•Não posso ficar com raiva de você em paz né?•

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L E N N O N

  Eu nunca tinha dado tanta razão ao meu pai quando ele falava que estar com a família, era a coisa que mais importava.

  Tô me sentindo um bobão nesses tempos com nós três. A Gabi já nem aguentava mais eu tirar fotos e gravar vídeos, mas o momento tava tão bom que eu precisava eternizar de alguma forma, além da memória.

— Mãe, pai? Posso ficar aqui com a Tia fazendo doce? — Kauê perguntou com seu jeitinho meigo.

— Claro amor, eu e o pai não vai demorar. — Gabi falou beijando a cabeça do molequinho.

  Fiz um toque de mão com ele.

— Obedece tua tia. — Falei antes de sair.

— Vida, tá com mo cara de chuva. — Falei olhando o céu escuro.

  Ela entrelaçou nossos dedos.

— E você é feito de açúcar é? — Ela brincou.

— Nossa hahaha. — Falei irônico.

  Estávamos indo pra parte das plantas, disse ela que queira fazer algumas fotos. E adivinha quem vai ser o fotógrafo?

  Palhaçada isso aí, no final ela não gosta de nenhuma e ainda reclama comigo.

— Aqui eu acho que tá bom. — Ela disse olhando o lugar.

— Aqui é escuro, mas se você diz né? — Falei passando um olho rápido.

  Ela me estendeu o celular e eu fiquei esperando ela fazer as poses dela.

  Eu queria muito dar uma de rabugento e reclamar, mas tava maravilhoso ver ela assim.

  Até hoje eu me pergunto como uma mulher perfeita dessas ficou com um cara igual eu. E nem é me rebaixando, mas a Gabriela é uma mulher perfeita, literalmente falando.

— Caraca, logo um cacho de banana. — Ela apontou pra trás de mim.

  Olhei e vi um cacho, bonitão até.

— Tá longe. — Falei.

  Gabriela tirou o chinelo e passou por mim com a cara de deboche dela.

— A mãe pega, não tem problema. — Ela falou com autoestima.

  Dei risada cruzando os braços. Essa eu queria ver!

— Vamo vê se você é tudo isso mermo, Gabriela. — Desafiei ela que gargalhou alto.

  Gabi se apoiou na árvore e com impacto começou escalar ela. Não vou mentir que tava adorando a visão da raba dela toda empinada, mas tava preocupado da maluca cair.
  Ela foi até onde estava o cacho e começou balançar ele.

  Me afastei um pouco com medo de cair na minha cabeça, e foi por pouco.

— Ala, tô falando pô. A mãe não é pra brincadeira. — Ela comemorou descendo de volta.

  A bonita pegou o cacho e saiu andando. Foi bem engraçado até ver ela toda nanica quase se rastejando.

  Aproveitei que tava com o celular dela pra tirar foto, mas ela acabou percebendo e começou modelar com o cacho de banana.

— Vamo logo que vai chover. — Ela disse indo na frente.

  Aproveitei pra postar a foto no status do WhatsApp dela.

Gabi

 Essa até que é boa, mas prefiro a do L7

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Essa até que é boa, mas prefiro a do L7.

   Gargalhei comigo mesmo, ela vai me matar!

  Voltamos pra casa e ela já tava desconfiada das minhas risadinhas. Mas só descobriu quando pegou o celular.

— Que tanto de mensagem é essa gente? — Ela perguntou vendo.

  Dei de ombros me fazendo de cinico.

— Será se aconteceu alguma coisa? — Fingi preocupação e ela acabou ficando.

  Mas segundos depois sua cara trazida tava esticada. Ela gargalhou alto e eu não aguentei de rir também.

— Vai se foder Lennon, nossa! Mano. Minha professora viu isso, ela é uma senhora. — Gabriela tava vermelha de rir e provavelmente vergonha. — Eu vou te matar!

— Eu também vou matar você. — Falei levantando.

  Ela deixou o celular na mesa e me encarou com o semblante suave.

  Abracei ela.

  Beijei a testa da Gabi e vi ela sorrir.

— Vou te matar de amor. — Falei fazendo ela rir baixo.

  Beijei o pescoço dela e mordisquei.

— E depois matar de prazer. — Falei baixo no ouvido dela.

  Gabriela arfou.

— Não posso ficar com raiva de você em paz né?

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora