Capítulo Dois - Margot

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TUDO CERTO, PENSEI COMIGO MESMA enquanto me encontrava presa no banheiro masculino do meu próprio clube com um completo desconhecido, não há nada tão ruim que não possa piorar

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TUDO CERTO, PENSEI COMIGO MESMA enquanto me encontrava presa no banheiro masculino do meu próprio clube com um completo desconhecido, não há nada tão ruim que não possa piorar.

Tentei respirar fundo e me acalmar, mas quem é que eu estava tentando enganar? Paciência nunca tinha sido um dos meus pontos fortes.

"Já não deu para perceber que não está adiantando nada bater?", soltei em um rompente quando vi o desconhecido praticamente tentando arrancar a porta das dobradiças em seu desespero para sair dali. "Alguém vai precisar entrar aqui em algum momento e vai empurrá-la pelo lado de fora. Talvez funcione."

Ele olhou para mim com os olhos semicerrados e uma cara de poucos amigos, cruzando os braços enormes na frente do peito.

"Você está me olhando como se a culpa fosse minha", falei.

"Bom, talvez seja. Foi você quem entrou aqui e bateu a porta como se estivesse fugindo do diabo."

"Bom", repeti, querendo soar tão ácida quanto ele. "Talvez eu estivesse mesmo. Como é que você poderia saber?"

Ele revirou os olhos, mas pelo menos pareceu desistir de ficar se jogando contra a porta como um idiota. Ele foi até uma das lixeiras perto das pias e jogou fora o copo descartável vazio que estava segurando. Aquilo me fez lembrar da mancha no meu vestido. Eu teria que me livrar dele o mais rápido possível assim que chegasse em casa. Não queria me arriscar e ser descuidada com a prova do crime por muito tempo.

"É só refrigerante", ouvi o rapaz falar, provavelmente percebendo que eu olhava para o meu vestido com uma cara de enterro e interpretando errado o que eu estava pensando. "A mancha vai sair fácil."

Resmunguei qualquer coisa incompreensível em resposta e fui até a porta. Eu não tinha certeza se seria uma boa ideia bater nela com força até alguém ouvir e vir me socorrer. Parecia bom ficar ali dentro trancada longe do príncipe estrangeiro por um tempo, onde eu não correria o risco de ser reconhecida por ele mais tarde, quando acabássemos nos encontrando. De todo modo, mesmo que o The Rebels tivesse mais de um banheiro no espaço comum, o clube estava cheio e mais cedo ou mais tarde alguém tentaria entrar ali e liberaria a porta.

Enquanto isso...

Me virei para o desconhecido, que estava escorado em uma parede parecendo resmungar alguma coisa para si mesmo. Eu podia jurar ter ouvido algo como: "maldita hora em que deixei Josh me arrastar para cá."

"A noite não está saindo como você esperava?", perguntei, porque se fosse para ficar presa ali, que pelo menos eu encontrasse algo – ou melhor, alguém – que pudesse me entreter.

"Acho que você já sabe a resposta para essa pergunta", ele disse, rude. Eu abri um sorrisinho e tentei ficar em um dos cantos mais escuros do banheiro por precaução.

"Onde está a sua máscara?", perguntei sem me abalar, olhando ao redor e notando que não havia nenhuma por perto.

"Não tenho uma. Não sabia que essa era uma festa de máscaras."

Mais que uma Princesa, livro 3 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora