•Acabou o recreio!•

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G A B R I E L A

Minha tia me chamou pra ir na fazenda dela. — Falei guardando a couve na gaveta da geladeira.

  Subi rápido na cadeira para começar guardar nos mantimentos do armário.

— Cê aceitou? — Lennon perguntou me estendendo o leite.

— Não né, vida!? Você tem seus trabalhos aqui. — Falei o óbvio.

  Desci da cadeira que eu tava usando pra alcançar o armário.

— Aí, tá vendo. Para de decidir as coisas sozinhas amor. Posso muito bem ir pra lá. — Lennon falou.

  Parei o que eu tava fazendo pra encarar ele.

— O que você me falou a semana passada Lennon? — Perguntei depois de suspirar bem fundo.

— Sobre gravar a poesia? — Ele perguntou.

  Assenti suavemente.

— Tá com a cabeça na onde Gabi? Falei ainda essa semana que cancelaram. Pelo o menos por agora.

  Tentei buscar na cabeça o tal dia, e lembrei!

— Realmente. Dessa vez você tá certo! — Admiti.

  Dei dois tapinhas no peito dele e sai da cozinha.

— Dessa vez né Gabriela? — Ela falou alto da cozinha. Ele tava com humor.

— Exatamente, amor!

  Dei uma risada alta e fui pro quarto do pequeno. Tava na hora da aula on-line.

...

  Passei o dia inteirinho pensando sobre a tal viagem e cheguei a conclusão de que a gente tava merecendo um descanso. Precisamos respirar um pouco!

— Amorzinho? — Chamei ele da porta do quarto.

  Lennon me olhou curioso.

— Tô te atrapalhando? — Perguntei fazendo charminho.

— Nunca atrapalha! Solta a voz, vida. — Ele colocou o caderninho dele de lado.

Me empolguei entrando no quarto e me jogando em cima da cama.

— Sabe... Andei pensando e eu meio que tô querendo voltar a trás nessa história da viagem. O que você acha? — Perguntei.

Quando eu decidi ia até mandar mensagem pra tia Gilda, mas aí eu lembrei que ele tinha falado justamente sobre eu tomar as decisões sozinho, e ele meio que estava certo nisso!

— Ah agora a senhorita tá pedindo a minha opinião? — Ele semicerrou os olhos cruzando os braços.

— Você tá certo! A gente agora precisa de mais compartilhamento, em geral. Mas e aí? Que que cê acha? — Perguntei animada.

— Óbvio que sim! Vai ser bom não só pra gente, saca? — Ele falou subindo em cima de mim.

— Foi por ele que eu criei essa vontade. Ele não tem contato nenhum com natureza ou coisa do tipo. — Falei baixinho enquanto sentia a respiração dele no meu rosto.

— Ah por que a selva de planta que você tem na varanda, não é suficiente né? — Ele brincou.

Estalei a língua rindo.

— Falando sério, Lennon. Meu pretinho daqui a pouco vai ficar amarelo. — Dramatizei.

Ele deu um cheiro no meu pescoço e na sequência um beijo, me fazendo arrepiar.

— Se ele não fosse meu filho, ficaria com ciúmes. — Ele falou baixinho no meu ouvido.

Gargalhei alto, apesar de sentir o coração bambear.

— Amo quando você fala assim dele. Por mais que seja natural, nunca vou me acostumar. — Confessei e ele riu fraco.

— Meu filho pô, assim como você é minha mulher. — Ele se afastou um pouco pra me encarar.

Olhei detalhando cada parte do seu rostinho lindo. Ele era bom com palavras, assim como é com os sentimentos.

O equilíbrio perfeito!

— Nunca tinha escutado você me chamando assim. — Fiz manha e ele sorriu de lado.

Lennon encarou minha boca, e depois meus olhos e eu senti o ar faltar por um tempinho.

— Posso repetir de novo, sem problemas! — Ele falou tirando meu cabelo do rosto.

— Então fala aí que eu quero ouvir! — Pedi.

Lennon devagarinho se aproximou do meu ouvido. E segurou minha cintura com certa possessão. Senti um incômodo entre as pernas.

— Minha mulher!

Ele sussurrou do jeito clássico, poeta vagabundo.

Eu me apaixonei por ele exatamente assim, e é engraçado que ele não mudou nada, mas parece que tá cada vez melhor.

— Poderia até militar agora, mas eu realmente gosto. — Brinquei e ele riu.

— Militante mais linda!

Ele me elogiou me deixando sem muito o que dizer. Odeio ficar tímida.

— Você e seu costume de me deixar sem palavras né? — Falei sentindo os beijos dele no meu pescoço.

— Eu amo te ouvir falando, mas é ainda mais incrível te ouvir gemer. — Ele aproveitou estar perto do meu ouvido pra mordiscar.

— Amor...

— Eu? — Ele perguntou ciníco enquanto forçava o quadril do meu.

Respirei fundo. Ele gosta de provocar!

— O Kauê... — Lembrei ele.

— Ele tá brincando. Vamo brincar nós dois também! — Ele falou malicioso.

Confesso que eu tava com saudade do Lennon safado, mas agora com criança em casa é inevitável não ficar preocupada.

Os beijos dele e a pegada estavam me fazendo relaxar um pouco. Eu precisava tanto disso.

— Mãezinha, tô com fome.

Ouvi a voz do meu neném.

— Acabou o recreio! — Falei frustrada.

Lennon bufou em cima de mim.

$.$

Já leram "nada é Pra sempre" hj?????

Gente desculpa os cap bosta, eu realmente já tô perdida aqui com perdição. Mas amo vcs ❤️

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora