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—— Diego ——

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—— Diego ——

SABE O DITADO "SE ESTÁ RUIM, TEM COMO PIORAR"? É o que acabou de acontecer. 

Na situação em que estávamos, achei que não poderia piorar, mas olha só a que ponto chegamos. Nem o que fomos treinados para fazer, não fazemos direito. 

No boliche, todos sentados e aflitos, não falamos nada, apenas nos encarávamos e desviávamos o olhar novamente. Estressados. Desamparados. Ansiosos. Nervosos. Inúteis. 

É isso que somos: crianças desamparadas que mal fazem o que nasceram pra fazer. 

— Temos que nos preparar para o pior — disse Luther, quebrando o silencio.

— Pra que? 

— Para fazer o que for preciso para deter a Vanya! — Allison o bate o bate com seu caderninho. —Talvez não tenha outras opções

Isso foi o ápice. Ele realmente cogitou acabar com Vanya? 

Ela pode estar descontrolada, fora de si ou sei lá o que, mas ela ainda é nossa irmã. 

Será que um de nós morto já não foi  o suficiente? Ele quer que isso se repita por causa do que aconteceu com Allison? Vale mesmo a pena, Luther? 

Me levantei de onde estava sentado, esfreguei meu cabelo com as mãos tentando não pular nele. Como ele consegue? Isso é ridículo até para mim. 

— Isso é conversa fiada. Você quer se livrar dela pelo acidente com a Alisson! — Yara, já exaltada e nervosa como eu, apoiou seus cotovelos nos joelhos e a cabeça entre as mãos. 

— Sempre temos opções! — retruquei.

— Tô aberto a sugestões — disse Cinco, nos encarando. 

Ele também está cogitando isso?

— Seja lá qual for, temos que acha-la. Ela pode estar em qualquer lugar 

— Acho que posso ajudar com isso — Klaus apontou para uma página do jornal que segurava em mãos. 

Um concerto de música clássico no Teatro Ícaro e Vanya estaria na primeira cadeira, sua foto estava até na capa da notícia. 

— Merda, o concerto é hoje. É daqui a pouco. — disse massageando a têmpora. — Como eu pude esquecer disso? 

— Você sabia? — perguntei. 

— Sim. Ela me convidou pra ver o espetáculo, estava bem animada que ia estar na primeira cadeira. — a encaramos intrigados. — Ela não convidou vocês? — neguei. 

"Ela é nossa irmã" Alisson escreve no caderninho

— Somos os únicos que podem fazer isso, temos uma dívida com o papai! — bradou Luther.

Yaritza | Número 8 || Diego HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora