Capítulo 14

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(Trevor)

Tava encostado no muro fumando um beck, quando o radinho toca. É o PK.

Trevor- Fala menó?

PK- Cola aqui.

Trevor- Tô chegando.

Fui pegar a minha moto, e Lia chega da escola.

Trevor- O que foi?

Lia- Jorge ja falei, não fuma na frente de casa. Cheiro de maconha da porra.

Trevor- E eu ja disse mil vezes que você não é a minha mãe. Não me chama de Jorge, meu nome é Trevor.

Ela dá uma risada.

Lia- Então tá Jorge.

Pego a minha moto e saio. Chegando lá, estacionei a minha moto e vou até o PK, ele está furioso andando de um lado para o outro.

Trevor- Para porra! Daqui a pouco vai abrir um buraco no chão.

PK- Eu fui ameaçado caralho.

Trevor- Grande novidade. Porra PK você é dono de uma favela, esperava o que?

PK- Fui ameaçado pelo filho da puta do Gael.

Começo a rir.

PK- Ta rindo de que?

Trevor- Você está com medo do Gael?

PK- Que medo o que porra. Mas a máfia dele que fornece as coisas, se ele parar não tem mais armas nem drogas, nem nada nesse morro. E nós dois sabemos que ele que é o verdadeiro dono.

Ele diz a última parte quase sussurrando. Ele para e começa a pensar.

PK- Eu preciso me livrar dele.

Trevor- E como pretende fazer isso?

PK- Ainda não sei. Mas quero ver ele sofrer.

Trevor- Você está se metendo em uma furada.

PK- O morro anda no eixo, por mérito meu. Ele é a cópia do pai. James sempre quis todos na palma da mão.

Depois conversamos sobre outros assuntos relacionados ao morro.

PK- Esse cara aqui, David, ele não me pagou as drogas, quero que vá lá cobra-lo.

Suspiro e pego a minha arma. E cobra-lo quer dizer matar. O PK dá um tempo pra pagar, quem não pagar, leva um tiro no meio da testa. Geralmente a pessoa que dá o tiro sou eu. Minha mãe me esganaria se me visse agora.
Pra falar a verdade, se minha mãe estivesse viva, tenho certeza que não estaríamos morando nesse morro.
Meus pais morreram em um tiroteio. Um policial atirou nos meus pais, enquanto eles estavam indo para casa tentando se proteger.
Lia viu tudo. E lidou com tudo isso durando anos. PK tirou nós dois do fundo do poço, e me contratou para ser seu aliado, guarda. Amigo.

Minha mãe sempre odiou a favela. Meu pai dizia que o dinheiro que ele ganhava aqui, daria nosso sustento e proteção. Quem diria. Aqui foi o lugar onde perdi a minha família. Minha irmã é a pessoa mais importante da minha vida.
Ela não consegue ver, mas eu faço tudo isso por ela, pra proteger ela. E continuo fazendo de tudo pra livrar ela dessa vida de crime.

Chegando na casa do indivíduo, nem bato na porta, ja arrombo ela. O cara está sentado no sofá cheirando pó.

Xxx- Eu pago! Fala para o PK que eu pago.

Sempre tento não sentir nenhum remorso quando mato uma pessoa. Mas é impossível.

Lia Henderson, 17 anos

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Lia Henderson, 17 anos.

Presa a você. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora