G A B R I E L A
Alguns dias passaram e Lennon tem sido distante. Desde que eu me declarei pra ele na casa de campo a gente não se viu. Nos falamos as vezes por mensagem e parece sempre ser algo forçado da parte dele, como se não quisesse falar comigo.
Queria muito acreditar que devia ser alguns problema em casa ou até mesmo no trabalho, mas o meu instinto inseguro gritava que ele provavelmente estava fazendo o que fez com outras.
As palavras da Ana ecoaram na minha cabeça.— Ele sempre enjoa, de todas.
Ele se enjoou de mim, certeza!
— Gabi, o que essa cabeça linda tanto pensa? — Minha irmã me questionou chamando minha atenção.
Até então eu estava na rede observando o céu que estava azul pra caramba hoje.
— Ah, sei lá. Sabe? — Falei pensativa e ela riu.
— Na verdade não sei não. Você pode me dizer? — Ela sentou do meu lado.
— É o Lennon... — Falei e ela apenas me olhava como se pedisse pra eu seguir. — Tô com medo dele ter enjoado de mim. Ele parece tá tão distante. — Confessei.
— Tu já se abriu pra ele? — Ela perguntou fazendo um leve carinho nos meus cabelos.
— Na verdade não! Tô com medo de tá viajando nisso. — Deitei a cabeça no ombro dela.
— Desde quando você tornou essa bundona? Você só vai saber se conversar com ele. — Eu sei que ela estava certa, mas Lennon me deixava insegura, como nunca alguém havia me deixado.
— Ah Gi. Faz tanto tempo que eu não gosto de alguém. E também tá tudo tão rápido, tão intenso... Tô confusa! — Admiti e ela riu.
— Bi... É extremamente normal você estar assim. Só acho que você precisa se abrir com ele. — Ela disse e eu senti que era o certo.
— Tá certa. Eu sei disso, mas eu tô tentando não encher a cabeça á toa. — Falei e me levantei.
Giovanna deu um grito e eu percebi que tinha levantado rápido demais, ao ponto dela cair da rede.
— Eu tento aconselhar e ainda me ferro! — Ela brincou e eu gargalhei alto.
— Desculpa maminha! Vou levar um pouco a Hula pra passear, ela tá deprimida esses tempos. — Falei indo atrás da guia.
— Aproveita e alivia essa cabecinha!
— Tá bom! Tá bom! — Falei colocando a coleira na doguinha cabisbaixa.
Logo estava andando pelas calçadas de Ipanema e realmente, eu precisava dessa espairecida.
Quando já estava bem lonjinho de casa decidi parar pra sentar um pouco na areia.
— Ei menina. O dia tá tão bonito, não acha? — Conversei com a vira lata que apenas deitou a cabeça na minha perna.
Fiz um carinho na cabeça dela e observei em volta. Me surpreendi ao ver o que menos esperava.
Lennon?
Não pensei duas vezes em levantar e ir na direção dele que pedia alguma coisa em um dos quiosques.
— Lennon? — Chamei a atenção dele que virou rápido pra trás.
— Oi Gabi... — Ele disse surpreso me abraçando.
— Porque não me disse que tava por aqui? — Perguntei não querendo parecer possessiva.
— Não queria te incomodar. Normalmente esse horário cê tá trabalhando. — Ele tentou se justificar e eu precisei de muito pra não torcer a cara.
Desculpinha mal dada. Não tinha melhor não?
— Hum. Mas você nunca incomoda. — Fui sincera. — Tu não disse que ficaria em casa esses tempos?
Vi ele morder o lábio como se pensasse em algo. Provavelmente em outra desculpa fuleira, invés de dizer que não me quer por perto!
Aí aí Gabriela, você tem me saído uma ótima paranóica.
— É... Gabi...
— Qual foi netão? — Fomos interrompidos por um senhor careca que apareceu do lado do Lennon.
— E aí coroa? — Ele falou dando atenção agora para o senhor.
— Tu tava demorando cara... Agora eu entendi o porquê! — Ele falou simpático enquanto me olhava sorridente.
Devolvi o sorriso amigável.
— Vô, essa é a...
— Gabriela! — Interrompi o Lennon, estendendo a mão para o senhor que revezou o olhar entre mim e o cantor que, não sabe dar o fora em alguém.
— Ah que beleza, você é a namorada do meu neto. — Ele falou ignorando a minha mão estendida e me abraçando forte.
Gostei muito dele, muito mesmo!
— Ele falou sobre mim é? — Perguntei olhando pro Lennon que tinha um sorriso mínimo no rosto.
— Falou sim. Tava doido pra conhecer a surfista que meu neto tanto fala. — Ele disse ainda com a simpatia.
— Quem bom! Parecem ser coisa positivas então. — Falei.— São sim. Aceita tomar uma água de coco com a gente minha filha? — Ele sugeriu e eu pensei em negar, mas eu tava muito interessada naquele senhor. Ele me trazia tanto afeto que eu sentia como se fosse alguém que eu conheço há muitos anos.
— Claro, claro. — Eu disse e ele assentiu indo na frente. —
— Não se preocupe, não vou ficar muito tempo!— Falei só pro Lennon escutar.
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HOJE É ANIVERSÁRIO DE QUEEEEEM???? Da autora linda do coração de vcs!!!
Como comemoração eu vou fazer o que eu mais gosto aqui.
Partiu maratonar!!!!!!!!!!
1/5
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perdição | L7NNON
FanficGabriela é uma obra de arte que se não existisse, eu mesmo teria esculpido. Início: 29 de outubro [2020] às 06:06 fim: 16 de janeiro [2021] às 00:45