Capítulo Onze - Margot

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Era um domingo qualquer quando Lilah apareceu com Rodolfo para me tirar do tédio

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Era um domingo qualquer quando Lilah apareceu com Rodolfo para me tirar do tédio. Assim que ela entrou no quarto, fui logo tirando o gato de seu colo e enfiando o nariz naquela barriguinha coberta por pelos macios.

"Senti tanto a sua falta", disse para Rodolfo.

Lilah se jogou na minha cama e pegou o controle da TV, zapeando pelos canais até encontrar um daqueles reality shows apelativos em que na maior parte do tempo alguém está se pegando ou conversando sobre isso com outra pessoa.

"Bom saber que você gosta mais do meu gato do que de mim", ela disse quando deixei Rodolfo andar pelo quarto e explorar o ambiente que já era familiar para ele.

"Achei que isso tinha ficado claro desde o momento em que fui até a sua casa pela primeira vez", respondi, me deitando ao lado dela e agarrando um travesseiro. "Aliás, como estão os seus outros filhos?"

"Abel está mais agitado do que nunca. Sei lá porquê. Talvez ele também esteja sentindo a sua falta." Sorri quando a imagem do cabritinho que Lilah mantinha em casa me veio à mente. Eu também estava com saudades dele.

A casa de Lilah era um verdadeiro zoológico, e para mim não havia nada melhor no mundo. Até o momento, minha melhor amiga tinha conseguido fazer com que dois cachorros, um gato, uma iguana, um cabrito, dois furões e um jabuti vivessem na mesma casa sem causar nenhum dano um ao outro.

"Mas, me conta, como vai a sua vida de prisioneira?", ela perguntou, mudando de assunto de repente. "Já se acostumou com a presença de um guarda bonitão no seu pé o dia todo?"

"Não é mais tão ruim como foi no início", admiti.

"É claro que não! Você já olhou direito para ele? O cara ficou ainda mais bonito no uniforme do palácio do que com suas roupas normais de quando o vimos no The Rebels."

Revirei os olhos e decidi nem responder. Não tinha parado para pensar em Jack daquele jeito.

Não que eu fosse cega. Sabia que ele era bonito. Até demais para o próprio bem de garotas e garotos por aí que fariam de tudo para sair com ele. Mas eu não ficava pensando nisso.

"Como foi a última festa no clube?", perguntei, me forçando a pensar em outra coisa que não fosse o rosto de Jack, que agora parecia estar carimbado na minha mente graças ao comentário de Lilah.

"Ótima. O incidente com as explosões não afastou o público, se é isso que você quer saber. Pelo contrário. A Festa Mascarada da outra semana estava lotada!"

"Algum indício de quem provocou as explosões?"

"Não. Só o que já sabíamos mesmo. As bombas eram caseiras e não tinham nenhum poder real de destruição. Continuo achando que foi só uma brincadeira idiota de alguém."

"Você devia falar isso para o meu pai. Ele ficou tão irado com tudo que aconteceu que chegou a pensar que as bombas eram uma espécie de atentado contra mim!"

Mais que uma Princesa, livro 3 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora