O Policial Ao Lado

35°

Ligação:

Eu: oi, aonde você está? Estou aqui na porta da sua casa- falo assim que atendo
- olá boa noite, com que estou falando por favor?- pergunta uma voz desconhecida, ele com certeza deve ter perdido o celular
Eu: ah oi, me chamo Luana, com quem estou falando?
- então Luana, eu me chamo Sérgio, você é alguma parente próxima do dono desse celular ou conhece alguém da família?- pergunta e eu já sinto um aperto no peito
Eu: sou a ex namorada dele- falo e ele faz uma breve pausa
- preciso do seu sobrenome completo Luana- fala e eu reviro os olhos
Eu: Luana Allen, filha do capitão de polícia, Gustavo Allen- falo e ele faz outra pausa
- qual é o nome do dono desse telemóvel senhorita Allen?- pergunta e eu encosto as costas na porta da casa dele
Eu: Breno Sales, houve algum problema?
- então senhorita Allen, eu me chamo Sérgio, sou bombeiro militar, não tem uma forma fácil de dizer isso, mas, o senhor Sales sofreu um acidente grave de carro- fala e eu sinto o chão sumindo dos meus pés
Eu: ele está morto?- pergunta já me tremendo toda
Sérgio: não, não senhorita, ele está sendo encaminhado para o hospital xxxxxxxxx- fala e eu vou correndo até a minha casa
Eu: em menos de trinta minutos estarei no hospital, obrigada- falo e desligo.

Ligação:

Vou correndo até o meu carro e entro no mesmo jogando o celular no banco do passageiro, saio da garagem de ré e saio numa velocidade consideravelmente alta, assim que eu chego no hospital vou até a recepção para perguntar sobre o paciente Breno Sales.

Eu: oi boa noite, eu gostaria de saber sobre o paciente Breno Sales- falo e ela me olha confusa
Recepcionista: a vítima do acidente de carro?- pergunta olhando a tela do computador
Eu: ele mesmo- falo e ela me olha compreensiva
Recepcionista: o paciente ainda não deu entrada na emergência, a ambulância com o paciente ainda está a caminho, se quiser você pode esperar ele na sala de espera da emergência- fala e eu confirmo com a cabeça nervosa
Eu: tá bom, obrigada- falo e corro até a sala de espera da emergência.

Fico andando de um lado para o outro nervosa batendo o celular na mão, depois de alguns minutos para uma ambulância na entrada da hospital e eu corro até ela vendo o Breno lá dentro.

Eu: aí meu amor, você está consciente pelo menos- falo quando tiram a maca da ambulância e eu vô andando lado a lado a ambulância
Breno: você veio só para me ver- fala fraco e com dificuldade
Eu: shiii, não se esforça não meu amor- falo e ele apenas me olha atento- eu vim só para te ver meu amor, posso estar separada de você mas meu coração ainda está contigo fazer o que- falo com alguns lágrimas no rosto e ele tenta dar um sorriso
Breno: não chora meu amor- fala e eu seco o meu rosto
Enfermeira: senhora você tem que ficar aqui- vamos examinar o paciente e logo o médico vem conversar com você- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: cuida bem dele, ele fez besteira mas eu ainda o amo- falo e ela confirma com a cabeça e vai atrás do Breno.

Volto para a sala de espera e volto a ficar andando de um lado para o outro, logo um bombeiro entra no hospital e vai até a recepção, ele pergunta alguma coisa para a recepcionista que aponta para mim, o bombeiro confirma com a cabeça cabeça e vem até mim.

- olá, boa noite, eu sou o Sérgio, você deve ser a Luana correto?- pergunta e eu confirmo com a cabeça- nos falamos por telefone- fala e eu confirmo com a cabeça- aqui estão os pertences que estavam com a vítima e no carro, o veículo teve perda total no acidente- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: como foi esse acidente?- pergunto e curiosa
Sérgio: o carro derrapou na pista molhada e acabou capotando, provavelmente ele estava em tá velocidade- fala e ele confirma com a cabeça- ele estava transtornado, apenas chamava o seu nome e falava de um filho- fala e eu abaixo a cabeça- a senhorita poderia me explicar o que aconteceu?- pergunta e eu confirmo com a cabeça
Eu: ele é um polícial, conheci ele quando fui na delegacia que me pai atua como capitão, ele era casado até uns três meses atrás, eu era apenas uma amante, ele estava pronto para se divorciar quando eu conheci ele, porém a esposa dele engravidou e falou que o filho era dele, terminamos porquê ele não queria que o filho tivesse pais separados, mas o casamento realmente não havia mais salvação, hoje pelo o que eu fiquei sabendo, ele descobriu que o filho não é dele- falo e ele apenas me escuta atentamente
Sérgio: eu sei que vocês estão separados, mas não sai do lado dele nesse momento não, se ele chamou o seu nome enquanto estava deito no asfalto ensaguentado e tomando chuva, é porquê te ama, e agora ele vai precisar de você- fala e eu confirmo com a cabeça.

Ele se despede de mim e vai embora, eu me sento em um baco e começo a olhar as coisas que estavam no saco que ele me entregou, celular, carteira, algumas coisas aleatórias do carro e uma foto minha, foto essa que eu estava em um momento de distração, sorrio sentindo outra lágrima brotando nos meus olhos e deixo a foto de lado, abro a carteira dele para pegar o documento para fazer a ficha dele, mas assim que abro a mesma já dou de cara com uma foto nossa, sorrio e as lágrimas rolam pelo meu rosto.

Recepcionista: senhora, tomei a liberdade de pegar uma água e um lanche para a senhora na lanchonete, é por minha conta relaxa, só coma porquê a senhora vai precisar de forças para ficar com ele- fala olha a foto que eu estava encarando- vocês formam um belo casal, e em alguns meses uma bela família com certeza- fala e eu sorrio
Eu: obrigada- falo e ela sorri
Recepcionista: peço que a senhorita não ligue para nenhum famíliar agora, só vai causar pânico na família, espero o médico vim te trazer notícias sobre ele- fala e eu confirmo com a cabeça
Eu: obrigada- falo e ela sai andando

Porquê todo mundo não é assim? O mundo séria um lugar tão melhor.