•Não me importo mais de ser brega com você.•

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G A B R I E L A

  Lennon pegou a flor branca que tinha me dado e colocou na minha orelha. Apesar da cara de quem não vale nada, ele sabe tratar uma mulher. Um dia eu vou escrever um livro em homenagem a ele. O título seria: o último romântico do século.

  Nós tomamos café da manhã com aquele piquenique e ele pediu que eu lesse pra ele alguns trechos do livro e eu fiz enquanto estava deitada em seu colo.

— A minha poesia, apesar de pouca e rala, cabe na tua boca. Dentro da tua fala. — Citei e ele apenas escutava.

  Até que chegou o momento em que eu notei que estávamos apenas falando sobre coisas minhas. Então puxei assunto com ele sobre suas coisas.

  Era incrível nossa conexão.

...

— Aí Gabriela! — Ele gemeu de dor por eu puxar um de seus pelo da perna. Gargalhei alto.

— Ia te dar outra surpresa, mas você não merece! — Ele resmungou e eu o encarei com piedade.

— Por favorzinho? — Pedi e ele negou se afastando e sentando no chão.

— Olha aqui pra mim peste! — Lennon disse apontando a câmera na minha direção.

  Fiz várias poses e ele sorria pro celular isso me fazia aquecer o coração.

  Depois ele me mostrou no próprio celular que tinha postado no storie do Instagram.

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Fácil me ganha, o foda que me enrola

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Fácil me ganha, o foda que me enrola

— Você não fez isso! — Comentei gargalhando e ele riu também. — Sabe o tanto que as pessoas vão dizer sobre isso né?

— Sim. Você se importa? Porque eu mesmo não!

  Dei risada negando.

— Por isso que a gente se dá tão bem. Apesar de algumas discordâncias as gente se concorda. — Comentei e ele assentiu.

  Ficamos ali conversando como dois amigos próximo e íntimos. Nem percebemos o escurecer do céu. Só percebi a diferença quando senti um arrepio no meu corpo.

— Entra e coloca alguma roupa. Vou pegar sua surpresa no carro! — Ele falou  e eu corri pro quarto, colocando o meu vestido que eu tinha separado achando que ele ia me levar pra algum lugar.

  Quando voltei pro quintal vi que ele também já estava de volta só que com um violão na mão. Eu gargalhei alto e me aproximei dele me sentando no chão.

— Até isso você fez! — Falei pegando o violão da sua mão.

  Estava levemente desafinado, mas por prática eu resolvi isso em uns dois minutos.

— Toco o que? — Perguntei e ele fez o pensativo

— Djavan. Qualquer uma o pai deita! — Ele se gabou e eu ri começando a tocar "amor puro" era bem fácil até.

— Te adoro em tudo, tudo, tudo! Quero mais que tudo, tudo, tudo! — Cantávamos juntos.

  Isso rendeu até uma da manhã, quando os meus dedos já doíam, assim como a minha barriga de tanto rir das gracinhas do Lennon.
  Eu estava completamente louca por esse homem.

— Vou cantar uma última pra você. — Falei e vi ele se ajeitar na grama.

  Limpei a garganta e comecei os primeiros acordes.

— E os problemas que eu criei. Os lugares que eu passei. As ruas que eu andei. E foram só pra te encontrar. — Molhei os lábios e subi os meus olhos para os dele que estavam focados em mim. — E os sorrisos que eu não dei. Os poemas que eu nem sei. Os versos que eu cantei. Que foram só pra te encontrar. — Dei um sorriso de lado e ele me acompanhou no gesto. — Meu grande amor. É o meu grande amor. Loucura é estar fora do óbvio. Manipula seu celular fora de orbito. É claro que já conheci paixões. E nesse embasamento coração deixa lesões. E as rimas que eu rimei. E os sonhos que eu sonhei. E as trilhas que eu trilhei. Que foram só pra te encontrar.

— Assim meu coração num guenta! — Ele comentou e eu ri baixinho.

— Quero te levar pra onde quer que eu vá. Sem vacilar. Lennon cê vem comigo — Mudei para o nome dele e vi ele gargalhar. — Eu te mostro o melhor da vida. Que o bem estar é estar ao seu lado. O amor me pegou sem nenhum preparo. E eu vou tentar me controlar de fato. Juro sair do mundo imaginário. Eu posso ser a mulher que você sonhou. — Pisquei pra ele que mandou beijo. — Já pensou. Uma casa de frente ao mar com vista pro redentor. Sim senhor. O melhor da vida pra nós. Morango com chantili. Só nós. A sós. A voz — Lennon se aproximou mais de mim, ficando quase cara a cara. — Lençóis. E tu acende o green eu pego o destilado. E cê sorri pra mim eu fico excitada. — Ele fez cara de malícia e eu gargalhei. — Pretendo passar vários dias ao seu lado. E vários dias ao seu lado. E vários dias ao seu lado. — Lennon fez carinho no meu rosto e eu me arrepiei. — E os problemas que eu criei. Os lugares que eu passei. As ruas que eu andei. E foram só pra te encontrar.

  Lennon não me deixou terminar o último refrão da música, ele me beijou. Coloquei o violão de lado e fui impulsionando ele até que estivesse completamente deitado sob a grama e eu por cima do seu corpo em um beijo delicado. Afastei minimamente a boca da dele para dizer o que eu precisava.

— Eu tento ir devagar. — Voltei a beijar ele com delicadeza, mas durou poucos segundos. — Mas é impossível contigo. — Selei ele que abriu os olhos para prestar atenção no que eu ia dizer. — Todo momento você me prova que eu estou errada na minha tese de que tudo precisa ser demorado pra realmente valer. — Eu dizia em um sussurro. — Obrigada por me provar todos os dias esse meu erro. Por me fazer feliz nesse pouco tempo. Apesar do receio eu não aguento mais me privar. Hoje você conseguiu me provar o quanto você é merecedor do meu coração. — Ele prestava atenção sem nenhuma expressão.

— Quer dizer o que com isso?

  Nós dois estávamos falando em sussurros como se isso fosse um segredo que precisava ser partilhado apenas entre nós dois.

— Quero viver cada momento com intensidade sem medo do amanhã. Nunca estive no auge da minha felicidade com alguém. Preciso de você Frassetti!

  Desabafei e Lennon inverteu as posições com um sorriso enorme no rosto.

— Eu preciso de você também Gabriela. Quero ter o máximo que eu puder de você!

— Não me importo mais de ser brega com você. Isso que é foda. — Gargalhei e voltamos a nos beijar como loucos

BÔNUS

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora