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—— Diego ——

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—— Diego ——

SENTI UM  CALOR NO ROSTO E QUANDO abri os olhos vi que era o sol, já amanheceu. Ainda estávamos da mesma forma em que dormimos, deitados um abraçado ao outro, e Klaus roncava. 

O ronco de Klaus é estranho, sempre foi.  

Levantei com cuidado para que não acordassem, sentei no chão encarando a nossa volta e a única coisa que vejo são ruínas.

Como caralho nós vamos viver nisso? 

Resolvi dar uma voltei, me espreguicei e andei num raio de 5 metros, não dava pra deixa-los dormindo e simplesmente sair. Temos que dar um jeito. 

— Vamos, levantem — me aproximei os chacoalhando. — Está na hora de acordar, temos muito o que fazer. 

Deram uma remexida. Yara bocejou se virando no chão e se espreguiçou, Klaus rolou no chão e deitou de bruços. 

— Só mais um pouquinho, eu tô cansadão, Diego — a voz de Klaus saiu abafado devido ao seu estado. 

Ele está sóbrio? 

— Sei que a gente precisa procurar alguma coisa pra sobreviver, mas não acha que está um pouco cedo? — Yara cruzou as pernas, se escorando em um pedaço de concreto. — Nem consegui dormir direito. 

— Talvez por que se mexeu a noite toda entre nós, não sei como eu consegui dormir — esfreguei os olhos, cansado. — Vocês são péssimos até dormindo. 

Até Klaus se endireitou e ergueu o olhar a mim, indignado pelo comentário. Levantou com uma rapidez surpreendente e saiu andando. 

— Aí! Onde que você vai? — Yara perguntou também se levantando. 

Nos encaramos curiosos. Para onde Klaus acha que vai? 

Fomos atrás. 

— Klaus! 

— Vou arrumar o que comer! Pelo menos assim não tenho que ouvir os insultos de Diego — apontou o dedo para mim com cara feia e voltou a andar. 

Não acredito, ele ficou irritado. 

— Diego! — levei um soco no braço de Yara, não tão forte para doer, mas o suficiente para ficar esperto. 

Quase perguntei o que havia feito de errado, que aliás foi nada, mas fiquei quieto. Melhor do que começar essa jornada brigado com os dois. 

Andamos por um tempo, Klaus em nossa frente ainda um pouco irritado comigo, procurando restos pelo chão. Nenhum de nós falou alguma coisa, acho que não tinha muito o que dizer. 

Estamos perdidos e é isso. Não temos muito o que fazer em relação a isso, apenas sobreviver. 

"Don't stop me now, I'm having such a good time... — o cantarolar de Klaus não deixou de nos surpreender. — I'm having a ball, don't stop me now..." 

Yaritza | Número 8 || Diego HargreevesOnde histórias criam vida. Descubra agora