Capítulo 17

280 35 10
                                    

Era quase meia-noite, mas o grupo de profilers ainda estava na delegacia. Com tudo o que havia acontecido durante o dia eles não tiveram tempo de encontrar outro hotel e decidiram passar a noite ali, se revezando entre dormir e trabalhar no caso. Não que alguém estivesse disposto a dormir.

- Isso é ridículo - Morgan acertou um soco forte na mesa, fazendo Reid e JJ saltarem um pouco de surpresa - Estamos trabalhando nisso há três dias e até agora só conseguimos aumentar o número de mortos e ter um dos nossos levados.

- Se acalme, Morgan. - Hotch se sentia tão frustrado quanto Morgan, mas se recusava a deixar transparecer. - Então, novamente, o que temos até agora?

Os outros suspiraram se sentindo exaustos. Eles haviam repetido as informações que tinham pelas últimas 3 horas, na esperança de notar uma informação que tivesse passado despercebido.

- O assassinato de Noah foi fora do padrão - Começou Emilly - O assassino não se matou ou se entregou à polícia. - Isso pode significar que quem matou Noah não estava sob efeito das drogas, nosso Unsub pode ter um parceiro.

- Empregados - Murmurou Spencer, antes de tomar um gole de café. Era a quinta caneca de café que ele tomava desde que voltaram da República em que Noah morava. Ele olhou para cima quando percebeu que todos estavam olhando para ele - Hum. O Unsub é muito pessoal em relação a mim e Morgan, está fazendo isso por vingança. Parceria exige pelo menos uma ideia de igualdade, mesmo quando há um submisso, eles acreditam que são iguais e...

- Direto ao ponto, Reid - Interrompeu Aaron quando o rapaz começou a divagar.

- Ah, sim, desculpe - Spencer corou um pouco - É só, não é impossível que o Unsub tenha um parceiro, mas o que esse parceiro ganharia com a vingança? Sem contar que a forma como as coisas estão acontecendo são muito bem calculadas as chances de um deslize acontecer seria 34% maior com um parceiro.

- Mas se tiver subordinados, ele pode manipulá-los. - Rossi completou o raciocínio - Eles não precisam de detalhes e talvez nem conheçam o Unsub. Com o nível de esperteza que tem demonstrado, o único jeito que ele deixaria que esses empregados o conhecessem, seria se quisesse ser descoberto.

- Então... Os assassinatos anteriores, em que os assassinos se entregaram foram causados pelas drogas, o aparelho com som de tiros no hotel também, já que quem instalou o som não se preocupou com as digitais. - Recitou JJ como já havia feito diversas vezes nas últimas horas.

- A morte de Noah foi organizada, ele morava em uma república com cinco outras pessoas e o prédio estava sob vigilância policial, ainda assim o assassino conseguiu entrar. Se estivesse sob efeito das drogas ia encarar isso como uma missão suicida, mas não foi morto e nem temos suas digitais. - Emilly escreveu algo em um post it enquanto falava e quando terminou fixou ao lado da foto do corpo de Noah que estava no quadro de evidências: "Assassino profissional?"

- Quanto ao sequestro de Garcia? - Perguntou Morgan, ele continuava a dar voltas pela sala tentando extravasar sua energia nervosa sem agredir ninguém.

- A distração como já estabelecemos foi feita por alguém sob efeito da droga. Os homens que a levaram, no entanto, foram não parecem ter agido por impulso. - Disse Hotch - Eles demonstram algum tipo de remorso? - A pergunta foi dirigida a Morgan.

- Não - O policial respondeu entre dentes, ele estava prestes a acrescentar mais alguma coisa quando seu celular começou a tocar, apesar da tensão sala, Emilly e Rossi não conseguiram parar o bufo divertido perceberam que a música tocando era Granade do Bruno Mars. Morgan não precisou olhar para o identificador de chamadas para saber quem era - Savannah? - Disse, se esforçando para esconder sua irritação ao aceitar a chamada - Não é um bom momento. Tudo bem, tudo bem - Ele saiu da sala quando ficou claro que a conversa não estava relacionada ao caso.

Old Scars (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora