Capitulo 6

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  — Ela já disse quando virá ?
  — ainda não , disse que deve vir pelo próximo mês . Temos tempo para nós organizar .
  — uhum ...
  — o senhor promete que vai conversar como ela ? Mas de verdade ?

  Ele vira a caneca de leite sem me responder , mas era teimoso . Talvez tenha puxado isso dele .

  — pai ...
  — certo , vou conversar com ela essa semana .
  — bom mesmo , vamos ?
  — vamos .

  Ambos levantamos da mesa , eu pego minha mochila e celular e fomos para a garagem entrando no carro .
  Meu pai me leva para o colégio , quando chegamos na porta então me despeço dele com um beijo na bochecha e desço do carro .
  Já dentro do colégio estava subindo as escadas para chegar a minha sala , em uma das curvas da escada pego meu celular para mandar uma mensagem para minha mãe .

  De repente esbarro com algo alto e acabo sendo empurrada para trás me fazendo cair da escada onde estava .
  Chegando no piso gemi de dor , tinha caído rolando . Consegui salvar meu celular e minha mochila ficou na escada , deveria ter soltado enquanto caia .

  — droga ...

  Algumas pessoas apareceram repentinamente e ficaram me olhando mas sem me ajudar , bando de idiotas .
  Tento me levantar sozinha , senti uma mão grande me pegar na cintura e no braço me pondo de pé .

  — Watabane , se machucou ?

  Levanto o rosto e vi o rosto de Suna , os olhos pareciam preocupados apesar do rosto como sempre inespressivel .

  — Nara ! Por Deus , está muito machucada ? Me perdoe não te vi ...

  Atsumo aparece também , pelo jeito foi nele que eu me esbarrei . Suna não havia me soltado , me segurava com firmeza me mantendo no lugar ... Não conseguia conter as sensações que ele me causava mesmo estando machucada .

  — eu estou ... Bem o suficiente para ir a enfermeira . Devo conseguir assistir as aulas , poderi ...
  — Atsumo , pode pegar as coisas de Watabane e deixar na mesa dela ? Vou levá-la a enfermeira , qualquer coisa avise o professor .

  Olho para Suna , ele não me correspondeu . Atsumo olhou para mim a espera de minha resposta , apenas assenti com a cabeça . O mesmo faz o que Suna pede .

  —consegue andar ?
  — sim , não se preocupe tanto .

  Ouvi um "difícil" , ou imaginei não sei ao certo pois foi muito baixo . Talvez tivesse imaginado , só sabia que estava com o coração acelerado e com dores pelo corpo .
  Suna passou meu braço pelos ombros dele e segurou minha cintura , eu era pequena perto dele . Chegou a ser engraçado .
  Estávamos proximos , sentia o calor que o corpo dele emanava e o perfume do mesmo ... Aquele mesmo cheiro de canela e baunilha do casaco ... Acho que mesmo se o sentisse todo dia não me cansaria .

Fomos a enfermaria e ele me ajudou a sentar na maca , a enfermeira não estava , para melhorar meu dia .
  Olho meus braços e pernas , doía um pouco ficar me mechendo muito . Suna ficou de frente para mim com as mãos nos bolsos .

  — não se mecha tanto , não sabe a gravidade dos machucados .
  — Sem querer ofender Suna , mas eu estou sentindo os machucados ...

  Suspiro , me vi no reflexo da porta de vidro atrás de Suna e Deus , meu cabelo estava todo bagunçado e a bochecha esquerda com um arranhando . Nem havia sentido ele ...
  Puxo ele para o lado me olhando melhor , faço um coque com o cabelo e passo a mão na bochecha que ardeu , acabei fazendo uma careta .

  — e incrível como você pensa na aparência nessas horas .
  — eu estava horrível ! Não dá pra sair pelo colegio assim , poderia ter me avisado !

Olhos de Gato - Suna RintaroOnde histórias criam vida. Descubra agora