Senhorita A.

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Guardar segredo sobre a conversa com Draco estava sendo mais difícil do que eu pensava.

A pior parte, era que meus amigos sabiam que tinha algo de errado.

Eles podiam perceber minha inquietação toda vez que o assunto era o baile. Hermione era especialista em reparar meus olhares apreensivos em direcionados a Theo.

O sonserino, por sua vez, nem sequer estranhou.

— Vou com uns amigos comprar nossas roupas, quer vir conosco? — Perguntou.

Fingi uma expressão desapontada.

— Ah, poxa. Eu já combinei de ir com as meninas. A gente se encontra de noite, que tal?

Ele assentiu, em seguida deixou um beijo em minha testa e deu as costas.

Observei enquanto ele caminhava tranquilamente na direção da mesa da Sonserina, alheio ao fato de que eu não sabia se deveria esgana-lo ou questiona-lo sobre isso.

Draco não olhava para mim.

Nos corredores ele passava direto, nas aulas, sentava longe.

Eu sabia que ele estava mentindo. Não tinha razão nenhuma para ele estar falando a verdade para mim, porém, uma parte bem profunda do meu coração ainda estava em dúvida.

Draco estava falando a verdade?

Theo era mesmo uma pessoa horrível?

E, o mais importante, por que, de todas as pessoas que podiam ter vindo me alertar, foi justo Draco quem o fez?

Não. Ele está com ciúmes, Meri. Era isso que eu dizia para mim mesma toda vez que o via passar. Ele não sabe perder.

Theo continuou sendo o garoto mais encantador de Hogwarts. Ele sempre se encontrava comigo antes do café, passava horas na biblioteca me assistindo estudar e fazia questão de me provocar durante os jogos de quadribol.

Eu ria de absolutamente todas as suas piadas e ele não tinha medo de andar de mãos dadas comigo pelos corredores.

Theodore Nott não tinha vergonha de ser visto comigo.

Mas ele era um ano mais velho e muitas vezes estava com suas próprias preocupações. Eu não podia estar com ele cem por cento do tempo mas só o pouco que eu já tinha de sua companhia, já me deixava em êxtase.

— Isso é loucura! Nesse passo nós vamos ser os únicos da turma sem um par... bom, nós e o Neville. — Rony sussurrou para Harry.

Estávamos no Salão Principal que havia sido transformado numa enorme sala de aula porque alguém decidiu soltar bombas de bosta nas masmorras e impregna-las por uma semana.

Snape percorria os espaços entre as mesas, tentando garantir o silêncio absoluto de funeral que ele tanto amava.

— Mas o Neville pode levar a si mesmo. — Harry disse rindo.

When Worlds CollideOnde histórias criam vida. Descubra agora