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Engin jogava a bola para Serkan, quem a agarrou com êxito e se esquivou de Ferit para acertar a bola na cesta, gerando assim a vitória.

-- Não vale, sou muito baixa para esse jogo. -- Piril protestou, irritada.

-- Admita, Piril, perdemos de novo porque somos ruins. -- Ferit falou rindo, enquanto Serkan e Engin faziam uma estúpida dancinha em comemoração.

Já haviam almoçado e foram desfrutar da linda tarde após uma hora de descanso para a digestão. Eda se encontrava no momento com os braços cruzados, enquanto assistia Selin correr para os braços de Serkan e o abraçar. Ela não cansava?

-- Oferecida! -- Resmungou baixinho, mas foi a risada escandalosa de Melo que a fez se lembrar que não estava sozinha.

-- Não acredito, Dadá! -- Ela disse rindo. Estavam sentadas na arquibancada do campo que havia dentro do forte da cidade.

-- Eu também não. Não cansa de passar vergonha. -- Falou, vendo Serkan, educadamente, se esquivar dos braços compridos da loira.

-- Eu me referia a você morta de ciúmes. -- Eda arqueou uma sobrancelha e se virou bruscamente para sua amiga.

-- Não é ciúme!

-- Ah não? Então o que seria? -- Perguntou. Eda havia contado para a amiga que não se casara com Serkan por amor, que sua mãe lhe havia obrigado, omitindo a parte onde tudo acabou sendo mais fácil devido às mentiras de Cenk. Contou também que não haviam consumado o casamento, que não eram mais do que amigos.

-- Ela deveria ser menos idiota. Serkan é casado, ora! -- Falou, vendo Selin segurar na mão de seu marido. -- Casado comigo. O que pensariam de mim se Selin começasse a agir assim sempre?

-- Oh, então é por sua imagem.  Não quer aparentar que está sendo traída. -- Constatou.

-- Até porque não estou.

-- Até porque nem contaria como traição, já que você não se interessa por ele, certo? Não te incomodaria se Serkan aparecesse aos beijos com outra pessoa, não é? -- Eda entortou a boca e tentou imaginar Serkan beijando alguém.

-- Não acho que eu gostaria de ver isso. -- Confessou.

-- Já pensou na possibilidade...

-- Não. Ainda penso em Cenk às vezes. -- Disse rápida.

-- Eu não sei o que houve entre vocês dois... -- Melo começou, cautelosa. -- Mas eu não acho que você o ame ou amava, sei lá.

-- Perdão? -- Eda perguntou incrédula.

-- Digo no sentido de amor mesmo. Não quis dizer que não tenha se sentido atraída ou encantada.

-- Eu realmente não quero falar de Cenk. -- Falou. Seus olhos se perderam na imagem de Serkan sorrindo genuinamente para Engin. Conversavam de algo entretidos e Serkan tinha alguns fios de cabelos colados no rosto. Com a mão direita retirou os pequenos fios de cabelo de seu rosto e se abanou em busca de tentar se refrescar. Suas bochechas estavam levemente coradas por causa que estava correndo um minuto atrás e havia uma pequena marca de suor em sua camisa, na parte de trás.

Sentiu-se quase desfalecer quando Serkan procurou por alguns segundos os seus olhos, até que por fim os encontrou, fazendo seu sorriso se abrir. Eda, inconscientemente, mordeu seu lábio inferior ao ver Serkan piscar em sua direção, antes de voltar a falar animadamente com seus amigos.

-- Você, quieta! -- Ordenou ao ver o sorrisinho de Melo. -- Não é porque não o amo que eu seja cega, tudo bem?

-- Eu concordo. -- Melek Falou se apoiando em suas mãos, que estavam um pouco para trás de seu corpo. -- Ele é lindo pra caramba.

-- Deveria ver quando ele acorda. Parece de outro mundo. -- Eda confessou quase em um suspiro.

-- Quem me dera casar com alguém com aquela beleza. Já estaria nos braços da pessoa há tempos.

-- Não fale bobagens! -- Falou vendo Serkan caminhar na direção delas enquanto os demais permaneciam em seu debate. -- Ele está vindo. Não ouse...

-- Cunhado! -- Melo gritou animada. -- Eda estava aqui me contando o quão lindo você fica quando acorda. -- Eda arregalou os olhos e enrubesceu violentamente.  Só queria enfiar sua cabeça em algum buraco para não precisar olhar para Serkan após aquele infeliz comentário.

-- É porque ela não se vê quando acorda. -- O homem disse sorrindo gentil. Eda congelou ao ver Serkan se inclinar em sua direção, mas para seu alívio -- ou não -- Serkan apenas pegou o jarro de argila, onde havia água que estava na mesa ao lado dela. "Água, claro." Pensou Eda. -- Mais alguém quer água? -- Perguntou para ambas e elas negaram.

Ter Serkan de longe, suado e piscando para Eda poderia ser tentador, mas ter Serkan em pé em sua frente com a camisa preta grudada em seu corpo, exibindo o desenho certinho de seus quadradinhos da barriga devido ao suor era sufocante.

-- Eda, está bem? -- Serkan perguntou vendo a garota quase pálida em sua frente. O homem se abanou antes de retirar a camisa e enxugar o suor da testa com a mesma. Ver Serkan daquele jeito era quase um insulto para quem não podia tocar... Mas esse era o problema: Eda podia.

Ela não sabia dizer se era o sol ardente que lhe tocava a pele que a deixou com calor ou a proximidade do corpo de seu marido.

-- Eu... estou. -- Disse e logo virou a cabeça na direção de Engin assim que o mesmo gritou para Serkan. No momento em que Serkan o olhou, Engin fez uma dança brincalhona, porém rápida, riu e gritou: "Eles querem revanche."

Eda entrou em uma espécie de frenesi no momento em que Serkan gargalhou e deslizou lentamente a camisa por toda a extensão de seu abdômen, tratando de enxugar o suor.

A risada inocente de Serkan, enquanto erguia a mão para o alto e fazia um sinal de joia para que Engin entendesse que ele havia aceitado a revanche, fez Eda perceber que tudo o que ela viu de sensual e sexy foi apenas uma ação normal do rapaz.

-- Vou lá jogar, Eda. -- Falou rápido e se inclinou, selando rapidamente os lábios carnudos de sua esposa.

-- É, Eda... -- Melo disse antes de deixar um suspiro longo se esvair de seus pulmões. -- Você está perdida. -- Eda demorou uns segundos para processar o que sua amiga havia dito, mas quando entendeu assentiu, ainda com os olhos fixados em Serkan enquanto ele se aproximava de Engin.

-- Eu também acho, Melo. -- Falou suspirando em resignação. -- Eu também acho.

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Finalmente está percebendo que esse homem é perfeito, né, Eda? Kkkkkk

Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - EdserOnde histórias criam vida. Descubra agora