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— Como assim casar? Você não disse que não iria se casar com ela? -- Engin questionou confuso. – E o pior, vai ter aquela bruxa como sogra.

-- Depois eu te explico tudo, Engín. -- Ele disse enquanto descia de seu cavalo, já em frente à casa dos Yildiz's novamente. Comprou o anel mais brilhante do lugar, porém não deixava de ser delicado, em formato de uma flor, cor de rosa. Ele tinha horror à essas pedras de duzentos quilos que as mulheres usavam por aí. Achava desconfortável e não prestaria Eda a esse papel. Sua garota deveria se sentir o mais confortável possível.

Se sentia imensamente feliz e ao mesmo tempo triste. Sabia que não se casariam por mútuo interesse, mas ter Eda ao seu lado seria bom, mesmo que a garota não lhe correspondesse. Além do mais a estaria livrando das garras de algum bêbado que não conseguia manter as bolas dentro das próprias calças.

Caminhou até a entrada da casa e bateu na porta, que foi aberta segundos depois.

-- Pensei que não voltaria. -- Aysun disse aliviada.

-- Eda está? -- A mulher assentiu e a guiou até onde sua filha se encontrava.

-- Não posso lhes deixar a sós antes de nos fazer o pedido, Serkan. O que diriam de minha filha? -- Serkan olhou para Eda e para o pai da mesma, quem entrava no cômodo naquele momento. Ele limpou a garganta e respirou fundo.

-- Bem, senhor e senhora Yildiz, eu gostaria de fazer algo menos simples devido ao fato de que é sobre Eda de quem estamos falando. Ela merece nada menos que o melhor, porém as circunstâncias... -- Disse olhando para Aysun. -- Me impedem. Então bem, eu gostaria de pedir a mão da filha de vocês em casamento. Prometo cuidá-la, honrá-la e fazer até o impossível para vê-la feliz.

-- Permitimos, senhor Boulat. Já comprou o anel? Posso ver? -- Aysun perguntou, não escondendo tamanho interesse. Eda negou, completamente envergonhada dos atos de sua mãe.

-- Se não for faltar-lhes ao respeito, eu prefiro mostrar à Eda primeiro. -- Disse e ambos assentiram, saindo da sala.

-- Ainda não entendi como eles vão se casar. -- O pai de Eda sussurrou. -- Serkan me disse que não se casariam.

-- Eles já se conheciam e se gostam, por isso, ao ver Eda, Serkan mudou de ideia. -- Mentiu.

-- Era com ele que Eda saía escondida? -- O homem perguntou furioso.

-- Sim, mas não se preocupe, elas vão se casar e Serkan não passou da parte de mãos dadas. Não foram além disso. -- O homem suspirou aliviado, achando que sua filha se casaria por amor e não por qualquer outro motivo, enquanto Aysun sorriu satisfeita. As coisas não poderiam estar se saindo melhores.

-- Hey... — Serkan disse assim que ambos saíram do lugar, os deixando a sós.

-- Oi. -- Eda disse tímida.

-- Eu, hm, eu queria fazer isso com calma, mas sua mãe meio que me apressou. -- Disse coçando a nuca.

-- Entendo perfeitamente, acredite. -- Disse em uma risada sem graça. Serkan retirou a caixinha de veludo de seu bolso e se ajoelhou na frente de Eda, segurando sua mão e a olhando fixamente nos olhos.

-- Eu realmente queria que isso fosse em outras circunstâncias; queria que você fosse feliz com isso; que ao ouvir meu nome seu coração disparasse, mas sei que não são assim as coisas. -- Disse, suas mãos tremiam levemente e Eda não pôde deixar de reparar. -- Mesmo assim eu prometo, Eda, que enquanto estiver ao meu lado eu darei a vida se for preciso para te fazer bem, prometo não ser desrespeitoso e muito menos abusivo, prometo cuidar de você mesmo quando minhas feridas estiverem abertas. -- Eda não o amava, mas sentiu verdade em tudo o que ouvia. -- Então aceite este anel, em sinal de meu compromisso para com você. Case-se comigo, Eda. -- Eda nada disse, apenas continuava lhe olhando. -- Eu realmente não vou colocá-lo em seu dedo até ouvir seu sim, porque como disse, nada aqui será contra suas escolhas. -- Eda suspirou e assentiu.

-- Sim, Serkan. Eu me caso com você. -- Falou, tentando passar certeza em sua frase. Serkan assentiu ainda sem acreditar que se casaria e colocou o pequeno anel no dedo da garota. Assim que o fez se levantou. Eda encarou o anel, não conseguiu evitar as lembranças de quantas vezes havia sonhado com Cenk a pedindo em casamento, com ele preenchendo a lacuna de uma aliança em seu dedo. -- É lindo. -- Ela disse encarando a delicada joia.

-- E mesmo assim sua beleza ofusca o brilho dele. -- Eda o encarou envergonhada e Serkan suspirou. -- Desculpe. — Disse, limpando a garganta.

-- Pelo quê?

-- Não é como se você me amasse ou estivesse interessa em mim de alguma forma. -- Disse chateado. Eda respirou fundo antes de responder.

-- Não se preocupe. -- Serkan assentiu e tentou segurar as mãos de Eda, mas a mesma recuou por instinto.

-- Eu realmente quero te conhecer. Não precisa ter medo de mim. -- Informou. -- Não vou sair te desrespeitando ou te beijando sem sua autorização. Quero que nos conheçamos, que se sinta segura ao meu lado.

Em toda sua vida Serkan não teve muitas experiências com mulheres. Apesar disso, acreditava que qualquer mulher merecia extremo cuidado e atenção. Eram joias preciosas.

Estava disposto a se casar com Eda mesmo que a moça não lhe amasse, não é como se fosse conseguir arrumar outra esposa mesmo e ainda que conseguisse, não queria outra. Dedicaria todo seu tempo para tentar fazer a mulher diante de si feliz. Jamais se perdoaria caso negasse o casamento e Eda fosse jogada nos braços de algum ser sem escrúpulos e violento.

-- Desculpe, apenas ainda não aprendi a lidar com essa situação. Não sei como devo me comportar com você. -- Confessou tímida e Serkan riu, negando com a cabeça.

-- Me trate como se sinta confortável, tudo bem? -- Pediu e Eda assentiu. Lauren então se inclinou. -- Posso? -- Eda engoliu em seco e assentiu tristemente. Serkan se inclinou mais e deixou um casto beijo em sua testa. -- Tenha um bom dia, senhorita Eda Yildiz.

Eda o olhou surpresa, estava aliviada por Serkan não ter lhe beijado na boca, mas sabia que, mais dia, menos dia, isso aconteceria.

— Tenha um bom dia, Serkan Boulat.

Agradeceu mentalmente por Serkan aparentar ser melhor que os idiotas que se tornavam noivos das garotas e já a tratavam como posse.

Noiva. Sentiu o peso da palavra lhe atingir em cheio. Ela estava noiva e não era de Cenk.

Over the rainbow(Além Do Arco-íris) - EdserOnde histórias criam vida. Descubra agora