Capítulo 21 - Não quero que fique triste

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Demi Lovato POV

Ele estava me surpreendendo demais. Primeiro, com o restaurante que sempre quis ir e não tinha falado disso sobre mim. Segundo, por estar se mostrando o mesmo cara cavalheiro por quem me apaixonei. Ele está sabendo o que perdeu e está tentando reconquistar a gente, só não quero lembrar o que aconteceu.

O beijo, o beijo eu senti falta, não posso negar. Estou de certo modo, sensível, gosto de qualquer coisa que demonstre carinho e afeto. A gente termina e ainda estava chovendo de uma maneira mais leve e ele pega a minha mão. Indo direto para o carro, esqueci que ele é uma pessoa muito paranóica.

- Ainda bem que deixei a minha blusa aqui. - Ele diz e coloca em mim.

- Não estou com frio.

- Não quero que fique doente, meu amor. - Ele fala isso com uma estranha leveza. Não vou questionar em nada. Seria pior?

- Vamos para onde?

- Se formos para a casa dos meus pais, eles já estão com raiva de mim e ia piorar tudo por eu te deixar pegar chuva.

- Posso explicar para eles facilmente. - Estou com um sorriso travesso no rosto. Eu sempre me expliquei bem para os meus pais, isso desde criança.

- Eu sei que você pode se explicar, mas vão falar que eu sou irresponsável e com razão. - Ele está surtando. - Você está grávida e eu a deixei pegar chuva.

- Wilmer não é o fim do mundo.

- Para mim é, por isso vamos para a outra casa... - Deve estar se referindo a casa dele. Só tem as minhas coisas ali mesmo. - Você toma um banho, troca de roupa e depois eu rezo para você não pegar nenhum resfriado.

- Você está muito engraçado com essa preocupação. - Digo. Ele olha para mim sério. Não é o melhor momento para rir. Ele acaba começando e eu o acompanho. Acha mesmo que vou ficar calada?

Tivemos uma crise de riso, da qual ele para o carro em algum lugar para não causar algum acidente. Eu nunca tinha feito isso com ele.

Claro que a crise de risos sempre foi frequente no nosso relacionamento. Quero dizer sobre o banho de chuva. Ele sempre foi paranóico.

Já fiz isso com os nossos pequenos. Tudo no extremo sigilo. Isso era muito frequente quando íamos para o sítio dos meus avós.

Quando eu ainda era criança e se juntava os filhos da minha babá, para dançar e brincar na chuva. A melhor parte da vida é ser criança.

- Eu me senti uma criança fazendo isso. - Ele fala depois que se acalma.

- Isso é bom? - Pergunto e ele assente. Ele sempre adere as minhas loucuras.

- Muito bom Demi, como se eu me sentisse vivo. Não sou de fazer muitas coisas de criança.

- Pois deveria, você sabe que às vezes a vida de adulto é um saco.

- Eu sei... sei disso tanto como você.

- Então porque não faz? - Falo e ele volta a dirigir.

- Pensava que teria que assumir a minha postura séria de adulto.

- Se nem o seu pai faz isso, porque você deveria fazer? Claro que temos que ser sérios em algumas situações, mas perder a alma de criança que vive dentro da gente, abala tudo.

- Meu pai, apesar de tudo sempre foi muito presente dentro de casa. Em todos os aspectos, mesmo a vida de presidente de uma das maiores empresas sendo um saco. - Ele fala.

A Babá do Meu filho | 2° Temporada | DilmerOnde histórias criam vida. Descubra agora