52 | TAKE ME BACK TO THE DAY WE MEET

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{ Leve-me de volta ao dia em que nos encontramos }

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{ Leve-me de volta ao dia em que nos encontramos }

O PROCESSO QUE uma pessoa tem para superar acontecimentos traumáticos é de fato algo surpreendente para alguns cientistas. O cérebro humano é capaz de excluir certas partes que supostamente causam dor, e continuar vivendo como se aquilo nunca tivesse acontecido. Era essa a maneira que Stella viveu nos últimos dois anos, como se uma parte de seu sub consciente tivesse apagado algumas partes daquele dia de propósito. Então sem querer soar egoísta, mesmo sentindo a perda de Peter todos os dias nos últimos anos — Stella conseguia viver bem... ela conseguia acordar de manhã e recomeçar.

Mas nesse exato momento, enquanto o cheiro do sabonete pompom que Zeppelin usa está tomando conta de todo o banheiro, enquanto ele está dentro da banheira mergulhando o patinho de borracha e rindo das próprias brincadeiras. Nesse exato momento Stella pareceu reviver o dia em que perdeu Peter e todos os outros mais uma vez... Suas mãos apertavam a borda da banheira com força, seu olhar estava vago.

A-mu-a-mua. 

Gotas de água voaram para fora da banheira, atingindo um pouco o rosto da mulher, o que a fez voltar a realidade e perceber que Zeppelin já estava pronto. Tirar ele do banho era uma das coisas mais difíceis que o envolvia, afinal ele era apaixonado por água, se pudesse passaria todo o dia dentro de uma. Mas, Stella estava persistente hoje... afinal a poucos metros dali estava duas das pessoas que mais amava em toda sua vida. Ela enrolou o corpo do filho com uma toalha branca e o ergueu da água, secando os cabelos negros e a pele pálida.

Zeppelin não resmungou e nem choramingou, como sempre fazia quando queria continuar brincando — ele apenas envolveu o braço pequeno ao redor do ombro da mãe e encostou a cabeça, cansado e sonolento. 

Quando Zeppelin nasceu uma parte de Stella achou que ele teria substâncias da joia em seu organismo de bebê, mesmo Tony fazendo questão de mostrar todas as circunstâncias e dizendo todas as maneira impossíveis de isso acontecer, Stella ainda se sentia insegura. Foram várias as noites em que perdeu o sono por ficar pensando no futuro do filho... se ele estaria seguro, se cresceria bem. Virar mãe a fez ficar mais paranóica do que um dia fora, apesar de fazer quase dois anos que não usava seu dom, ainda assim ela se sentia receosa sobre o assunto.

Algumas vezes ela se pegava pensando se o que Howard fez (lhe salvando de seu Universo) tinha sido a coisa certa, se a afastar da própria mãe tinha sido a coisa certa. Se ela tivesse ficado teria morrido, certo? Então a salvar era para ser uma coisa simbólica, mas Stella não se sentia assim. Gostaria de ter conhecido a própria mãe. Mas, depois que Zeppelin nasceu o pensamento dela mudou. Se fosse ele... se fosse Zeppelin em seu lugar e alguma coisa acontecesse com a terra e alguém quisesse o salvar, ela iria fazer a mesma coisa. Preferia morrer no lugar do filho, preferia ficar e lutar... gostaria que ele tivesse uma boa vida, independente do que acontecesse. 

WAR, tony stark (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora