Quando acordei, estava num corredor feito inteiramente de paredes de cimento que me lembravam muito um estilo de arquitetura chamado brutalismo. Tudo parecia robusto, o tom das paredes era um cinza queimado e as quinas eram robustas.
O piso era igualmente feito de cimento porém ele era irregular, com várias falhas como se fosse velho ou tivesse se desgastado por conta de alguma luta. A melhor parte? Não tinha nenhum sinal de magia pelas paredes, sem qualquer armadilha mística por aquelas bandas.
Eu quase deitada, com uma parte das costas recostadas na parede enquanto minhas pernas estavam estiradas para a frente. Por um momento, fiz esforço para me levantar, mas então me xinguei assim que senti uma pontada forte na minha coxa.
Eu já havia esquecido desse corte, era como se a dor dele só se tornasse real a partir do momento que eu me lembrava dela e a reconhecia.
É claro que, agora, eu já estava bem ciente do enorme ferimento em minha perna.
Minha visão estava turva e minha perna toda tomada pelo sangue. A mochila estava do meu lado e rapidamente abri o bolso da frente para pegar o kit de primeiros-socorros.
Deuses, eu não era uma filha de Apolo. Aquele corte obviamente precisava ser costurado, nem mesmo ambrosia e néctar conseguiriam curar algo assim, eu precisava de cuidados médicos urgentes. Mas não havia ninguém ali para me ajudar.
Por Merlin, o pensamento tomou conta de minha cabeça enquanto eu tentava abrir um frasco de remédio, espero que não tenha ninguém aqui.
Foco, América. Foco. Não se lembra das aulas no Acampamento? Se o ferimento for grave, ele é a prioridade. Cuide de si mesma primeiro e então ficará em condições melhores para lutar caso seja capturada.
Depois de lutar muito contra a vontade de vomitar (e desmaiar) consegui limpar e enfaixar o corte, que deu mais trabalho do que eu esperava. Em seguida, tomei um grande gole de néctar enquanto torcia para não te exagerado na quantidade e entrar em combustão instantânea sem querer. Eu estava mastigando a ambrosia enquanto abria o bolso maior de minha mochila.
Meu coração pareceu finalmente relaxar quando percebi que a capa da invisibilidade de Harry ainda estava ali dentro, sã e salva.
Para ser sincera, quando fiz o feitiço para recuperar a mochila, eu não pensei na capa, pensei no ferimento e em mim mesma. Eu não sobreviveria muito tempo sem nada para ajudar a me curar.
Mas, não vou mentir, fiquei feliz em ver que a capa continuava em meu poder. Empurrei-a para o fundo da mochila e apoiei a cabeça na parede, dando um longo suspiro e sentindo todos os meus músculos e órgãos praticamente implorando por um descanso.
Imediatamente, meus olhos começaram a se fechar e eu estava quase pegando no sono quando os abri de repente. Não. Não posso dormir ainda, tenho duas coisas para fazer.
— Homenum Revelium— murmuro baixo, minha voz quase não sai. Nada apareceu, ninguém estava ali nas redondezas. Pelo menos eu acho Porque sempre há a possibilidade do labirinto estar me enganando e acabando com a minha magia.
Entretanto, decidi tentar ser otimista. Nenhuma pessoa por aqui, assim como nenhum monstro. O feitiço tecnicamente só funciona para humanos, mas se nenhum monstro havia me encontrado até agora, no momento em que estive mais frágil, então, tecnicamente, eles ainda demorariam a me encontrar, mas eu não queria dar a eles essa chance.
Eu nunca havia feito esse feitiço de proteção antes mas vi sobre ele no Guia dos Espíritos e ele era minha única esperança de conseguir dormir em paz por algumas horas enquanto eu me recuperava.
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When Worlds Collide
FanfictionVocê conhece a história de Percy Jackson, o semideus grego mais forte e famoso da atualidade. E também conhece a história de Harry Potter, o bruxo mais conhecido do mundo. Conhece suas histórias e seus universos. Bem, você vai conhecer a vida de uma...