Capítulo 6

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(Alysson)

Acordo, e ja está quase de noite. Me levanto e vou até a cozinha, procuro algo para comer.

Vou devagarzinho no escritório do Gael, mas ele não está. Procuro ele pela casa inteira, mas não o acho.

Xxx- Senhorita, está procurando algo?

Alysson- Aí meu Deus!

Tomo um susto quando a empregada do Gael apareceu atrás de mim, colocando sua mão em meu ombro.

Empregada- Me desculpe. Não foi minha intenção assusta-lá.

Uma velhinha de cabelos grisalhos. Roupa de governanta e óculos finos quase na ponta do nariz.

Alysson- Tudo bem. Sabe onde o Gael foi?

Empregada- Ele foi a empresa do pai.

Ela volta a cozinha, e começa a preparar a janta, me sento na mesa e fico a observando.

Alysson- Precisa de ajuda?

Empregada- Não senhora.

Alysson- Pode me chamar de Alysson.

Empregada- O senhor Duarte não iria permitir isso.

Alysson- Ele não precisa saber.

Ela dá um sorrisinho.

Alysson- A quanto tempo trabalha aqui?

Empregada- Trabalho para a família Duarte dês de que o Gael era um bebê.

Alysson- Conhece aquele babaca a tanto tempo?

Empregada- Nem sempre ele foi assim. Mas sim, faz muito tempo.

Alysson- Para mim sempre foi.

Dou uma risada e ela também.

Empregada- Na verdade, ele já foi melhor.

Alysson- Duvido.

Ela sorri novamente.

Empregada- Ele mudou depois da morte do pai.

Ela vai lavar os pratos, e eu fico pensativa. Resolvo ajudar na janta, mesmo ela não aceitando. O cheiro parece ótimo, já havia me esquecido de como é estar em uma cozinha dessas.

Empregada- A Senhorita leva jeito na cozinha. Trabalhava em restaurante?

Alysson- Sim, mas boa parte foi minha mãe que me ensinou a cozinhar.
Nessa conversa toda nem perguntei o seu nome.

Empregada- Sou a Clara.

Alysson- Prazer Clara.

Dou um sorriso.

Clara- O senhor Gael falou muito de você.

Alysson- Como o que?

Clara- Só coisas boas.

Alysson- Tem filhos Clara?

Clara- Tenho, uma menina, de 20 anos.

Alysson- Vocês moram aqui?

Clara- Moramos em uma casa não muito longe daqui.

Alysson- Ela fica sozinha até você ir embora?

Clara- Não, ela fica com o meu marido, pai dela.

Conversamos sobre vários assuntos, foi a melhor conversa que tive dês de que cheguei aqui. Conversamos tanto, que nem vimos a hora passar, e ja era quase dez horas da noite.

Clara- Senhorita me perdoe, nem vi a hora passar, deseja jantar?

Alysson- Clara, sem formalidades. Mas quero sim.

Clara- Preciso ter, se não o senhor Gael me manda embora.

Alysson- Quando ele não estiver podemos conversar como amigas.

Clara- Sim senhora.

Rimos, e ela pôs minha janta. Quando estava terminando de jantar o Gael entra na cozinha. Mas o que me chama a atenção, é o tamanho do buque em suas mãos. Me levanto e coloco o meu prato na pia.

Gael- Temos uma sala de jantar.

Alysson- Eu preferi jantar aqui.

Gael- Eu trouxe essas flores, para a minha noiva.

Ele me da as flores e me dá um selinho. O que me surpreende.

Alysson- Obrigada.

Cheiro as flores. Flores variadas.

Gael- Vou tomar um banho, Clara coloque minha janta por favor.

Clara- Sim senhor.

Ele vai até o quarto.

Alysson- Isso me surpreendeu.

Clara- Aqui está um jarro com água para coloca-las.

Alysson- Obrigada.

Coloco as flores, e me despeço da Clara, e vou até o quarto. E me deito na cama. Escuto o Gael no banheiro tomando banho, o que será que deu nele para me dar flores? Fico ali deitada, pensando.

E então vejo o Gael sair, só de toalha. Meu Deus, não posso negar que ele tem um corpo de um deus grego. Viro o rosto envergonhada. Escuto ele dar um sorrisinho. Ele vai até seu armário, e tira a toalha, na maior cara de pau. Viro o rosto novamente, sinto minhas bochechas queimarem.
Tenho certeza de que está fazendo de propósito. Mas não vou cair nesse joguinho provocativo dele.

Ele sai do quarto, provavelmente pra jantar.
Enquanto ele está fora do quarto, penso no meu pai. Faz tempo que não o vejo, espero que ele esteja bem. Espero que eu consiga bolar um plano logo. Algo para escapar de tudo isso. Por enquanto, ele tem que aguentar, assim como eu. Isso foi causa de um erro dele.

Infelizmente, é tarde demais pra arrependimentos.

Presa a você. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora