capítulo 14

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Não é fácil para mim falar sobre isso
Eu tenho amarras bem pesadas no coração
Eu não sou simples, é trigonometria
É difícil de expressar
Não consigo explicar
Ficando mais e mais sombria
Procurando por amor
Em todos os lugares errados

The Blackest Day | Lana Del Rey

Angelita Guerra

Sábado, que todos os dias sejam ensolarados como hoje em Red River.

Talvez tudo isso seja um sonho, é bom demais para ser realidade. Me espreguicei na cama, senti os lençóis macios contra minha pele, é realmente um sonho.

Passei a mão procurando o Jackson, mas encontrei o seu lado vazio, então abri meus olhos rapidamente e vi que estava no meu quarto e não na casa dele. Talvez a semana que eu fiquei na sua casa me deixou acostumada a dormir sempre com ele me esquentando e segurando minha cintura em um pequeno ato de posse.

Passei minha mão debaixo do travesseiro, peguei meu celular. Vi que tem uma mensagem do meu anjo.

Meu pianista gostoso: Bom dia, Afrodite. Estou ansioso para te ver.

Angel: Vou me arrumar e já passo te buscar. Será que as crianças vão gostar de mim?

Meu pianista gostoso: Claro que vão. Elas vão te amar, tenho certeza disso.

Levantei da cama rapidamente para não ficar com preguiça. Corri para o banheiro do quarto, lavei meu rosto, escovei os dentes e os cabelos . Fiz um coque bagunçado. Não passei nenhuma maquiagem, saí do cômodo e fui no meu guarda roupa escolher alguma roupa. Escolhi um vestido solto vermelho que vai até a metade das minhas colchas, perfeito para ir na piscina. Peguei um biquíni branco e vesti por baixo, calcei uma rasteirinha.

Peguei minha bolsa e coloquei protetor solar, toalha, chapéu, uma escova de cabelo e por último minha câmera fotográfica. Acho que não esqueci nada. Fui saindo do quarto quando me lembrei do óculos de sol , voltei correndo pegar, quase esqueci. Desci as escadas em passos rápidos, vi a Carla sentada no sofá lendo o jornal concentrada, assobiei para ela notar minha presença. Quando levantou os olhos da folha abriu um sorriso para mim.

Vou até a sala de jantar que é de frente para sala, peguei uma maça na fruteira no centro da mesa. E voltei para falar com a minha velhinha, a senhora me olhou sério. Já vi que vai me passar um sermão, abri um sorriso maldoso para ela e ajeitei meu óculos no topo da cabeça.

— Angel... Precisamos conversar — concordei com a cabeça e ela continuou — Você precisa se controlar hoje, vai ter crianças lá.

Tentei segurar a risada mordendo meus lábios, mas foi impossível. Soltei uma gargalhada descontrolada e ri tanto que chegou a sair algumas lágrimas dos meus olhos. Observei a Carla que permanecia me fitando séria.

Ela realmente está falando sério. Cacete... Eu consigo me controlar.

Tá, ver o corpo do Jackson tira um pouco meu foco, mas porra eu não tenho culpa. Aquele corpo parece que foi esculpido por deuses e minha carne é fraca, quando se trata do Miller. Carla tem que me dar um desconto. Garanto que se fosse ela no meu lugar, não ia se controlar nem um pouquinho.

— Estou falando sério menina. Não quero ir de buscar na cadeia por ser pega fazendo suas safadezas em público — abri um sorriso malicioso de lado e estreitei os olhos para ela — Sei que você não deixa o Jackson pensar direito e ataca ele, daí o pobre garoto faz coisas e age por impulso. Se você não tivesse aparecido na vida dele, garanto que ele ia ser puro para sempre, mas você desvirtuou ele.

INNOCENT - SÉRIE DEUSAS DO OLIMPO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora