G A B R I E L A
E lá estávamos nós dentro de uma van há cinco horas. Todos os meus amigos estavam lá e interagiam com os amigos do meu namorado, o quanto isso era maravilhoso não tava escrito.
Ainda faltavam dez horas pra chegar em Jurerê, e eu sabia que em alguma hora eu precisaria colocar minhas aulas de yoga em prática.
— O que essa cabecinha linda tanto pensa? — Lennon perguntou sentando do meu lado.
— Ah amor, tô só curtindo a vista. É legal ver as pessoas que eu gosto se dando bem. — Disse toda boiola vendo todo mundo cantando alguma música engraçada.
— Tudo por você princesa! — Lennon falou pegando um chiclete na bolsa dele.
Estendi a mão pidona e ele me olhou com deboche.
— Esquece, acabou! — Ele mentiu, na cara dura ainda.
— Vai regular um chicletinho pá tua namoradinha? — Fiz drama e ele assentiu.
— Não vou dar não senhora. Lembra da última vez que tu comeu? tu roubou todos os chicletes do meu carro, pô? Mancada! — Ele levantou e eu encarei ele indignada. Homi do coração ruim!
— Eu vou lembrar disso! — Fiz joinha pra ele que mandou um beijo indo voltar a falar com as pessoas.
Esperei ele se distrair pra abrir a bolsa dele e roubar o pacote do chiclete todo. Isso é por ser regulado!
Coloquei um na boca e fui falar com o pessoal.
>•<
— Então deixa eu te falar. Vê se me entende legal, Lennon tu é meu namorado, mas mama aqui meu ... UAU! — Me empolguei na rima e todos gargalharam por eu evitar falar pau.
— Fala pra mim Giovanna minha cunhada, vou mandando aqui na improvisada. Fala se não é que a Gabriela gosta de meter a mó marra, mas na hora h vira bundona e se paga de Katia. — Lennon tentou me gastar, mas parecia que tava com medo de me zoar. Fraca demais.
Quando a gente tá sozinho ele me amassa sempre.
— Escuta meu amor, parece que tá com pavor. Sua qualidade de rima tá sem graça, tu não era o brabo da improvisada? — Fui debochada e todos da van fizeram um coral de "Uou".
Lennon revirou o olho e mostrou o dedo.
— Barulho para L7. — Matheus gritou e só quem vibrou foi o chupeta do Xamã.
— Barulhos pra Veganinha do corre. — Matheus falou o meu codinome que eu precisei inventar de improviso.
Todos fizeram barulho e eu mandei um beijo debochado pro meu namorado.
— Agora outro casal. Vem Lua, vem Xamã! — Matheus falou pro casal ir pra frente e assim eles fizeram.
— Porra agora vai pegar sangue! — Teté falou do meu lado e eu assenti.
— Quem começa? — Matheus perguntou e o Xamã levantou a mão.
— Vamo começar, devagar sem zoar. Minha mina é linda, mesmo sendo louca. A coisa mais gostosa é um beijo na boca. Eu vim de Sepetiba cantando os meus versos, então garota pega teu banquinho e vai saindo reto. O pai é do improviso e nisso eu tô certo, minha rima vai te deixar sem tato, tua área é a foto então quando eu ganhar essa, tira um retrato! — Xamã soltou e eu falei "uou". Giovanna me lançou um olhar diabólico.
— An An. Esse índio tá manjado já nas rima, eu tô aonde eu quiser então respeita A mina! — Todo mundo gritou. — Escuta meu amor, sem caô. O papo aqui é reto e tu vem montando história, cheguei agora no improvisado, mas vou levar a glória! Tu falou pra eu tirar um retrato de quando ganhar essa, mas tu não vai passar de mim, vou ficar te devendo essa. Na batalha com os mano você é debochado, mas aqui comigo tu não passa de um pirralho.
Uou! Minha irmã amassou legal.
— Minha irmã né? — Falei orgulhosa.
— Tu tava torcendo era pro Geizon que eu tô ligada! — Ela me desvendou e eu gargalhei me fazendo de sonsa.
— Jamais. Eu amo você e devo torcida somente pra tu maninha!
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Vamo de abrindo maratonaaaa. Gente eu sou péssima na rima tá? Desculpa!
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perdição | L7NNON
Fiksi PenggemarGabriela é uma obra de arte que se não existisse, eu mesmo teria esculpido. Início: 29 de outubro [2020] às 06:06 fim: 16 de janeiro [2021] às 00:45