Hoje resolvi comprar umas flores para a Alysson, se vamos nos casar, não posso fazer ela me odiar.
Subo para o quarto, e me deito. Alysson ainda está acordada.
Gael- Está acordada ainda?
Alysson- Sim. Estou sem sono.
Me deito ao seu lado. Vejo a se virar, seu shorts mostram metade de sua bunda. Seus cabelos ruivos estão espalhados pelo travesseiro. A vontade que eu tenho é de virar ela, arrancar essa roupa, chupar cada centímetro do seu belo corpo. São tantos pensamentos, que me dão água na boca. Dou um sorriso e decido me virar para o outro lado. Mas nem assim meus pensamentos me dão sossego. Essa mulher me alucina...
Na manhã de quinta-feira, me levanto e vou ao banheiro. Visto um terno, e vou até a cozinha. E a Alysson está tomando café.
Gael- Ja de pé?
Alysson- Sim!
Tomamos café em silêncio.
Gael- Vou trabalhar, volto mais tarde.
Volto para a empresa. Hoje teve outra reunião. Para comunicar que estarei em lua de mel, mas que não deixaria de trabalhar. Temos negócios no Rio de Janeiro, os morros de favelas são pequenos aliados que nos fornecem uma grana preta. Eles são responsáveis pela fabricação de armas, drogas e todo o negócio sujo. Enquanto alguns funcionários transportam esse negócio para todo o país. Meu pai era dono de três morros. Agora, eu que vou tomar a frente disso.
(Alysson)
É amanhã que vou ser obrigada a me casar. A todo segundo me beslisco para acordar desse pesadelo. Não tem como eu fazer nada, ja pensei em todos os planos de fuga possíveis. E nada tem a possibilidade de dar certo.
Tenha tanta vontade de xingar o meu pai pelo fato dele ter matado o pai do Gael, sem escrúpulos. Mas, o vejo todo fraco e doente, e a vontade de xingar vira choro. Um choro desesperado, sem saber o que fazer. Um choro de culpa por estar encobrindo um assassino.
Hoje a mãe do Gael chega, e tenho que agir como uma noiva feliz. Mas apesar disso, o Gael me trouxe flores ontem, não entendi o motivo, mas acho que ele quis me agradar, e fiquei pensando muito nisso, no que a Clara me disse.
Depois que ele saiu, fui para a piscina, nunca entrei na piscina, até porque nem tenho a roupa certa. Mas é um lugar bem agradável para passar o dia.
Clara- Senhorita!
Acordo com a Clara me sacudindo, acabei dormindo em uma das cadeiras da piscina.
Alysson- Oi Clara. Me desculpe eu acabei dormindo.
Clara- Não se desculpe. Me perdoe por acorda-lá. A mãe do Gael chegou, ela está te esperando na sala.
Arrumo meu cabelo, e ajeito a minha roupa, e vou até a sala. E vejo uma mulher com roupas elegantes, e de salto bem alto.
Xxx- Meu Deus, como você é linda!
Alysson- Obrigada, a Senhora também é muito bonita e elegante.
Xxx- Senhora? Assim me sinto velha, me chame de Angelina.
Alysson- Eu sou a Alysson.
Angelina- Alysson, quando o meu menino disse que ia se casar, nem acreditei, na verdade estava até agorinha sem acreditar. Ele nunca foi do tipo de compromisso.
Fico sem jeito e dou um sorriso.
Angelina- Diga-me Alysson, quantos anos tem?
Alysson- Tenho 18.
Angelina- Bem nova. Você e meu filho namoram a quanto tempo?
Alysson- Bom... Na verdade faz um tempinho já.
Minto na cara dura.
Angelina- Antes do ocorrido?
Alysson- Depois do acidente.
Ela chama a Clara, e manda ela preparar um café.
Angelina- Onde está Gael?
Alysson- No trabalho.
Angelina- E os preparativos para o casamento? Quero ver a decoração.
Ela diz empolgada.
Alysson- Na verdade, eu nem pensei muito na decoração.
Angelina- Como assim? Então ainda não tem nada preparado? E o seu spa antes do casamento, está marcado?
Faço uma careta, e digo que não, com a cabeça.
Angelina- Meu Deus, vamos, vista uma roupa e vamos as compras.
Subo e visto uma das roupas que o Gael me comprou. E desço.
Depois de horas com a Angelina no shopping, meus braços ja estavam doendo de tanta sacola. Vontade de sair correndo e sumir até achar ajuda. Mas quem acreditaria em mim?
Angelina- Aqui! Achei a loja.
Suspiro e a sigo.
Horas depois. Quando chegamos no carro, fico aliviada por não estar mais segurando aquele monte de sacolas.
Angelina- Ja marquei o seu spa, é amanhã antes do casamento.
Concordo com a cabeça. Entramos no carro. E quando chegamos em casa o, Gael estava sentado no sofá mexendo no celular.
Angelina- Filho!
Ela vai e o abraça.
Gael- Ja foi gastar dinheiro?
Angelina- Foi por uma boa causa, sua noiva estava precisando de muita ajuda.
Ele me olha. E depois volta a se sentar no sofá.
Alysson- Eu vou subindo pra tomar banho.
Que dia cansativo. Angelina não me deixou almoçar, ela me obrigou a comer só legumes, ou seja, estou morrendo de fome.
Entro no banheiro, e vejo que não tenho mais roupas. Estão todas sujas. E agora? Fui até a parte do Gael, dou uma conferida na porta pra ver se ele está vindo. E começo a procurar alguma coisa para vestir. Depois que ele começou a trabalhar, só tem terno aqui.
Gael- Ta mexendo nas minhas coisas por quê?
Tomei um susto e me virei.
Alysson- Desculpa. Fiquei sem roupa, e...
Gael- Ja entendi.
Ele se aproxima, e estica o braço.
Gael- Acho que essa blusa ficaria bem em você. Vim avisar que minha família vai vir para um jantar, e ficar para o casamento, estão chegando daqui a pouco.
Ele se aproxima do meu ouvido.
Gael- Mas acho melhor vestir ela só a noite, porque não quero ninguém cobiçando o que é meu.
Ele diz no meu ouvido, o que me fez arrepiar.
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