L E N N O N
Gabriela era realmente um ser de luz. Meus amigos curtiram ela de cara. Era muito bom ver as pessoas importantes pra mim se dando bem.
A única coisa que me incomodava era a minha carência dela. Todo mundo a todo momento queria falar com ela, não me sobrava um momento.
Dessa vez quem tinha puxado ela de canto era a Ana e diferente das conversas até agora, aquela tinha um clima estranho. Nunca vi a Gabriela parar de sorrir por mais de um minuto.Por curiosidade fui me aproximando e vi que ela parecia curiosa com algo.
— Mas você acha realmente que vai acontecer comigo? — Ela perguntou para Ana que deu de ombro e me olhou meio surpresa.
— Bi, vou no banheiro tá? — Ela disse saindo de perto.
— Qual foi princesa. Tá com essa cara aí porque? — Perguntei atraindo a atenção dela pra mim.
Gabriela forçou um sorriso.
— Quer dançar não? — Ela perguntou já me puxando pra pista.
— Com você eu quero tudo, entenda! — Fui sincero e dessa vez ela sorriu verdadeiramente.
Ficamos ali sambando e curtindo um ao outro até do nada o dj colocar uma música lenta. Não reclamando, lógico que eu amei ficar mais coladinho com ela. Sentir o cheiro gostoso dos seus cabelos e ter a quentura do corpo dela no meu.
— Você é tão cheirosa, sabia? — Falei no ouvido dela enquanto nos movíamos em sincronia.
— Tu também cheira muito bem, Lennon. — Ela disse abafado.
Arfei contra o pescoço dela a fazendo se arrepiar.
— Tu nunca mais me chamou de Lele. Levei pro coração. — Disse depois de me lembrar no que havia pensado mais cedo.
— Ah não sei, na mensagem você pareceu não curtir muito. — Ela disse e eu me afastei um pouco para encarar seu rosto.
— Tá brincando né?
Afaguei os dedos no cabelo dela e deixando apenas o dedão em sua bochecha delicada e rosada.
— Eu odeio que outras pessoas me chamem de Lele, mas da sua voz sai tão doce... Tão gostosinho que me faz querer escutar! — Eu disse sincero e vi ela se avermelhar ainda mais.
Acho ela linda quando fica tímida.
— Tá bom então, Lele — Ela disse com aquele sorrisão que faz meu coração errar as batidas.
Sorri e beijei ela com delicadeza. Pedi passagem e de urgência ela cedeu. Comecei a brincar com as nossas línguas da forma que apenas nós dois conseguíamos fazer. Era incrível como as coisas que eu faço com ela, por mais que eu já tenha feito milhares de vezes, é sempre como a primeira e única. Gosto muito da sensação que ela me causa.
Ficamos nos curtindo até ficar tarde e eu ir levar ela pra casa.
Diferente de no barzinho ela estava pensativa e isso me fazia pensar que talvez tenha feito algo pra ela, sem querer.
— Ei, Bi?
Chamei a atenção dela sem desviar o olhar da direção.
— Oi?
— No que essa cabecinha linda tá pensando? — Perguntei e escutei ela suspirar.
— Eu não ia tocar nesse assunto hoje, não queria estragar esse clima e tal, mas a Ana disse algo que eu fiquei meio... Pensativa!
— E tu pode dizer pra mim o que foi? — Perguntei delicado.
Olhei para o seu rosto por alguns segundos e voltei dirigir.
— Ela disse que eu era legal demais pra você me dar o fora rápido. Aí eu perguntei porque ela achava isso e ela explicou que todas as suas ficantes e namoradas não duraram tanto tempo, que você... Enjoava delas. — Ela disse e eu senti meu ombro pesado. Me vi na obrigação de suspirar.
— Eu não acredito que ela disse isso...
— Mas não quero que você brigue com ela, foi sem intenção nenhuma. Foi um assunto aleatório que eu insisti em saber. — Ela pegou a responsabilidade pra ela.
Não disse mais nada, olhava atento para as ruas na procura de um lugar calmo o suficiente pra parar. E quando eu consegui achar ela ficou confusa.
— Ué, porque a gente tá aqui? — Ela perguntou e eu desliguei o carro.
— Quero conversar contigo! — Eu disse sério encarando a pequena no banco do lado.
— Ei, não precisa. De verdade! — Ela disse querendo passar compreensão, mas eu sei que não era uma verdade.
— Precisa sim! Agora eu preciso dizer. Só me escuta tudo bem? — Ela assentiu.
Me ajeitei no banco para ficar mais confortável.
— Ana realmente não mentiu. Todos os meus anteriores relacionamentos foram muito rápidos. Acontece que eu sou muito intenso, Bi. E eu não conseguia durar muito. Infelizmente é um defeito meu. — Fui sincero.
Gabriela me encarava atenta sem demonstrar nenhuma expressão.
— Lele, você está sendo sincero. Gostaria de ser contigo também. Posso? — Ela perguntou e eu assenti.
— Pode dizer o que quiser princesa!
— Ok. Eu acho que você não durou nos relacionamentos anteriores não só por enjoar, mas também por... medo. Estou errada?
3/5
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perdição | L7NNON
FanfictionGabriela é uma obra de arte que se não existisse, eu mesmo teria esculpido. Início: 29 de outubro [2020] às 06:06 fim: 16 de janeiro [2021] às 00:45