•Fanfiqueira•

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gabigalvani das lentes da @geogalvani ❤️

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geogalvani oh minha fã aí❤️

G A B R I E L A

Bloqueei a tela do celular e voltei minha atenção para a minha irmã que tirava algumas fotos do horizonte.

Ela amava o que fazia e eu tinha orgulho da mulher que se tornou.

— Água de coco ou nem?

Falei alto e ela me olhou com um sorriso.

— Você ainda pergunta? — Ela voltou a atenção para a câmera.

Peguei o dinheiro na bolsa e fui até o quiosque que eu frequentava quase todos os dias.

— Oi Paulinho! Duas águas de coco daquele jeito que você sabe fazer? — Pedi.

— Pra já, Bi!

Sentei enquanto via o senhor preparar o coco. Eu sou dessas pessoas que admira muito o trabalho dos outros, mesmo que seja uma coisa simples.

Paulinho me estendeu os dois cocos e eu o dinheiro. Voltei até onde estavam nossas coisas, e não vi minha irmã. Nem liguei por estar acostumada com ela fazendo esse tipo de coisa toda hora.

Coloco o coco dela na canga e começo tomar o meu sentindo minha sede diminuir.

Observo o movimento da praia e como eu amava esse lugar era indescritível dizer. Sei que sou carioca, mas não faço ideia de quem sou eu sem a água salgada e muita areia.

— Tu já chegou? — Geovanna diz voltando correndo para a minha direção. Era a minha favorita por ter algumas tulipas e begônias. Minhas duas flores favoritas.

— A senhora quer sumir também né? — Falei colocando o óculos que estavam até então na minha cabeça.

— Precisei tirar uma foto de um casal de idoso que estavam ali. — Ela apontou para um pouco depois de onde estávamos. — Eles eram fofos e me deixaram fazer alguns cliques.

— Ficou boa a foto? — Perguntei.

— Ficou pô. — Ela me mostrou na câmera e realmente. Ficaram lindas.

— Já falei que tu tem o dom! — Enalteci minha irmã, e eu sou assim desde muito pequena. Não é nem querendo puxar o saco, mas fomos criadas assim, uma apoiando a outra.

— E muito trabalho duro também. — Ela completou.

[...]

— Vou dar um mergulho no mar. — Falei já levantando.

— Fica mais na água do que os próprios peixes. — Geovanna brincou e eu mostrei a língua.

Corri pro mar e só fiquei satisfeita quando senti as águas na minha cintura. Mergulhei e deixei a onda comandar minhas vibrações.

Fiquei ali por um bom tempo até eu ver meus dedos enrugados.

Quando estava voltando para o nosso lugar, vi a Geo conversando com um carinha e pareciam tão entretidos que eu não quis incomodar. Mudei até a minha rota para um grupo de caras que jogavam altinha. Já tinha observado eles antes por ali.

— Oi? Será que eu posso jogar com vocês? — Pedi chamando a atenção deles.

— Claro

— Sim

— Pode, lógico.

Sorri gentil e começaram de novo os toques. Por experiência eu deixei cair umas duas vezes ou três, mas nada demais.
Devo confessar, eu nasci pro esporte. Seja lá qual for ele.

Por estarmos perto do calçadão era óbvio que pessoas diversas iriam transitar por ali, mas um olhar em si me tirou do foco. Não era um homem fora do normal, mas seu olhar era curioso e também me deixou curiosa. Ele usava um boné, mas dava pra ver que tinha cabelos curtos e provavelmente cacheados. Era um homem bonito, mas o olhar... Que olhar!

Voltei prestar atenção no jogo, mas já estavam encerrando a partida. Decidi dar um outro mergulho pra tirar o suor.

  Depois disso vi que Geovanna estava sozinha de novo. Fui pra lá rápido.

— Achei que não ia parar de paquerar nunca. — Brinquei me sentando do lado dela.

— Não era uma paquera.

Geovanna nega, mas esse tom de voz afinado entrega ela todinha.

— Eu te conheço esqueceu? Fala aí, quem era? — Parei os olhos na morena ao meu lado que sorriu de lado.

— O nome dele é Geizon, acredita que ele é cantor? — Ela parecia surpresa.

— Nunca ouvi nenhum cantor chamado Geizon. — Busquei na memória.

— Ele não usa Geizon. O vulgo dele é Xamã. — Ela disse desviando o olhar de mim para o mar.

Ah, era tão óbvio! Como não reconheci o Xamã? Provavelmente pelo chapéu que ele estava usando ou minha visão astigmática não me deixou reconhecer.

— Porra, o Xamã! Nossa como eu não reconheci!? — Falei mais pra mim mesma.

— Tava aqui tranquila aí ele passou uma vez e me olhou, eu meio que sorri pra ele. Aí ele passou outra e pediu pra sentar aqui. — Ela explicou voltando a ler o livro de psicologia humana dela.

— Tem o papo bom? — Estava curiosa. Não é todo dia que um cantor da em cima da sua irmã.

— Ele é legal!

Percebi que ela não queria falar muito sobre isso e eu entendendo. Geovanna sempre foi mais fechada em contar detalhes, já eu boca aberta do jeito que sou, conto tudo minimamente detalhado.

— Tava jogando bola com os carinhas ali. Passou um homem lá e pode parecer loucura, mas teve uma troca de olhares. Achei que ele ia ler minha alma. — Exagerei, porém mais ou menos. Eu realmente senti que havíamos tido uma troca ali.

— Fanfiqueira que fala né!?

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora