Halloween

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Umas semanas se passaram, e adivinhe que dia é hoje? Isso mesmo, 31 de outubro! Halloween, dia das bruxas, uma das datas mais esperadas pelos estudantes e obviamente, por mim também.

O dia passou normalmente, exceto é claro, que não tivemos aula, passei a manhã lendo um livro, depois do almoço fui pra floresta proibida treinar um pouco, não podia me dar ao luxo de enferrujar, uma batalha estava por vir, eu sentia isso.

Depois de meu pequeno ataque de raiva, eu me recuperei bem rápido. Ninguém desconfiou de nada e era exatamente o que eu queria. Não queria de forma alguma meus amigos pensando que eu enlouqueci e me esfaqueei.

Apesar de ter sido exatamente isso que aconteceu.

Um pouco de ambrosia e néctar me fizeram ficar novinha em folha e pronta para tudo. Apesar de que a cicatriz vai permanecer para sempre. Eu não fiquei muito preocupada com isso. Não é como se eu não tivesse outras cicatrizes por todo meu corpo.

Cheguei em uma clareira que era relativamente perto do Castelo e olhei ao redor, procurando um alvo, um coelho, de preferência

Escutei um barulho vindo de uns arbustos atrás de mim, peguei no meu colar, que se transformou num arco, magicamente a aljava com flechas apareceram nas minhas costas, peguei uma flecha e esperei.

E lá estava a pequena criatura, um coelho branco e preto saia do arbusto, olhando ao redor, miro, e no segundo que ele me vê, eu atiro.

A flecha voou e pegou em cheio o peito da criatura, que caiu morta na mesma hora. Não gosto de matar criaturas inocentes, mas é por uma boa causa. Quando eu faço, normalmente miro em lugares que eu sei que não haverá tanto sofrimento, assim posso dar a eles uma morte rápida, é o mínimo que eu posso fazer.

Fui até o coelho, retirei a flecha e o deixei ai, alguma criatura da floresta deve vir come-la depois. Pelo menos ele não havia morrido por nada e serviria para alimentar outro animal.

Meus outros alvos ao longo da tarde foram: mais dois coelhos, três doninhas, um pássaro que não consegui identificar qual era sua espécie, algumas pinhas( tentei atirar nas que estavam mais no alto das árvores para dificultar um pouco mais) e outras frutas ou seja lá oque aquelas coisas eram.

Estava quase indo embora quando escutei um último barulho, decidi que aquele seria meu último alvo antes de voltar.

Me surpreendi com o animal, era um cervo, eu nunca tinha visto um tão perto do castelo, normalmente eles ficam mais no fundo da floresta, longe das pessoas.

Me abaixei e saquei uma flecha, mirei e no momento que eu ia atirar um galho quebrou atrás de mim, fazendo o cervo fugir, me virei e apontei a flecha para o desgraçado que atrapalhou minha caça.

Por incrível que pareça, não fiquei surpresa quando percebi que a pessoa que me atrapalhou era o Malfoy. Apesar de que eu revirei os olhos e bufei bem alto.

Continuei com a flecha apontada pra ele.

— Você atrapalhou minha caça.—  Acusei, deixando uma raiva transparecer.

— Se você estava com tanta fome, temos uma cozinha aqui, eu posso te mostrar o caminho, não precisa caçar que nem um nativo selvagem.— Falou com o desgosto típico.

Atirei a flecha, que foi lançada e cravou numa árvore ao lado do Malfoy, por um fino a flecha não o acertava. A ação foi tão rápida que o garoto nem reagiu, eu poderia tê-lo matado e ele só saberia que fui eu quando chegasse ao mundo Inferior.

Ele deu um sorriso de lado.

— Você errou — Me provoca.

— Eu nunca erro — rebati a provocação e caminhei em sua direção. — Você deveria ficar grato que eu estava mais interessada em acertar aquele lagarto do que você, Malfoy... apesar de que vocês são bem similares, me pergunto se eu deveria acerta-lo para fazer companhia a ele no inferno. 

When Worlds CollideOnde histórias criam vida. Descubra agora