Confissão

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Toda semana, Kakashi enviava uma mensagem com novidades sobre a busca de Itachi. Ele não havia sido capturado pelos inimigos e os aliados não tinham seu paradeiro ainda. Ao menos eram boas notícias, já que se ele não foi capturado, ainda estava vivo.

Sasuke esperava toda a semana por novas mensagens. Madara também enviou cartas, e o mês acabou sem nenhuma notícia do paradeiro de Itachi.

Embora Sasuke estivesse seguindo as recomendações de Shizune, Naruto achava que não era uma boa ideia ele participar de algumas reuniões. Percebia como Sasuke ficava agitado e o nervosismo refletia em sua pressão. Mas ele também não poderia impedir o marido de participar dos diálogos. Eram, afinal, um casal que prometeu estar sempre presente em todas as situações.

As mensagens que chegavam ao país do Redemoinho também falavam sobre as mudanças políticas feitas por Orochimaru e alguns de seus aliados. Os impostos para os habitantes tinham valores diferentes, dependendo de sua casta. Ômegas eram em sua maioria os mais afetados por essas mudanças, com valores exorbitantes para qualquer serviço. As anulações de casamentos estavam proibidas pelos ômegas.

Sasuke começava a entender por que Itachi se voltou contra Orochimaru e retornou, ele próprio o faria, caso fosse possível. E como não podia participar pessoalmente das discussões promovidas pelos Clãs, que se reuniram todos no país dos Rios, ao menos Sasuke estava a par das conversas trocadas no país do Redemoinho.

Era uma tarde quente de verão, Minato estava sentado diante dos dois, ao seu lado, Kushina os olhava com seriedade.

— Uma guerra não é exatamente algo que podemos arcar nesse momento. As colheitas desse ano não foram tão favorecidas, não podemos alimentar um exército. — Ele disse, enquanto Naruto apenas movia a mão para segurar a de Sasuke. — Eu sei que seu irmão precisa de ajuda, mas, entenda, se o país do Redemoinho entrar em uma guerra a essa altura, poderemos ter grandes baixas.

Minato continuou sério, enquanto ouvia Sasuke.

— É claro que eu não quero que as pessoas morram por causa do meu irmão. — Sasuke aumentou o tom de voz, mas depois ele se acalmou, percebendo que estava sendo rude com o sogro que não disse nada além da verdade. — Eu só estou dizendo que, se Orochimaru está desafiando a todos com suas loucuras, nós precisamos agir.

— Querido, nós concordamos com você. — Kushina ressaltou em seguida que ele precisava se cuidar, já que estava no sexto mês de gestação. — Além do mais, seu irmão parece que tem um bom esconderijo. Se enviarmos mais pessoas para o País do Som, poderemos desencadear mais do que uma guerra contra Orochimaru.

— Mãe, pai, é claro que não sou a favor da guerra. — Naruto falou, segurando com firmeza a mão de Sasuke, sentado ao seu lado. — Mas, não podemos apenas nos escorar em Kakashi. Precisamos de mais pessoas. Eu posso ir.

— Não. — Sasuke virou o rosto, sério. — Você vai nos deixar aqui?

— É claro que não. — Naruto o tranquilizou, com um sorriso. — No máximo uma semana, se eu não conseguir notícias, eu volto.

— Se você for, eu também vou. — Sasuke continuou.

— Isso não faz sentido, você precisa de cuidados especiais. — Naruto abaixou os olhos, levando a mão à barriga dele.

Kushina suspirou, mesmo com uma situação tão complicada, ela ainda sorriu para os dois a sua frente.

— Nenhum de vocês vão. — Minato disse. — Concordo que precisamos de mais uma pessoa ajudando Kakashi, nesse caso, eu vou.

— É uma decisão razoável. — Kushina refletiu, a mão no queixo, pensativa. — Embora não tenhamos poder sobre as decisões de Orochimaru, nós podemos dificultar as coisas para ele. A maioria dos seus aliados estão ao norte e oeste do país do Redemoinho. Sendo um país menor, eles precisam importar muitos produtos básicos. Alguns embargos podem causar um pouco de pressão nas decisões de Orochimaru.

Alvorecer da primaveraOnde histórias criam vida. Descubra agora