•Eu nao aguento mais!•

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L E N N O N

  Era sábado. 19:50 e minha casa estava cheia de crianças sentadas na sala com as caras enfiadas no celular.

  Todos que eu amo estavam ali também, só faltava ela!

  A campainha tocou e eu quase corri até a porta.

  Quando abri não me arrependi de ter parecido um retardado correndo pra ver quem era.
  Gabriela estava ali, linda como sempre!

Senti meu coração faltar quando ela sorriu pra mim.

— Não vai me convidar pra entrar? — Ela perguntou com humor.

Percebi que eu ainda tava encarando ela igual um bobo. Dei passagem.

Gabriela beijou meu rosto e eu fiquei alguns segundos raciocinando o porquê dela ter tanto prazer em me torturar.

— GABI!?

Vi minha irmã abraçar ela eufórica. Precisei dar uma risada mínima ao ver que a surfista tinha quase caído pra trás.

— Oi meu amor. Feliz aniversário! — Ela abraçou de volta.

É muito louco olhar a conexão entre duas pessoas especiais pra mim, e por intermédio meu aquilo aconteceu. Elas se conheceram através de mim... Enfim, é louco!

— Olha o que eu trouxe!? — Ela ergueu uma sacola e minha irmã não precisou de muito pra pegar. — Eu quem fiz, espero que você goste!

  Apenas observei curioso a Maria desembrulhar de dentro de uma sacola um tipo de caixa. A Maria abriu e de dentro saiu uma bonequinha com patins. Tinha cabelo cacheado e eu me surpreendi.
  Sempre achei Gabriela talentosa em tudo que fazia, mas sempre me surpreendo com essas paradas que ela faz.

— Eu amei demais! — Ela abraçou a minha ex de novo e saiu correndo pra falar com a minha mãe.

  Ficamos ali nos encarando em silêncio de novo. Eu não queria dizer nada, estar ali com ela já tava bom demais.

— Gabi! Que surpresa te ver aqui. — Minha mãe entrou na minha frente abraçando ela.

— Silvana, que saudade! — Ela falou sorrindo.

Gabriela sorrindo era a minha maior perdição.

Pronto minha mãe puxou ela pra longe de mim. Que saco hein!?

Sentei no sofá e fiquei fitando ela de longe. Não importa o quanto aquilo parecia doentio, eu precisava ver ela.

...

Fazia uma hora e meia que a minha família não largava ela. E também uma hora e meia que a gente troca olhares.

Vi que ela saiu na direção da cozinha, sozinha. Se não fosse esse o momento não haveria outro!

Levantei indo também pra cozinha. Vi ela se servindo de suco. Fiz o máximo pra não assustar ela.

— Tem suco de graviola. — Falei escorando na ilha da cozinha.

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora