capítulo 15

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Andava cansada pelos corredores brancos daquele hospital sentindo os pés inchados serem apertados pelos sapatos brancos,carregava consigo uma gelatina da lanchonete do hospital, havia se esquecido de ir ver seu paciente especial, então esperava que o doce ajudasse no pedido de desculpa, bocejou levando as mãos a boca,sentia que poderia dormir em pé cada vez que piscava e seus olhos pesavam,tentava afastar o sono a todo custo,pegou uma bala de café no bolso do jaleco a colocando na boca e mordendo com força.

Nada de sono Sakura.

Virou na curva do corredor vendo uma menina com um rob branco empurrava consigo um suporte de soro que estava conectado ao seu braço,os cabelos ruivos presos em tranças,uma de cada lado da cabeça,se aproximou estranhando a sena,já se passavam das onze da noite,será que ninguém havia visto uma criança sair do leito?

- Ei meu amor - tocou o ombro da garota - Você tá bem? Perdeu o sono? - sentiu um arrepio passar por sua coluna no momento que a criança se virou,aquela menina...não deveria estar morta?

- Há,olá doutora Haruno,era por você mesmo que estava procurando,deve estar se perguntando como estou aqui né?- sorriu simpática- bom,"ele",me pediu pra que dissesse a você,para conferir o sangue do senhor...Hamake...Hanare...

- Hatake - disse ainda incrédula com oque estava acontecendo,Yuki estava diante de seus olhos novamente.

- Esse mesmo,ele disse que o senhor hokage-sama,teria que partir,já que sua alma gêmea já tinha morrido e deixá-lo sozinho seria deprimente,mais não é que o cara tem duas!, basicamente,ele já se apaixonou por ela, então,ele vive.

- O-obrigado - talvez o sono havia afetado seu cérebro e criado aquela alucinação ambulante - continuou seu caminho vendo a garota acenar,onde ela pode ver a pulseira com o carimbo do necrotério do hospital.

Entrou no elevador soltando o ar que nem sabia que estava prendendo,mais que porra estava acontecendo?

Apertou os botões para o andar da enfermaria para que pudesse logo ir ao quarto do rapaz,saiu do corredor seguindo em linha reta,ao passar pelo depósito sentiu um enorme peso em sua alma,oque custaria fazer um hemograma afinal,poderia ser apenas coisa da sua cabeça,mais melhor previnir do que remediar,certo?
Pegou a seringa e o elástico,a última refeição foi as 6 da tarde,o jejum seria de 6 horas,não é tempo o suficiente.

Calma Sakura,seis horas não podem matar ele assim,amanhã pela manhã,pegamos o sangue e damos preferência no laboratório.

Largou as seringa novamente na caixa junto com o elástico devolvendo a prateleira, respirou fundo tentando se acalmar,ela podia aguentar tirar alguém da morte certa,mais agora,pensar na possibilidade de perder o platinado é algo destruidor,ela não aguentaria viver num mundo sem sua bipolaridade,ou seu cavalheirismo,a vida séria estranha sem ele, muito estranha.

Kakashi on:

E aqui estava eu,minha terceira noite nesse hospital,a Sakura disse que veria me ver hoje,mais ainda sem sinal dela,pelo que pude notar pela movimentação no corredor, chegaram bastantes pacientes,mais eu não ouvi a voz dela em nenhum momento,é uma pena,a voz dela me traz paz.

Olho o relógio de parede,já eram onze da noite,mais ainda estava sem sono, então descido ler meu Icha-Icha para que o tempo passe mais rápido,é,parece que quanto mais eu leio, melhor fica.

De repente a porta foi aberta por ela,parecia estar cansada,suas mãos tremem um pouco,o cabelo dela tá bagunçado e tá pálida,parece que viu fantasma.

- Oi algodão doce,tá tudo bem?

Ela não respondeu,só veio de encontro a minha maca e se deitou do meu lado,colocando a cabeça no meu peito e fechando os olhos,eu fiquei em silêncio,mesmo achando aquilo um pouco estranho,deve ter tido um dia difícil,não prescisa de mais perguntas, então tudo que fiz foi deixar meu livro de lado e massagear os cabelos.

laços de amor e òdioOnde histórias criam vida. Descubra agora