Não foi preciso muito para convencer os pais de Stanislaw Milkovich a fornecerem informações para a equipe. O luto pela perda do filho e a promessa de proteção foram o suficiente. Infelizmente, embora as informações fossem bastante úteis para quebrar a rede de tráfico, não havia nenhuma dica sólida sobre a localização de Reid.
Morgan em seu senso prático de sempre sugeriu que eles chamassem as pessoas nomeadas pelos Milkovich para depor, mas Rossi refutou a ideia dizendo que ao contrário dos Milkovich os outros não tinham motivo nenhum para cooperar e se Elle fosse alertada sobre a investigação poderia acelerar o processo e matar Reid antes de seu plano original se concretizar.
Depois que o casal saiu, escoltado por agentes que iriam cuidar de sua proteção, a equipe BAU e Morgan se reuniram outra vez na sala de conferências. Eles estavam ficando cada vez mais ansiosos com o caso, porque, apesar de todas as novas informações que conseguiram durante as últimas horas, ainda não se sentiam mais próximos de encontrar Spencer.
— Então – Hotch começou, enquanto analisava o quadro de evidências com a compilação dos lugares onde os corpos foram encontrados. – Não há uma consistência geográfica, a maioria das pessoas que foram drogadas não moravam ou frequentavam as mesmas áreas umas que as outras ou que as pessoas que foram assassinadas.
— As únicas relações pessoais que conhecemos são entre Gabriel Ramirez, Noah e Mark Lennon e entre Schamander e Mark Lennon. – Rossi apontou para as ligações que Spencer havia feito antes de ser levado – Mark deve ter descoberto algo importante para que tantas pessoas próximas a ele tivessem alvos pintados em suas costas.
— Devemos chamar as famílias novamente? – Perguntou JJ.
— Talvez seja uma boa ideia. – Hotch concordou com a cabeça – Principalmente os Schamander. Tenho a sensação que um dos filhos dele teve contato com Elle.
— E de que isso vai adiantar exatamente? – Morgan perguntou frustrado – Sabemos que o Unsub é a Elle.
— Crianças são mais perceptivas, Morgan – O tom de Hotch era cansado. – O garoto pode ter visto alguma coisa nela.
— E quanto a Heineken? – Perguntou Prentiss – Porque Elle o matou se ele ajudou Savannah a fugir?
— Acho que esse não foi o caso. – Hotch apontou – Não acho que Heineken tenha ajudado Savannah. Ela deve tê-lo drogado e sequestrado quando fugiu para que parecesse que ele a levou.
— A assinatura é diferente de Elle. – Concordou Rossi – Se Elle tivesse assassinado Heineken, teria simplesmente atirado ou usado sua droga hipnótica para que ele se matasse. Isso sem falar no senso de ironia.
— Ironia? – JJ ergueu as sobrancelhas.
— Sim – Respondeu Rossi. – Ela poderia ter descartado o corpo em algum lugar mais distante ou com menos risco de ser pega, mas fez questão de deixar o corpo de alguém chamado Heineken em um contêiner de cervejas.
— Merda – Disse Morgan de repente.
— O que? – Perguntou Emilly lançando um olhar preocupado ao amigo.
— Nós estabelecemos que haviam médicos e enfermeiros em alguns hospitais que estão no negócio das drogas com Elle... Quem garante que nenhum deles está infiltrado no hospital que Savannah, Garcia e Hank estão?
Um suspiro coletivo e murmúrios de "Porra" e "Merda" se seguiu a essa declaração. O único que não disse nada foi Hotch, mas a forma como suas sobrancelhas se encontraram era suficiente para dizer que também estava preocupado.
— Ligue para Garcia – Ordenou o chefe da unidade a Morgan, enquanto alcançava o próprio celular para falar com Cooler, um dos agentes que estavam vigiando Savannah. O celular tocou três vezes, mas ninguém atendeu.
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Old Scars (Concluída)
FanfictionUma série de mortes em Chicago traz Morgan de volta à BAU em busca de ajuda para proteger a si mesmo e sua família de um Unsub que parece saber muito sobre o ex-agente. Com o decorrer das investigações, a equipe descobre que Derek pode não ser o ún...