—— Yara ——
AS HORAS NÃO TINHAM JEITO DE PASSAREM. Parecia que havia passado horas, mas foram apenas minutos — minutos cruciais para ajudar Vanya e estávamos os perdendo.
No boliche, todos estávamos cansados, exaustos, esgotados, preocupados, e nada que pudéssemos fazer mudaria isso, não por enquanto. Enquanto uns discutiam, outros sumiam e um quase enlouquecendo, resolvi tentar esfriar a cabeça, peguei uma das bolas e a joguei contras os pinos. Quase todos foram para o chão.
E assim se passaram os próximos minutos, focada apenas em derrubar os pinos. Fora difícil se concentrar e aliviar a mente, a dor de cabeça era forte e a mente barulhenta e perturbada de meus irmãos não ajudava em nada.
Pouco a pouco iríamos organizar essa bagunça, primeiro impedir que o mundo acabasse, obviamente, e depois cada um voltar para suas vidas, cada um em seu canto e nos veríamos novamente apenas no funeral ou casamento de algum — funeral seria mais fácil, já que dificilmente seríamos capazes de nos convidar para o próprio casamento.
Alguns minutos depois, percebi uma leve agitação entre eles. Todos se juntaram em uma rodinha ainda intrigados, suas caras preocupados não os deixava por enganar. Algo daria muito errado, como sempre.
— Não vamos esperar ele — ouvi Luther falar, provavelmente de Cinco. Me aproximei. — , o concerto é em 30 minutos.
— E qual é o plano? — perguntei entrando na rodinha.
— Er...eu acho que... — gaguejou. É óbvio que ele não tem um plano, é o Luther, o querido do papai que recebia o plano de bandeja. Por ainda me surpreendo? — Nós vamos para o Teatro Ícaro.
— É um lugar, não um plano! — diz Diego, perplexo com a estupidez de deixa-lo como líder e agitado pela preocupação.
Pode até não parecer, mas Diego se importa com Vanya, mesmo com todas as desavenças e brigas dos dois, ele se importa. Afinal, ela é nossa irmã e ele, querendo ou não, se importa e não a deixaria partir por um erro estúpido de um plano mal planejado por Luther.
Se é que ele tinha um plano.
— Número Um nunca foi bom com planos — murmurei cansada.
— É isso que você tem? — Diego crispou. — Se você quiser ser o Número Um, tem que ter alguma coisa, temos que ficar em sintonia por que agora tá tudo uma bagunça!
— Tem razão, precisamos de um plano — colocou as mãos no sobretudo, pensando. — Alguma sugestão? — ergueu o olhar a mim.
— Tá me olhando por que? — cruzei os braços, surpresa pela ação.
Ele esperava que eu fizesse o plano? Coisa boa.
— Você sempre foi boa com planos, principalmente os estúpidos e impulsivos de última hora — encarei-o indignada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Yaritza | Número 8 || Diego Hargreeves
FanfictionUm gênio milionário fanático por guarda-chuvas e uniformes, decide adotar 8 de 43 crianças que nasceram milagrosamente e com superpoderes, treinou-as para serem super heróis e salvar o mundo. O que aconteceria se o fim do mundo chegasse em um moment...