Tu vai colar?

Pistola: Com toda certeza desse mundo. Nossa patroa tá de volta, caralho.

Ele falou dando tiro pra cima, fazendo os vapor fazer igual.

Eu vi ele tentando sair de fininho.

Mirei o fuzil e apertei o gatilho, vendo o tiro acertar na coxa esquerda dele.

O Pistola e o resto dos meninos arregalaram os olhos.

Eu: Onde tu pensa que vai, seu rato? Eu tenho muita coisa pra resolver contigo. - Virei o fuzil pra trás e fui caminhando até ele, que tava no chão com a mão na coxa. - Tu achou mesmo que eu ia morrer lá, pra não ter que te cobrar depois?

Ele olhou pra mim com um sorrisinho de lado.

Feijão: Tá tudo bem, patroa?

Olhei bem debochada pra ele.

Eu: Tu não sabe o quanto.

Virei meu fuzil pra frente de novo e meti um tiro na outra coxa.

Olhei pro lado e vi um carrinho de espetinho.

Botei o fuzil pra trás e fui caminhando até lá.

Eu: Me vê um espetinho?

O tio assentiu com a cabeça e me entregou um.

Eu: Paga o cara aqui, Pistola!

Falei apontando pro tio.

Pistola: Tá fazendo isso com ele por que, patroa? Que foi que ele fez?

Olhei pra ele dando de ombros.

Eu: Alguém me arruma uma garrafa de álcool, urgente! - Um vapor saiu correndo atrás do que eu pedi.

A Mafiosa e o Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora