Sirius Black

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Infelizmente, eu não sou mais rápida do que uma árvore.

Eu estava até que indo bem, um galho entrou na minha frente e pulei sem dificuldade por cima dele, outro tentou me pegar de lado mas dei uma cambalhota e desviei, mas um conseguiu me pegar pela mão direita.

Literalmente, ele se agarrou em minha mão num aperto forte e me levantou até que eu ficasse a metros de distância do chão.

Tentei usar a outra mão para tirar o galho, tentei puxa-lo ou arrasta-lo mas quanto mais eu fazia isso mais ele se apertava, eu conseguia senti-lo cortando minha circulação do punho. 

Olhei para baixo, pensando no que fazer, até que percebi a solução. Levei minha mão esquerda até minha adaga que estava presa em minha cintura. Eu havia aprendido a carrega-la, havia alguma força naquela lâmina que não me fazia querer ficar longe dela. Eu a carregava comigo e a névoa fazia o resto.

Segurei a adaga e num só golpe cortei o galho.

Eu só deveria ter pensado melhor na minha aterrissagem. 

Sim eu cai de pé, mas um pequeno erro de cálculo fez com que todo o peso de meu corpo fosse deslocado até meu pé. Senti os ossos se quebrando na hora, uma dor insuportável tomou conta de mim.

Cai com tudo na grama e me arrastei até o buraco. 

Pena que era um buraco alto e eu cai novamente.

— Aí! — Gemi de dor, tentando me levantar. 

Quando olhei ao redor, percebi Harry e Hermione mais para a frente, numa espécie de corredor subterrâneo, eles estavam caminhando mas se viraram para trás e quando viram minha situação correram para me ajudar.

Harry segurou em minha cintura e passou meu braço por seus ombros, para que o próprio servisse de apoio.

— Como está seu pé? 

— Nada que um pouco de ambriosa não resolva. — Garanti num resmungo, Hermione tentou dar um sorriso confortante mas não adiantou muito. — Espera um pouco.

Do bolso do casaco eu peguei um pequeno frasco de ambriosa para emergências e comi. Depois de meus amigos terem me contado seu passado de aventuras nessa escola, aprendi a andar preparada. 

O sabor dessa vez havia sido pizza de pepperoni.

Imediatamente me senti melhor, a dor do meu pé estava ficando mais distante e me senti mais energizada.

— Podemos comer isso também? Acho que seria bem útil— Perguntou Hermione analisando o pote com curiosidade.

— Se você quiser sofrer combustão espontânea, sim. — Estendi o braço, oferecendo-os um pouco.

— Eu acho melhor não. — Ela recusou empurrando o pote de volta para mim, eu ri e coloquei-o de volta no bolso, então me afastei de Harry, já conseguindo caminhar por conta própria.

Seguimos nosso caminho andando pelo túnel escuro e empoeirado, várias aranhas estavam pelas paredes. O chão, o piso e as paredes eram feitas de terra, como se o túnel tivesse sido escavado de forma rápida e secreta, servindo apenas de passagem.

Não demorou muito até que chegassemos ao fim, onde havia uma escada e um alçapão. Harry subiu primeiro seguido por Hermione e depois por mim.

Quando finalmente fiquei em pé, olhei ao redor e me surpreendi. Estávamos numa casa velha e empoeirada, as paredes de madeira estavam tortas e esburacadas, haviam dois morcegos dormindo no teto e teias de aranha por todos os lugares.

As cortinas estavam rasgadas e haviam marcas enormes de garras para todos os lados.

— Estamos na casa dos gritos — Disse Hermione enquanto dava um giro ao redor de si mesma, olhando a casa — não estamos ?

When Worlds CollideOnde histórias criam vida. Descubra agora