Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - Edser

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-- E caminhando para estarem oficialmente casados, eu os declaro marido e mulher! -- O homem disse, fazendo todos aplaudirem de pé.

Os dias que antecederam o casamento foram corridos, as melhores costureiras da cidade haviam sido convocadas para a confecção das vestimentas dos noivos, dos familiares e padrinhos. As melhores casas de decoração foram contratadas, incluindo as que eram responsáveis pela parte dos comes e bebes. Os convites foram enviados um dia depois que Serkan havia se tornado noivo. Todos estranharam a proximidade da data, mas ninguém se atreveu a contestar ou sequer faltar num evento de tamanha importância. Com letras no mesmo tom da decoração da festa, o dourado e o branco predominavam nas letras do envelope tamanho médio.

No grande pátio da cidade, onde acontecia o casamento, havia flores violeta por todos os lados, combinando com os detalhes do vestido da noiva. Era usava um vestido de seda longo e branco, tendo as bordas com leves detalhes cor lilás. O cabelo trazia duas tiras amarradas para trás, com o restante do cabelo caído por seus ombros em cachos. Um pequeno véu branco transparente foi posto em seu cabelo, deixando-a mais delicada fisicamente.

Já Serkan usava um terno preto que se encaixava perfeitamente em seu corpo, com detalhes que combinavam com os detalhes do vestido de Eda, que se alternavam entre branco e lilás também. Seu cabelo devidamente penteado.

Eda chorou feito uma criança no dia de seu casamento, assim que acordou. Não amava aqueee homem, não estava em um lugar conhecido, havia mudado abruptamente de estilo de vida e, mesmo que suas companhias não fossem ruins -- com exceção de Selin -- Ela se sentia sozinha. Sentia falta de suas amizades do vilarejo e o fator principal de seu pranto ainda era Cenk.

Cenk, aquele cafajeste que a enganou cruelmente. Se ele não fosse casado não pensaria duas vezes em propôr à ele que fugissem para algum lugar onde pudessem ser felizes. No entanto, o destino lhe pregou a pior das peças, a fez se apaixonar por um crápula mentiroso.

-- Já pode beijar a noiva. -- O juiz de paz informou, fazendo Eda olhar temerosa para Serkan, quem se aproximou de sua -- Agora esposa -- E segurou suas mãos, sussurrando um "Me desculpe." Antes de inclinar e provocar o encontro de bocas mais esperado de todo o lugar.

Os lábios de Eda eram macios e delicados, fazendo o pobre coração de Serkan martelar contra seu peito. Por outro lado, rompendo todo o esperado por si mesma, Eda não sentiu asco ou algo parecido, pelo contrário, sentiu-se estranhamente bem ao sentir os lábios de Serkan nos seus. Era uma sensação boa de que ali era seu lugar. Seu estômago se revolveu, mas por pouco tempo, já que Serkan fez o casto encostar de seus lábios durar pouco tempo.

Gritos eram ouvidos, junto com aplausos e assobios. Serkan sorriu sem jeito para Eda antes de lhe estender o braço e começarem a andar pelo corredor do lugar, tendo uma chuva de arroz sendo lançada no mais novo casal da cidade.

A festa foi extravagante e com certeza não teria ninguém para reclamar de algo. Estava tudo absolutamente impecável.

-- Felicidades, irmão. --  Engin parabenizou Serkan, quem sorriu e abraçou seu amigo.

-- Obrigado, Engin. -- Agradeceu. Seus olhos percorreram o local à procura de onde estava vindo a voz informante.

"Agora chegou o tão esperado momento, a primeira dança dos noivos."

Serkan sorriu sem graça e avistou Eda sendo empurrada por sua mãe para o meio do salão. Decidiu fazer o mesmo, tocando a mão de sua esposa, enquanto a outra se acomodava em sua lombar. A música lenta começou a tocar e o casal começou a se movimentar de acordo com a melodia. Eram apenas os dois ali no meio, tendo todos os olhos voltados para eles. O som vinha da banda instrumental que Piril havia contratado para tocar.

-- Será que...você poderia fingir estar feliz? -- Serkan pediu a olhando tristemente. -- Só por hoje. -- Disse em um sussurro arrasado. Eda o olhou e nada disse. -- Por favor...

-- Meus... -- Limpou a garganta. -- Meus pais já levaram as coisas deles para um hotel. -- Disse tentando mudar de assunto.

-- Eu disse que não precisavam sair. -- Serkan disse surpreso. -- Vou providenciar uma casa para eles amanhã mesmo.

-- Eu prefiro que saiam. -- Eda confessou rindo baixo. -- Não me interprete mal. Se fosse só meu pai tudo bem, mas minha mãe é um pouco... autoritária demais.

-- Entendo. -- Serkan disse, rodando Eda antes de colar seus corpos novamente. -- A propósito... Você está linda. -- Eda enrubesceu e lhe ofereceu um sorriso tímido.

-- V-você também.

-- Hmm, já está deixando sua esposa envergonhada para depois aproveitar a noite de núpcias, hein? -- Piril disse gargalhando, enquanto olhava a reação de pânico no rosto de Eda. Ela se esquecia de que deveria ter cuidado com o que falava quando não estava a sós com Serkan, sempre era brincalhona e por vezes lhe passava em branco que, para muitos, ela poderia soar estupidamente idiota.

-- Piril! -- Serkan a repreendeu.

-- Desculpe, Eda. Eu só estava brincando. -- Disse para Eda. -- A dança de vocês já acabou, será que poderia me emprestar seu lindo esposo um segundo? -- Eda assentiu, girando em seus calcanhares e saindo da pista de dança, chocada demais para dizer algo.

-- Será que você não poderia ter calado a boca? -- Serkan reclamou, tomando a mão de sua amiga e começando a bailar com ela.

-- Foi tal ruim assim? -- Piril perguntou, vendo os ombros de seu amigo caírem.

-- Se aceitar meu beijo na hora do sim foi um sacrifício, imagina ouvir sobre a noite de núpcias. -- Disse tristemente.

-- Eu te avisei. -- Alertou chateada.

-- Eu não me arrependo. Antes eu, que sei que não farei mal a ela, do que qualquer idiota grosseiro, que poderia lhe agredir ou violentar.

-- Não vou discutir isso com você de novo. -- Falou. -- Só desejo que você encontre a paz e a felicidade que merece, Serkan, porque você é o homem mais honrado que eu conheço na vida. -- Disse, fazendo seu amigo lhe abraçar no mesmo instante. -- Só não conte a ninguém que te disse isso. Sou boa demais com tiro ao alvo, sabe, não é? -- E, ao ouvir a gargalhada de seu melhor amigo, sabia que tudo ficaria bem apesar dos apesares.

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