•Ele sabia o que aconteceria a partir dali.•

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G A B R I E L A

Já estávamos no carro e o Lennon estava indiferente, mais quieto.

Quando chegamos na casa dele, demos de cara com a família reunida na sala.

— Gabi! Que bom que tá aqui. — Maria veio me abraçar.

— Oi meu amorzinho! — Dei um beijo na bochecha dela.

— Oi Silvana, tudo bem? Seu Zequinha, Dona Marlene! Anderson! — Cumprimentei um pouco um.

— Vocês não sabem quem eu vi hoje. — Lennon disse empolgado.

— Quem? — Anderson perguntou curioso.

  Me sentei no sofá do lado da minha sogra.

— A Malaika, tu acredita? — Ele disse e eu vi toda a família sorrir. Exceto minha sogra.

— Sério. Como ela está? — Anderson perguntou também animado.

  O que mais me incomodou foi a Marlene estar contente com a volta da ex dele.

— Gabi. Quer vir aqui na cozinha comigo? — Minha sogra sugeriu e eu aceitei.

  Mal chegamos na cozinha e ela já começou falar.

— Vi que estava desconfortável. A família toda infelizmente gosta dessa cobra sonsa. — Ela falou sentando no banco da ilha. Me sentei do lado dela.

— Então você é a única que não gosta dela? — Perguntei tentando reprimir o meu desconforto.

— Eu e a Maria. Mas eu nunca gostei dela, desde quando meu filho trouxe ela aqui em casa. — Minha sogra parecia realmente não gostar. — Mas sempre relevei pelo meu filho gostar dela, mas depois que ela traiu ele... Eu não sei se eu fiquei feliz ou triste. Feliz por ele ter largado dela e triste por que meu filho ficou péssimo.

— Meu Deus, eu não queria ter você como inimiga. — Falei rindo e ela me acompanhou.

— Você é diferente Bi. Tu é sincera, carinhosa e respeitosa. Essa cobra era falsa, tratava meu filho mal e ainda por cima chegava aqui sem um pingo de educação. — Ela disse e eu sorri largamente.

— Muito bom ter seu carinho. Mas vamos mudar de assunto, eu não quero não gostar dela. Se ela é importante pro Lennon quero me dar bem com ela também. — Disse sincera.

  Eu realmente queria tentar uma amizade madura com ela, mas já vi que Malaika era um pouco difícil.

...

  Eu e a minha sogra ficamos conversando sobre o natal até percebemos que tinham passado horas.

  Quando eu cheguei na sala estavam as mesmas pessoas de antes, menos meu namorado.

— Onde tá o Lennon? — Perguntei.

— Ele foi banhar! — Seu Zequinha disse e eu assenti sorrindo.

— Vou lá esperar ele lá no quarto dele. — Eu disse.

  Como sempre uma zona. Eu não entendo a dificuldade dele de deixar o quarto arrumado, meu Deus.

  Tentei dar uma geral naquela bagunça, mas ele chegou antes de eu terminar.

— Não precisava arrumar amor. — Ele disse atrás de mim.

— Eu não vou ficar no meio da bagunça. — Me joguei na cama e vi ele tirar a toalha.

  Engoli em seco. Que filho da mãe gostoso. Nunca vou me acostumar.

— Para de me secar Gabriela! — Ele disse brincando e eu dei risada.

— Eu tenho culpa se você é um gostoso? — Perguntei sentando na cama.

— Fala isso que eu acredito. — Ele disse e eu levantei sem pensar duas vezes.

  Encurralei ele contra a parede e olhei firme em seus olhos.

— É pra acreditar mesmo! — Eu disse com o tom mais provocante que eu tinha. Lennon engoliu em seco.

— E se eu não acreditar? — Ele me desafiou e eu ri baixo.

  Deixei um selinho na boca dele e cai de joelhos na sua frente. Olhei pra cima e o Lennon já mordia a boca.

  Ele sabia o que aconteceria a partir dali.

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Gente vcs tão gostando????

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora