O Retorno

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O almoço foi servido no salão e Shiro mandou preparar diversas porções diferentes para os convidados. Um pouco relutante, Itachi aceitou ficar na residência de Uzumaki Enji, pelo menos até que eles pudessem deixar o país dos Rios, mantendo a segurança de todos. Não querendo chamar a atenção para a sua localização.

Sentado ao seu lado estava um homem alto de cabelos negros e cortados grosseiramente. Ele comia com velocidade, e Shiro mandou servir mais algumas porções de costelinhas de porco para o convidado.

— Está boa demais sua comida. — Kisame disse, sorrindo em seguida, os grandes dentes enfileirados assustaram as crianças à mesa.

— Eu agradeço a gentileza, vou passar os cumprimentos para a cozinheira. — Shiro falou, sentado na outra ponta da mesa, com um sorriso gentil e uma expressão neutra.

— A gente não acostumado a comer bem assim, não é, Itachi? — Kisame cutucou o outro ao seu lado usando o cotovelo, de forma rude. Itachi apenas abaixou a tigela em sua mão, para que a sopa não respingasse para fora em sua roupa.

— A comida está muito agradável, eu agradeço mais uma vez o convite. — Itachi falou de forma educada e depois voltou a beber a sopa. Shiro aceitou os cumprimentos mais uma vez.

Do outro lado da mesa estavam Sasuke e Naruto, os dois observavam com atenção a conversa de Kisame e, quando ele falou sobre não comer tão bem, Sasuke ficou preocupado com as condições de vida do irmão. Contudo, ele não achou certo falar sobre esse problema na mesa.

— Por que o tio é azul? — Saiichi perguntou, segurando a colher de bambu na mão.

— Filho, não seja indelicado. — Sasuke o ajudou com a colher, colocando mais uma fatia de carne em sua tigela.

Kisame deu uma gargalhada e moveu a mão com pauzinhos, apontando para o menino.

— Deixa ele, não é como se magoasse meu coração. — Ele riu novamente e quem explicou foi Itachi.

— Kisame tem uma doença do coração, devido a isso ele desenvolveu essa condição.

— Você me faz parecer fraco falando desse jeito. — Kisame virou o rosto e segurou o copo, olhando para Saiichi. — Não há nada que faça meu coração parar.

O menino abriu a boca e soltou um "uau" depois perguntou se poderia ver os dedos azuis dele. Kisame mudou de atitude e voltou a rir. Após o almoço, Saiichi fez questão de saber mais sobre o novo tio. Naruto pediu desculpas por isso, mas Kisame não parecia preocupado em se mostrar para o menino.

Naruto sabia como era importante para Sasuke aqueles momentos ao lado de Itachi, por isso deixou-os à vontade para conversarem sozinhos.

Sasuke colocou Momo nos braços de Itachi mais uma vez, ajudando-o a apoiar as mãos corretamente para manter o bebê seguro. O sorriso nunca deixava os lábios do irmão mais velho, quando ele estava com a menina no colo. Aquela expressão preencheu o coração de Sasuke.

Quando voltou a dormir, Momo foi deixada na cama, e eles continuaram no quarto. A tarde estava agradável, nem tão quente e nem tão frio, a brisa fresca entrava pelos painéis da janela e circulava pelo ambiente.

Sasuke ouvia com atenção e curioso sobre as viagens de Itachi pelo mundo. Cada uma das histórias encheu seus olhos, mas também o deixou preocupado com todo o perigo que ele passou. De qualquer forma, Itachi parecia alegre ao se lembrar das cidades por onde passou e das pessoas que ele conheceu.

— Havia alguém especial? — Sasuke não soube dizer se Itachi ficou mexido com aquela pergunta, ele sempre parecia muito estoico. O semblante sempre firme e as sobrancelhas retas.

Alvorecer da primaveraOnde histórias criam vida. Descubra agora