❀ 𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 37 ❀

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(𝓢/𝓝) 𝓝𝓪𝓻𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸

Domingo, dia 28/03/20, 7:00 da manhã

     Acordo com minha mãe batendo na porta.

- Filha, acorda - após ela dizer isso, estico minha mão e pego meu celular.
- Tá bom mãe - pelo visto não vou dormir mais. Levanto em um pulo. Vou até o banheiro fazer minhas necessidades e depois me troco. Desço as escadas e vou tomar café - bom dia mãe, pai.
- Bom dia filha - eles respondem em coral. Sento com os dois a mesa para tomarmos café.

𝓦𝓪𝓻𝓭 𝓷𝓪𝓻𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸(𝓫𝓸𝓷𝓾𝓼)

- Entre - digo - quero saber se já pensou na proposta que eu te fiz?
- Já sim senhor.
- E concorda?
- Sim. Vou fazer exatamente como a gente combinou.
- Ótimo. E outra, fica tranquilo você vai receber o que eu te prometi.
- Ok senhor. Você tem certeza que aqueles dois não vão desconfiar de nada?
- Se você fizer tudo certo eles não vai desconfiar de nada. O que eu mais quero agora é tirar essa menina da vida do meu filho, e você é uma parte do plano. Não me decepcione.
- Pode deixar.

(𝓢/𝓝) 𝓝𝓪𝓻𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸

     Eu e meus pais estamos tomando nosso café e vimos um caminhão de mudança parando na casa do outro lado da rua.

- Parece que temos vizinhos novos - meu pai diz.
- Mais tarde nós vamos cumprimentar eles - diz minha mãe - você me ajuda a fazer alguma sobremesa para levarmos para nossos novos vizinhos filha?
- Ajudo sim mãe.

𝓡𝓪𝓯𝓮 𝓝𝓪𝓻𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸

Domingo, dia 28/03/20, 8:16 da manhã

Acordo com um barulho de cerra-elétrica vindo do lado de fora.

- *Esqueci que o jardineiro vem todos os domingos*.

Levanto da cama e vou até o banheiro escovar os dentes. Pego uma camiseta polo azul marinho e a visto. Em seguida, desço as escadas. Minha família estava tomando café da manhã, eles me chamaram para comer com eles, mas eu me recuso a ficar no mesmo ambiente que meu pai, portando resolvo ir em uma cafeteria que tem aqui perto. Pego minha moto e vou em direção a mesma.
Chegando lá, peço um café. Pago a atendente e caminho até o lado de fora. Acidentalmente esbarro em uma pessoa que faz com que meu café acabe caindo no chão.

- Nossa me des... - quando levanto minha cabeça acabo tomando um susto.
- Rafe!! - Nicole diz. Que bom te ver.
- Mas era só o que me faltava! Saio de casa pra não ficar perto de uma pessoa escrota e acabo encontrando outra no caminho.
- O que?
- Nada.
- Eu tava mesmo querendo falar com você.
- Nicole pelo amor de Deus, não vem com essa história de casamento.
- Não, não é isso. Eu queria te pedir desculpas.
- Desculpas?
- Sim. Como você disse eu sou uma escrota, ou era, eu mudei sabe. Eu e meus pais estamos em uma relação bem melhor agora. Eles aceitam minhas decisões e não me criticam ou me obrigam a fazer o que eles querem. E eu também estou namorando.
- Fico feliz por você de verdade. Pelo menos alguém tá feliz.
- Como assim?
- Eu estou no pior momento da minha vida. Meu pai é um idiota e o amor da minha vida terminou comigo.
- Poxa Rafe, que pena. Eu ia pedir pra você pedir desculpas em meu nome pra ela.
- Pelo visto não vou poder né.
- Vocês nem se falando estão.
- Estamos, mas é muito pouco.
- Entendi.
- Mas me conta quem é o cara.
- É... o Topper.
- QUE? - não me aguento e começo a rir igual um desgraçado.
- Tá rindo do que idiota?
- Você e o Topper se odiavam. Como isso foi acontecer?
- Pois é. Depois que o noivado de merda foi cancelado, eu fiquei sem ninguém, porque eu era uma pessoa muito chata, uma vadia, estava me sentindo muito mal sabe, querendo ou não você era meu único "amigo" aqui em Outer Banks. Enfim, estava muito triste e um dia acabei trombando com o Topper, a gente começou a conversar e viramos amigos. Depois de um tempo resolvemos tentar algo mais sério.
- Nossa que doideira.
- Né! O que me admira é ele não ter te contado.
- Eu não falo com o Topper e com o Kelce a muito tempo. Parece até mentira, mas eu me aproximei dos Pogues.
- Pelo visto eu não fui a única que mudou aqui.
- Não. Pode ter certeza que não - ficamos um tempo em silêncio.
- Posso te pagar um café? - ela pergunta.
- Como?
- Um café, o seu caiu no chão.
- A é mesmo, nem lembrava.
- Posso?
- Eu agradeço.
- Ótimo - ela diz. Seguimos novamente para dentro do restaurante, Nicole me pagou um café e ficamos conversando.

Durante a conversa pude perceber que a Nicole realmente mudou, nem parecia a mesma pessoa. Estava feliz por ela, de verdade, na época que a gente se pegava ela era insuportável, se vendia de graça. Agora não, ela está mais confiante, parece que o brilho de seus olhos até aumentaram. É incrível como algumas situações fazem nos mudarmos totalmente de ideia e na maneira de ser.

(𝓢/𝓝) 𝓝𝓪𝓻𝓻𝓪𝓷𝓭𝓸

Domingo, dia 28/03/20, 5:00 da tarde

Estava ajudando minha mãe a fazer uns cupcakes de boas vindas para os vizinhos novos. Eu não entendo essa mania que algumas pessoas tem de receber vizinhos com comida, acho meio estranho. Sem minha mãe perceber eu roubava vários e os comia escondidos de tão bons. Acabamos de fazê-los e colocamos os mesmos em uma cesta. Caminhamos até a casa vizinha e batemos na porta.

- (S/N)!! Você por aqui.
- Nicolas!! O que você tá fazendo aqui?
- Eu moro aqui.
- O QUE?!!
- Vocês já se conhecem, que bom - minha mãe diz - filha, entrega a cesta pra ele.
- Toma - digo seca.
- Cupcakes, adoro. Obrigado. Qual seu nome senhora?
- Meu nome é (nome da sua mãe) - minha mãe diz.
- Muito prazer senhora - Nicolas diz beijando a mão da minha mãe.
- Você é muito educado mocinho.
- Obrigado.
- Mãe vamos embora - digo.
- Vamos filha. Foi um prazer Nicolas.
- Igualmente senhora.
- Vamos mãe - digo voltando pra casa.
- Tchau pra você também (S/N) - Nicolas diz mas não dou a mínima. Sento no sofá e fico indignada.
- Educado esse meninona filha.
- É né.
- Da onde você conhece ele filha?
- Eu fiquei com ele uma vez mãe, somos conhecidos.
- Entendi. Eu amei ele filha, gostei tanto que até gostaria que ele fosse meu genro...
- QUE??! NEM PENSAR.
- Calma filha, foi só um palpite.
- Acho bom.
- Mas pelo que me pareceu ele olha pra você de um jeito diferente viu. Você podia pensar em dar uma chance pra ele.
- Não mãe.
- Por que filha?
- Porque ninguém nunca vai substituir o Rafe.
- Filha, eu sei que você gosta muito dele, eu também gosto acho ele um bom garoto, mas você não pode ficar presa em um relacionamento que acabou.
- Eu fui obrigada a acabar mãe.
- Eu sei que o Ward fez tudo aquilo, mas quem sabe não seja melhor você deixar outras oportunidades entrarem na sua vida.
- Mãe, você não tá ajudando.
- E outra filha, você não devia se sujeitar a isso. Se o pai do Rafe quer que ele se case deixa ele, o que importa é o que o Rafe quer.
- Pois é né. Mas parece que o Ward Cameron não entende isso.
- Aí nós não podemos fazer nada.
- Mãe, eu não quero o Nicolas e nem outro garoto, eu quero o Rafe. E também eu não quero mais falar sobre isso - digo subindo as escadas e indo para meu quarto. Algumas lágrimas acabam escapando dos meus olhos. Eu odeio discutir com a minha mãe, e odeio mais ainda o fato dela estar certa, eu não posso me prender ao Rafe pra sempre. E se o pai dele nunca mudar de ideia?

Essa pergunta fica balançando na minha cabeça o resto do dia. Começo a relembrar dos momentos que tivemos juntos, nossas risadas, nossos programas, nossas noites de filme, nosso momentos íntimos, até nossas brigas, isso causa uma saudade imensa. Minha mãe disse uma coisa que eu concordo muito, eu não posso me sujeitar a essa pressão toda. E outra, o Rafe que manda na vida dele. Ele já tem dezenove anos, pode muito bem escolher com quem e quando quer se casar. Eu cansei, amanhã mesmo eu vou contar as ameaças que o pai dele me fez. E eu vou ter paz sem me preocupar com o que vai acontecer com meu anjo. É isso, Ward Cameron seu filho da puta, sua farsa acaba amanhã.

Continua...

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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 - 𝐑𝐀𝐅𝐄 𝐂𝐀𝐌𝐄𝐑𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora