Deixe eu cuidar de você

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Draco Malfoy, como eu posso definir Draco Malfoy?

Um loiro oxigenado, escroto, babaca, com tendências racistas, lindo e idiota, mas hoje, eu senti pena dele.

Parece impossível, não? Acredite, eu aprendi que absolutamente nada é impossível depois que eu vi um porco voador do tamanho de um avião no Brooklin. Não me pergunte nada sobre isso, concordamos que levaríamos o que aconteceu naquele dia 29 de outubro pro túmulo.

Tudo começou ontem na nossa última aula de poções. Draco e Harry discutiram de novo, nada fora do normal, até que Draco chamou a mãe de Harry de sangue-ruim.

Eu juro que não conseguia entender essas mudanças constantes de Draco, ele até parecia outra pessoa de um dia para outro. E olha que as pessoas dizem que eu tenho mudanças constantes de humor, mas eu sou filha de Hécate, então isso faz parte de mim.

Mas eu só mudo de humor facilmente, fico com raiva de uma hora pra outra, sempre pareço acordar diferente de como eu estava no dia anterior. Mas Draco tinha mudanças de personalidade completas, num dia ele estava tranquilo, conversava comigo como se fosse uma pessoa normal, no outro ele virava um sonserino idiota sangue purista. E ficava pior quando ele estava rodeado de seus amigos.

Harry deu um tapa na cara de Draco –  convenhamos, ele mereceu – e o professor Snape colocou apenas Malfoy de detenção!

Ele vai ter que passar a primeira semana de férias na escola fazendo só Merlin sabe o que.

Geralmente, as detenções não duram mais que uma tarde, mas Snape aproveitou todas as vezes que o Draco "atrapalhou" suas aulas e usou isso contra ele para fazer a detenção aumentar para a semana inteira.

Enquanto Draco vai perder sete dias das férias, Harry levou apenas uma advertência por bater em um aluno.

Isso foi bem estranho, em uma questão de poucas horas, todos em Hogwarts estavam sabendo do ocorrido e todos se perguntavam a mesma coisa:

"Por que?"

Snape sempre babava o Draco, em todas as discussões ele sempre apoiava o loiro e sempre, sempre, arrumava uma desculpa para tirar pontos da Grifinória e dar para a Sonserina.

Pelo visto Snape tinha alguma relação com a mãe de Harry. Foi o único palpite que tivemos para tentar entender o estranho fato de que Snape vivey e conviveu com os pais do Harry e seus amigos. Eles eram do mesmo ano e tinham suas intrigas, pelo que ouvimos falar.

Hoje, ninguém viu Draco no café da manhã, nem nas aulas, nem no almoço. E ouvi dizer que ele não foi visto nem no Salão Comunal.

E quando ele apareceu, no pátio da torre do relógio, numa pequena confraternização que os estudantes do terceiro ano estavam fazendo, ele estava com olheiras e uma mancha no rosto escura no rosto, era claro o que havia acontecido, porque eu mesma já havia feito aquilo com ele.

Alguém bateu em Draco.

Eu estava sentada no chão jogando Bexigas com Rony, uma espécie de bolinha de gude do mundo mágico mas assim que Malfoy entrou no pátio me levantei instantaneamente, estudando-o.

Ele parecia perdido, deslocado. Deu só mais alguns passos antes de parar e olhar ao redor.

Todos estavam olhando para Draco, haviam literalmente parado tudo que estavam fazendo para observar Malfoy. Entre cochichos, risadas e murmúrios, ninguém sabia se estava mais surpreso ou feliz com a situação que o loiro se encontrava.

Draco estava terrível, com cara de cansado, o rosto meio inchado e a pose derrotada, usava a mesma camisa de manga longa preta de sempre, aquela que ia até o pescoço.

When Worlds CollideOnde histórias criam vida. Descubra agora