Capítulo Trinta e Cinco - Margot

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Quando voltei ao palácio, não encontrei Sebastian e Steven em lugar nenhum

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Quando voltei ao palácio, não encontrei Sebastian e Steven em lugar nenhum. Pensei que eles poderiam ter saído juntos com Layla e Eloise, por isso fui em direção ao escritório do papai, mas também não o encontrei por ali.

Eu já estava determinada a me jogar na cama e dormir por horas a fio quando decidi passar no quarto dele. Para ser sincera, eu não esperava encontrá-lo. O escritório era o cômodo em que papai passava a maior parte do tempo quando estava em casa, mas mesmo assim resolvi tentar a sorte.

Eu queria muito falar com ele.

Com Jack me acompanhando, cheguei ao corredor onde se encontrava os aposentos de papai. As portas de seu quarto eram ornamentadas em dourado e prata de baixo a cima. Meio extravagante em minha opinião, mas era o quarto de um rei, afinal de contas.

Já estava prestes a bater quando ouvi risos do outro lado. Congelei, olhando de Jack para a porta e depois cobrindo minha boca com a mão.

Eu conhecia aquela risada.

Abri um sorriso malicioso e estava prestes a me inclinar para colar o ouvido na porta quando Jack me puxou para junto dele.

"Você tem que aprender a controlar sua curiosidade, sabia?"

"Não consigo", murmurei. "Faz parte de mim." Sorri para ele, os momentos que tínhamos compartilhado a pouco no elevador me voltando à mente. "E você me ama sem limites, lembra? Minha curiosidade vem no pacote."

Jack revirou os olhos, mas estava sorrindo.

"Estou disposto a tentar conter seus impulsos mais impossíveis."

"Jack", falei, com uma pena fingida na voz, "essa é uma luta perdida."

"Vou lutar, de todo modo."

Eu já estava me inclinando para ele para mostrar como estava errado em pensar que poderia ganhar de mim em qualquer coisa quando a porta abriu.

Me afastei devagar, Jack, por sua vez, pareceu um vulto na pressa de voltar à sua posição junto à parede. Mas não era meu pai que tinha saído do quarto, era Mirian.

Ela me viu e seu rosto ficou vermelho como um pimentão. Seus cabelos acobreados estavam meio bagunçados, a expressão em seu rosto entregando bastante coisa.

"Margot!", ela exclamou. Seus olhos correram em todas as direções, e ela fechou as mãos com força em torno do tecido da saia comprida. "Eu... posso explicar."

Ouvir aquilo me fez rir. Muito. Segurei minha barriga e gargalhei tão alto que meu pai colocou a cabeça para fora do quarto também.

"Margot, mas o que você..."

"Eu não queria atrapalhar. Mesmo", disse, enxugando os olhos. Não conseguia parar de sorrir. "Eu posso voltar mais tarde."

"Não!", meu pai e Mirian exclamaram ao mesmo tempo. Juro que nunca vi papai tão desconcertado quanto naquele momento.

Mais que uma Princesa, livro 3 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora