O último de hoje, hein? Espero que gostem.
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Serkan e Eda não tiveram tempo de conversar durante todo aquele dia devido aos paparicos de todos daquela casa para Serkan. Não o deixavam um segundo sequer sozinho e, embora ele adorasse todos esses mimos, queria mesmo conversar com Eda.
Ainda estava ressentido, de fato, mas não podia negar que ver Eda lhe pedindo desculpas ajudou um pouco a curar seu ego ferido.
Saía do banheiro após ter passado vários minutos lá dentro, sentindo a água tocar seu corpo. Eda lhe havia ajudado a tirar sua roupa. Na verdade Eda vinha sendo bem prestativa, de tarde mesmo insistiu para passar a pomada em seus hematomas novamente e limpar a ferida de seu ombro. Não puderam conversar, pois Engin e Piril resolveram entrar no quarto e ficar conversando com eles durante o processo.
Serkan não ligava de sua seminudez frente aos seus amigos e, apesar de Eda sentir constrangimento alheio, sabia que Piril não via com maus olhos o corpo quase despido de seu marido, contudo, se negou a deixar Selin entrar em seu quarto enquanto Serkan estava daquele jeito.
Eda também lhe serviu o café da manhã e o almoço, alimentando-o na boca, como um bebê. Sabia que Serkan era capaz de comer por si só, mas não queria se sentir inútil por não fazer nada enquanto seu marido claramente sofria de dores.
A mais nova também se oferecera para carregar tudo para ele, não deixando o mesmo carregar nem mesmo uma caneta. Em outras ocasiões o rapaz teria se sentido sufocado, mas a verdade era que estava adorando ver o cuidado da menor com ele.
-- Nem se vista mais. Vou passar a pomada. -- Eda avisou assim que viu Serkan apenas em um short de panos moles e uma regata branca que provavelmente lhe custou muito tempo conseguir vestí-la.
-- Podemos conversar antes? -- Perguntou caminhando a passos lentos até a cama. Eda lhe fitou e assentiu, lhe dando espaço para se sentar ao seu lado.
-- Ainda me odeia? -- Eda perguntou mordendo seu lábio em uma ansiedade mais do que óbvia. Serkan riu fraco e negou com a cabeça.
-- Por Deus, Eda, eu nunca te odiei. -- Alegou. -- Mas admito que ainda estou magoado.
-- Eu juro que...
-- Não duvidei de nada do que me disse, apenas... -- Suspirou, desviando seus olhos para suas mãos. -- Eu sequer sabia o porquê de estar sendo xingado. -- Apontou. -- Em um minuto estávamos fazendo planos de jogar batalha naval e rindo, nos olhando de uma forma doce, e no outro me fala aquelas coisas.
-- Desculpe. -- Foi o único que conseguiu dizer, abaixando seu olhar envergonhada.
-- Não tenho medo de confessar que aquilo me machucou. -- Serkan disse sério. -- Mas foi tudo um mal-entendido então é melhor esquecermos. -- Os olhos de Eda brilharam ao ouvir isso e a garota encontrou rapidamente o olhar de Serkan sobre ela.
-- Eu prometo não agir mais daquele jeito. -- Eda disse se sentando mais próxima de Serkan, levando sua mão até o rosto dele, deslizando o dedo indicador pelo desenho de sua mandíbula. -- Prometo nunca mais desconfiar de você. -- Deixou sua mão descansar no rosto dele e aproveitou para iniciar uma carícia lenta, o olhando com os olhos cheios de afeto. -- Eu fui tão idiota. -- Disse baixinho.
Serkan se permitiu fechar os olhos para sentir o toque tão cálido em seu rosto. Deixou o ar se esvair de seus pulmões voltando a abrir seus olhos.
-- Precisamos falar do casamento. -- Serkan disse olhando dentro daqueles castanhos tão concentrados em cada detalhe de seu rosto. Eda queria se separar alguns dias atrás. Ontem, para sermos mais exatos, mas hoje... Hoje ela não sabia.
-- O que tem o casamento? -- Se fingiu de desentendida.
-- Você realmente não quer ficar com Cenk? -- Perguntou sério.
-- Não vou mentir que quando nos casamos eu queria. Queria muito, mas hoje... Não mais.
-- O que mudou? -- Serkan perguntou direto, sentindo Eda deslizar o dorso de seus dedos em suas bochechas. Ela suspirou sentindo seu interior agir de uma maneira estranha.
-- Eu não sei. -- Falou verdadeiramente.
-- Você quer... o divórcio?
-- Não! -- Respondeu rápido demais, fazendo Serkan assentir, internamente aliviado. -- Digo, eu gosto de ser casada com você e assim você se livra das cobranças de outro casamento e eu também. -- "Claro, vantagens." Pensou Serkan. -- Além do mais, seria suspeito demais se nos divorciássemos agora. Cedo demais, não acha?
-- Tem razão. -- Serkan concordou, levando suas mãos até a barra de sua camisa, retirando-a com um pouco de sacrifício. -- Pode me ajudar com a pomada?
Os olhos de Eda acompanharam Serkan se levantar e pendurar sua camisa antes de voltar para a cama. A mais nova paralisou para contemplar tal vista, tendo um Serkan com a pele leitosa, quase que totalmente exposta, que usava um short de panos moles, quase transparente.
-- C-claro. -- Limpou a garganta e se praguejou por agir daquele jeito. -- Mas sobre a nossa conversa... - Falou se levantando, tentando se recompor e pegando o tubo de pomada. -- Isso quer dizer que continuaremos casados, não é? -- Serkan assentiu.
-- Eu prometi cuidar de você mesmo quando minhas feridas estivessem abertas, não prometi? -- Perguntou.
Eda sorriu amplamente, seu sorriso fez Serkan sorrir junto. A mais nova, ainda no calor do momento, se jogou em direção a ele, se sentando na cama e se inclinou, pegando Serkan de surpresa ao tocar seus lábios nos de Serkan em um beijo casto.
-- Então perfeito, marido. -- Disse rindo assim que separou seus lábios do selinho, fazendo Serkan rir também.
-- Sim. -- Serkan disse ainda sorrindo. -- Perfeito. -- Sussurrou praticamente sem ar, perdendo o sorriso ao perceber que Eda lhe fitava nos olhos. A atmosfera, de leve, passou a ficar tensa. Serkan perdeu o ar ao notar que Eda jamais se afastara o suficiente de seu rosto.
-- Serkan...? -- Eda chamou baixinho, engolindo em seco ao ver o que acabara de fazer.
-- Sim? -- Perguntou ainda extasiado demais para se afastar. De repente as palavras de Engin soaram na mente de Eda. Serkan realmente não faria nada. Precisava partir de Eda, mas ela teria tal coragem?
-- Se eu te beijasse agora... seria errado demais? -- Perguntou de maneira quase inaudível. As palavras escaparam de seus lábios antes que ela pudesse se arrepender. Apenas não pôde se conter, dessa vez não conseguiu controlar as reações que seu corpo sentia ao estar tão próxima da boca dele. O silêncio de Serkan fez Eda se desesperar interiormente. Não deveria ter dito aquilo.
-- Eda... -- Serkan proferiu de maneira arrastada, engolindo em seco. -- O que está fazendo? -- Sussurrou.
-- Só... -- Disse aproximando mais sua cabeça da de Serkan, roçando seus lábios nos dele ao falar, se contendo de beijá-lo abruptamente. -- Responda a minha pergunta. -- Pediu em tom baixo, sentindo o sangue acelerar em suas veias e seu coração martelar contra seu peito.
-- De maneira nenhuma. -- Ele finalmente respondeu, fazendo Eda demorar uns segundos para entender.
-- Então se eu te beijasse agora... -- Começou, com a respiração pesada. -- você não ficaria chateado? -- Perguntou mordendo seu lábio inferior, ainda com a voz quase nula, apenas para confirmar se havia entendido certo. Sentiu suas mãos suarem e tremerem, enquanto seu coração disparava feito louco em seu peito, por isso apertou os punhos.
-- Não. -- Serkan respondeu em um fio de voz e Eda assentiu, voltando a encarar seus olhos, aquele par de olhos verdes que lhe encarava tão compenetradamente. Respirou fundo antes de se inclinar mais, hesitantemente e temeu estar cometendo o maior dos erros. Não deveria estar fazendo isso, não deveria mesmo!
Até que seus lábios finalmente se encontraram com o doce toque dos lábios de Serkan, fazendo ela mudar de ideia instantaneamente. Deveria sim estar fazendo! Já deveria ter feito isso muito tempo atrás.
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FINALMENTE, MINHA FILHA! O FANDOM NÃO AGUENTAVA MAIS ESPERAR ISSO! Hausuasus
Contem-me o que estão achando. Não demoro em voltar a maratonar, até mais, gente!😘
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Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - Edser
Romance[Concluída] Over the Rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Eda, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Cenk, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Aysun, deseja que a filha con...