When Worlds Collide

Problemas familiares

Uma semana depois eu já estava bem familiarizada com o castelo, apesar de ele ser sim, muito grande, consegui me adaptar bem e já conhecia alguns locais de cor. E, olha só, até agora nenhum acidente com magia saindo pelas mãos ou coisas flutuando sem motivo, já é um avanço enorme.

Escrevi uma carta para minha mãe contando sobre Hogwarts, tentei deixar claro o quanto estou grata de estar tendo essa experiência. Sei que os deuses e seus filhos não devem criar laços tão fortes, mas quero tentar amolecer o coração de Hécate, talvez só um pouquinho, para que ela comece a pelo menos tentar agir como uma mãe, só as vezes, tipo, sei lá, todo domingo.

Mas enfim, Hogwarts continua me surpreendendo cada dia mais. Esse lugar respira magia e é simplesmente impossível ficar entediado por aqui.

Minhas matérias favoritas definitivamente são Defesa Contra As Artes das Trevas e Feitiços, que é lecionado por ninguém mais ninguém menos que a professora McGonagall! A diretora da Grifinória! Ela é simplesmente fantástica e muito sabia, apesar de que a voz dela dá um pouquinho de sono. 

A primeira matéria é minha favorita por uma série de fatores conjuntos, o primeiro é que ela é simplesmente muito interessante, todas as criaturas mágicas e suas histórias são fascinantes, e quem diria, muitas dessas criaturas aparecem no mundo grego também. Outro fato decisivo para eu ter um apreço pela matéria é quem a leciona, o professor Lupin. Ele é um homem extraordinário, sua didática é excelente e, ele é muito bonito. Várias alunas ficam murmurando coisas sobre ele quando ele passa no corredor e muitas gostam de ir para a aula somente para observa-lo.

Cada um com seus crushs né.

Agora está de noite, por volta de duas manhã eu acho. Eu perdi o sono, pela primeira vez desde que venho para Hogwarts não consegui dormir em paz, pensamentos sobre a guerra contra eminente em meu lado grego vem me perturbando fazem alguns dias e, toda vez que não ocupo minha mente, eles voltam e me deixam ansiosa e temerosa pelo que está por vir.

Então sai para andar, como fazia no Acampamento Meio-Sangue. Lá, eu tinha que desviar das harpias e de Argos, que vigiavam o acampamento pela noite para ter certeza que nenhum campista saia escondido, além de algumas ninfas, é claro. Mas, por ser filha da magia e muitas outras coisas assustadoras e sombrias que não sou capaz de listar, sempre consegui me esconder muito bem pelas sombras, ainda não consigo viajar por elas, mas elas me escondem, quase como uma fundição perfeita.

Andar por Hogwarts não é diferente, tenho que me esconder de alguns quadros delatores, de Filch e sua gata, dos fantasmas e, é claro, de Pirraça. Não que Pirraça vá me delatar por querer, ele adora quem quebra as regras, mas vai fazer tanto barulho que acabará chamando atenção demais.

Para a minha sorte, esse castelo antigo é cheio de passagens secretas e locais escuros.

Claro que não é somente o medo de ser pego e colocado de detenção que impede os outros estudantes de andar, muitos tem medo do escuro e das criaturas que podem vir para aterroriza-los. Eu, não posso dizer que não tenho medo, pois não a ninguém melhor do que eu para saber que existem monstros por toda parte, mas aprendi a ser corajosa o suficiente para sair e enfrenta-los, sempre andar preparada.

E esse preparada leva em consideração meu colar de lua, presente de Hécate. Mas é claro, que não deixo de lado seus dons mágicos que foram passados para mim. Hécate é a deusa mais versátil, é forte e inteligente, sombra e calculista, possui poderes grandes e abrange desde a necromância e fantasmas a magia e escolhas difíceis que moldam o seu caminho.

Essa é Hécate.

É sem dúvidas uma deusa extraordinária, não entendo porque é uma deusa menor.

Além de tudo que já vinha me atormentando desde alguns dias atrás, minha mãe fez algo que martelava em minha cabeça sem parar.