Babuínos bobocas baulbuciando em bando

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— E por fim, a última maldição imperdoável é a maldição da morte a Avada Kedavra. — Disse Draco de uma forma tão natural que parecia que tínhamos ensaiado essa apresentação milhares de vezes quando, na verdade, foi apenas uma. —Quem vai explicar ela é América.

Malfoy me olha, esperando que eu comece a falar. Respiro fundo e encaro a sala de aula. Os alunos estão todos sentados mas ninguém está de fato prestando atenção em nós. Alguns estão nervosos o suficiente com as próprias apresentações para não prestarem atenção em mais nada ao seu redor, outros, são simplesmente adolescentes entediados.

A verdadeira apresentação é para o professor.

— A maldição da morte é reconhecível por um grande flash de luz verde e um enorme estrondo do lançador. Ela causa uma morte rápida e indolor na vítima sem deixar vestígios de violência. Autopsias trouxas não conseguem reconhecer a causa da morte de pessoas que foram atingidas por ela. E... a minha opinião sobre ela é bem dividida.

Em pé entre as fileiras de carteiras, estava Alastor Moody, nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele se inclinou na bengala, interessado. O olho de vidro virando de um lado para o outro de maneira instável.

— E que opinião seria essa, senhorita Deinert?

Agora é a hora.

— Bem, você não sente dor alguma, ela simplesmente te mata. Isso pode ser tanto bom quanto ruim: Bom porque, como eu falei, você não sente dor alguma.

— Mas... — incentivou o professor.

— Mas o adversário não vai ter nenhuma chance de revidar, se for atingido então acabou. Não há chances de lutar pela sua própria vida, o que eu acho uma pena porque eu aprecio uma boa batalha.

O professor assentiu, parecendo orgulhoso e bateu uma palma.

— Ótimo ponto de vista, garota! — Exclamou ele tão alto que acordou Dino Thomas do seu sono profundo com a cabeça encostada na mesa.. — Muito bem, quem é o próximo?

Enquanto caminhávamos de volta para os nossos lugares, Malfoy se aproximou de mim e murmurou em meu ouvido:

— Você até que foi bem, Deinert.

Nem sequer olhei para Draco. Ignorei-o passando direto e me sentando ao lado de Hermione, que me deu um soquinho com a mão. 

Enquanto a próxima dupla apresentava, Hermione se projetou para mais perto de mim e murmurou:

— Eu preciso falar com você depois da aula, você não vai acreditar.

Ela soava animada, o que só poderia significar uma coisa: fofoca.

Quando a aula acabou, tínhamos cerca de meia hora livre antes da próxima começar, então andamos calmamente pelo castelo, sem nos preocuparmos em chegarmos atrasados.

Hermione entrelaçou seu braço com o meu e deu uma pequena tossida.

— Meri...

— Agora?

Antes que a garota pudesse responder, Rony questionou:

— O que foi?

— Eu tenho que conversar sobre algo com a Meri. — Disse ela parando de caminhar e me forçando a ficar ao seu lado. 

Os garotos olharam para trás e arquearam as sobrancelhas.

— O que você quer falar com ela que nós não podemos saber?

When Worlds CollideOnde histórias criam vida. Descubra agora