Prólogo

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Olá! Essa fic é uma obra de três anos atrás, a autora não tem mais a mesma mentalidade e escrita presente aqui. A razão de estar sendo repostada é um presente em forma de adeus pois estou oficialmente com os pés em livros originais.

Espero que entenda, caso não goste ofereço as fanfics mais recentes (olhe a data na sinopse) e meus livros em breve publicados.

Notas do autor:

Gente, como eu havia avisado, resolvi reescrever "É você?" E mudar quase toda a história. Quem leu a primeira versão vai notar a diferença enorme, porém outros detalhes ainda ficam ao decorrer dela vcs vão ver.

Se resolverem ficar com essa versão, e ler outra vez, n se preocupem n vai ser parecido pq a intenção era mudar oq não me agradava. Espero que gostem, na minha Bio tem a playlist da fic.

Andd outra coisas, estou fazendo uma pesquisa com aqueles que leram a primeira versão, no caso, perguntas do que vcs gostariam que fosse mudado, q não agradou na primeira versão e etc (pode mandar mensagem, pode meter o pau, eu quero SINCERIDADE)

enfim, boa leitura.








A cada passo que eu dava em direção a sombra, mais meu peito se apertava e batia forte, tão forte que senti que ele escutava.

O que pensei ao sonhar com algo tão real e grande é que era complexo demais pra descrever. Mas o que posso dizer é que dói... de uma forma agonizante, e é por dentro, me machuca e não consigo pensar em um motivo pra isso.

Talvez a razão de tanta agonia fosse a forma que a sombra me olhava... era estranha, me observava a cada passo lento que eu dava em sua direção.

Sinceramente não sei como fui parar aqui, eu nunca sei... sinto que estou em um loop infinito e constante, isso porque não era a primeira vez, acho que não será a última. Todas as noites em que consigo dormir desde que me lembro. Às vezes ao piscar os olhos em meu sonho, me vejo em outro cenário... um cenário de guerra que me lembra o livro que leio, mas diferente e... eu estava, eu estava andando por entre os corpos, corpos com expressões de horror, como se tivessem gritado antes de seu último suspiro, o pavor era sempre o mesmo, era quase palpável, meu corpo se arrepiava em diferentes partes.

E não importa quantas vezes eu veja tanto sangue em minha frente, sempre, sempre caiu de joelhos no chão e me desmancho em vômito, e ao olhar o que coloquei para fora, a cor se assemelhava ao sangue derramado naquele cenário de horror e violência.

Mas eu não corro, meu corpo não me obedece, não aceita meus comandos e teima em achar que posso lidar com isso quando na verdade sinto que não posso. Mas em minha andança pela morte, vagando como uma ceifadora que não teme por fora mas chora e grita por dentro, em algum momento, em algum segundo que nunca consigo perceber, o cenário muda e mais uma vez estou correndo desesperada por uma floresta vazia e silenciosa, atipicamente silenciosa. Não havia nem mesmo o som dos animais noturnos, ou o barulho que as folhas fazem ao serem estimuladas pelo vento, nada.

E lá estava eu, e lá estava ele. Me puxa como um ímã, só consigo ver seus olhos brilhando em vermelho púrpuro e tão acesos que me sinto um mero inseto em direção a luz, a luz dos olhos dele. A sombra era definitivamente mais alta do que eu, não conseguia ver muito. Eu estava... em uma clareira, mas ele estava próximo aos arbustos, onde já havia árvores e a luz que reflete na lua não conseguia alcançar. O homem da qual conheço e vejo como um fantasma em meus sonhos, usava uma capa, parecia pesada, eu não conseguia ver nada além disso, mas continuava indo em sua direção.

Mais uma vez meu corpo não me obedeceu, eu me sinto quente... confusa, e essa confusão me engolia todas as vezes que me aproximava, mas também me sinto atraída... pelo quê?

É você? Onde histórias criam vida. Descubra agora