perdição | L7NNON

•Se antes faltava alguma coisa, agora já não falta mais!•

G A B R I E L A

  Enquanto Lennon tomava banho, já tava deitada com o Kauê, e eu juro que tava quase dormindo.

— Tia posso te fazer uma pergunta? — Kauê perguntou quase dormindo.

— Huhum! — Falei já de olho fechado.

— Porque você e o tio Lennon sempre me chamam de filho? Eu sou filho de vocês?

Ok. Aquilo era realmente importante.

Abri o olho vendo ele me encarando curioso.

Graças a Deus Lennon chegou no quarto!

— Senta aqui meu bem. — Falei me ajeitando na cama.

Kauê me obedeceu.

— Amor vem cá, acende a luz aí! — Pedi pro Lennon que me obedeceu.

— Que foi? — Ele perguntou sentando perto da gente.

— Kauê perguntou se ele é nosso filho...

Tentei me comunicar com o olhar, pra ver se ele entendia o que aconteceria dali pra frente.
Ele abriu a boca sem o que dizer, mas eu tomei sua frente pra facilitar.

— Amor. Você sabe que eu te amo, certo? — Perguntei segurando o rostinho dele. Kauê assentiu pensativo. — O tio Lenninho também te ama. E a gente gosta muito de você, como nosso filhinho sim! — Falei tentando o máximo ser descomplicado.

— A titia Sheilla sempre falou que um dia eu ia ter uma mamãezinha. — Kauê disse pensativa. — Mas nunca ninguém quis.

Meu coração apertou.

— Mas a gente te quer. E muito! — Lennon falou segurando a mãozinha dele.

— E a gente não quer nada que você não queira meu amor. Sei que você ama a sua mamãe, mas eu gostaria muito de ser sua outra mamãe. E se você deixar eu vou tentar ser a melhor do mundo. — Fiz um carinho na bochecha dele.

— E eu também quero muito ser um papai pra você! — Lennon disse abobalhado e eu sorri.

— Eu preciso deixar de chamar vocês de tio e tia? — Ele fez uma ótima pergunta.

— Não se você não quiser. — Lennon disse e ele assentiu.

— Eu quero vocês como meu papai e minha mamãe, você são legais. — Ele disse levantando.

Eu e o Lennon observamos o pequeno abraçando nós dois ao mesmo tempo. Apertei os dois no meu braço sentindo a paz de estar com eles.

Era tão bom ter a minha própria família. Tava realizada!

— Vamos dormir agora mocinho? Amanhã você tem escolhinha. — Falei.

Comecei fazer cócegas nele que caiu na cama rindo.

Ajeitei ele no meio. Cobri ele e o Lennon foi apagar a luz.

Voltei deitar.

— Vocês podem me abraçar? — Ele pediu e eu não respondi, apenas fiz.

Dei um beijinho na têmpora dele e Lennon me imitou.

Ficamos naquele abraço gostoso até ele cair no sono e como sempre com a mão no meu rosto. Foi uma mania que ele pegou depois de dormir tanto comigo.

— Até que não foi difícil né? — Lennon falou baixinho e eu sorri vendo ele dormindo sereno.

— Ele é um carinha inteligente! — Respondi.

Lennon juntou mais da gente pra poder me abraçar e não demorou muito pra eu cair no sono.

ALGUNS DIAS DEPOIS

Hoje era o dia finalmente!

O dia em que eu oficialmente vou ter ele pra mim! Não vou mais precisar chorar me despedindo dele quando devolvia pro abrigo. Agora ele dormiria todos os dias na mesma casa que eu. Meu Deus! Isso é muita loucura.

— Pronta? — Lennon perguntou entrelaçando nossas mãos.

  Estávamos na frente do abrigo.

  Meu coração tava acelerado, mas eu tava mais pronta do que nunca.

  Assenti pro Lennon que suspirou.

  Entramos e fomos direto pra sala da diretora do novo abrigo. Essa eu não era tão chegada.

  Kauê tava sentado no sofazinho com a mochilinha nas costas. Quando viu a gente correu pra abraçar.

— Oi meu amor. — Eu disse pegando ele no colo.

— E aí cara? — Lennon beijou a cabeça dele.

— A gente já pode ir? — Ele perguntou todo esperançoso.

— Claro amor. Eu só preciso assinar um papel. Mas você pode ir com o Lenninho pro carro. — Falei dando ele pro Lennon.

— Vamo nessa garotão? — Ele falou saindo da sala.

  Eu fiz toda a burocracia que precisava até finalmente ser liberada.

  Fui correndo pro carro.

— Agora eu vou conhecer meu quartinho? — Ele perguntou curioso e eu neguei.

— A gente vai pra lá depois. Primeiro a gente vai passar um lugar bem legal. — Falei colocando o cinto.

— Pra onde? — Ele perguntou.

— Segredo amor!

  Ele sorriu contente.

  Percebi que ele amava surpresas, por menor que ela fosse.

  Lennon tocou com o carro pra casa da Giovanna e eu sentia borbulhas no estômago.

...

  Quando chegamos em frente de casa, a gente tapou os olhos do pequeno e caminhamos para o quintal.

  Quando a gente tava próximo o suficiente a gente tirou a mão dos olhos dele que se assustou, mas parecia feliz em ver toda a família reunida na frente sim bolo de festa.

   Em cima tinha uma faixa de bem-vindo. E eu não aguentei ver todo mundo reunido ali. Deixei as lágrimas saírem.

  Se antes faltava alguma coisa, agora já não falta mais!

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Fui pq eu sou filha de Deus✌️😗