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Mais um, estou de bom humor kkkk

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-- Bolat? -- O homem chamou quase rangendo os dentes ao se deparar com Eda sentada no colo de Serkan ao beijos com o mesmo. A mão de Serkan estava alojada um pouco acima da bunda de Eda, enquanto os braços da mais nova estavam envoltos no pescoço de Serkan. Eda jamais era tão íntima com Cenk quando eles costumavam se beijar, pelo contrário, o beijo deles nunca durava muito porque ela sempre dizia que ele era ansioso demais.

-- Hmm? -- Ambos murmuraram juntos, se virando para o rapaz. Serkan riu e negou com a cabeça, sem perceber Eda tensionar sob a visão do homem.

-- Acho que precisará nos chamar pelo primeiro nome, Peter. Ambos somos Bolat. -- Serkan disse rindo.

-- Desculpe, Senhor Serkan. Apenas gostaria de saber onde fica a chave da biblioteca para começar meu trabalho. -- Ele disse com as mãos para trás e de cabeça baixa.

-- Vou buscar com Jerry, só um minuto. -- Serkan disse dando dois tapinhas na coxa de Eda, fazendo a mesma se levantar.

-- Eu vou com...

-- Não, amor. Já volto. -- Serkan disse dando-lhe um selinho rápido antes de sumir de vista. Eda teria se derretido ao ser chamada de "amor" por Serkan caso Cenk não tivesse se aproximado visivelmente irritado.

-- Precisamos conversar, Eda. -- Ele disse segurando em seu braço.

-- Me solta, Cenk. Não tenho nada para falar com você. -- Ela sussurrou assustada.

-- Tem sim. -- Ele respondeu olhando para trás para checar se ninguém vinha. -- Acho que mereço uma explicação, não acha?

-- Cenk...

-- Você simplesmente sumiu, Eda. Sem deixar nenhum recado, nenhum sinal... -- Ele disse aflito. -- E de repente se casa. Sabe como eu fiquei? -- Eda suspirou e lhe encarou.

-- Por favor, vamos deixar as coisas como estão. -- Ela pediu checando ao redor novamente.

-- Eu só preciso... Só quero conversar. -- Ele disse. -- Por favor, Eda. -- Ela pensou um pouco. Sabia que deveria conversar com o rapaz, mas não queria problemas com Serkan. O olhar desesperado do homem fez Eda suspirar. Lhe devia uma explicação e por isso, vagarosamente, assentiu.

-- Amanhã a tarde, quando Serkan for trabalhar eu te procuro. -- Falou baixo. -- Mas agora me solte, por favor. Eu não quero problemas com ele. -- O rapaz a soltou, lhe fitando confuso.

-- Por quê? O desgraçado te bate?

-- Aqui está. -- Serkan entrou no ambiente sorridente, entregando a chave para o rapaz, fazendo Eda olhar atônita para ele.

-- Obrigado, Senhor. Com licença.

-- Hey, Peter. -- Serkan chamou e o rapaz se virou. -- Não precisa se matar de trabalhar, tudo bem? Se sentir fome ou algo assim fique a vontade para vir até a cozinha comer algo. -- O rapaz assentiu e olhou para Eda.

-- Obrigado. Farei isso, com licença.

-- Simpático o rapaz, hm? -- Serkan disse. -- Um pouco quieto demais, mas gostei dele. -- Comentou. Eda forçou um sorriso e assentiu abraçando fortemente seu marido. -- Hey, o que foi, Eda?

-- Eu só... -- Disse apertando forte os braços em volta de Serkan. O cheiro de seu marido lhe acalmava de certa forma. -- Só preciso que me abrace forte e me prometa que tudo vai ficar bem. -- Mesmo sem entender Serkan abraçou Eda, tentando confortar sua esposa.

-- Eu farei o possível para que tudo sempre esteja bem, hm?

-- Promete?

-- Prometo.

[...]

Serkan lia distraidamente um livro em sua cama, enquanto Eda estava deitada sobre seu peito, com os olhos concentrados no rosto de seu marido.

-- Não consigo me concentrar sabendo que você está me olhando. -- Serkan confessou rindo.

-- E que tal se... -- Eda disse pegando a fitinha vermelha do livro e o colocando na página para marcá-la, fechando o livro logo em seguida e o colocando sobre a mesa de cabeceira ao lado da cama. -- Você não se concentrasse no livro por agora, hm? -- Eda perguntou deixando um beijo no pescoço de Serkan, fazendo o homem estremecer.

-- Por mim tudo bem. -- Ele disse virando seu rosto para Eda e tentando beijá-la, mas a garota se afastou, fazendo Serkan franzir o cenho.

-- Agora que tenho sua atenção podemos conversar sobre Aydan. -- Serkan fechou a cara na mesma hora. -- Amor... -- Eda usou um tom arrastado e pidão. -- Por favor, converse com ela. -- Deixou um beijo no rosto de Serkan. -- Escute o resto de sua história. -- Com um beijo no canto dos lábios Serkan não soube se tremera por Eda lhe chamar de "amor", pelo tom arrastado e sensual em sua voz ou pelos quase beijos.

-- Eda, ela mentiu para mim.

-- Porque seu pai só deixaria ela ficar ao seu lado sob essas condições. -- Eda revelou, ganhando ainda mais a atenção de Serkan.

-- Ele morreu quando eu tinha vinte. Ela podia...

-- Ponha-se no lugar dela. As coisas não são tão fáceis assim. -- Serkan a olhou e mordeu o lábio inferior. -- Converse com ela, por favor... -- Eda disse colando suas bocas finalmente, deixando Serkan sem fôlego. -- Por favor, Serkan...

-- Tudo bem. -- Serkan disse. Não conseguia dizer não para Eda e no fundo realmente queria conversar com a mulher, sentia falta dela e queria entender melhor e conhecer a história completa. Sentia-se pronto para isso.

-- Eba. -- Eda disse sorrindo, enquanto se inclinava e apagava a luz do abajur. Serkan foi surpreendido pela boca cálida de Eda sobre a sua. Levou a mão até a cintura da mais nova, a puxando mais para si.

Eda invadiu a boca de Serkan sem pedir permissão. Sabia que não precisava e por isso se atreveu a isso. Ela não se cansava de beijar Serkan, poderia passar dias o beijando sem reclamar. Os lábios eram macios e suculentos, fazendo Eda quase querer mordê-los fortemente.

Se inclinou um pouco mais e levou seu dedo indicador até o ombro de Serkan. A marca ainda estava lá, apesar de agora haver apenas uma casquinha sobre a ferida. Acariciou a lembrança daquela batalha e terminou selando os lábios de seu marido.

-- Odeio saber que você sai para essa guerra. Odeio a espera, odeio meu cérebro louco que cria milhões de teorias sobre o pior que poderia te acontecer. -- Eda confessou em um sussurro. -- Prefiro você aqui, abraçadinho comigo.

-- Ah é? -- Serkan perguntou sorrindo.

-- Sim. -- Eda afirmou deitando sua cabeça sobre o peito de Serkan. Amava escutar as batidas de seu coração.

-- Se eu pudesse nunca mais sairia daqui, mas é meu trabalho.

-- Que por sinal eu odeio. -- Eda falou, sentindo suas pálpebras pesarem diante da carícia de Serkan em seu cabelo. O ruivo apenas riu ao ouvir a voz sonolenta de Eda. Sabia que a mais nova sempre dormia com cafunés.

-- Vê se sonha comigo, amor da minha vida. -- Eda não sabia se Serkan realmente tinha dito isso ou se havia sido em seu sonho, mas assentiu levemente antes de cair em um sono profundo.

Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - EdserOnde histórias criam vida. Descubra agora